quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

42° Capítulo

1 mês depois.
Esse primeiro mês, eu já sabia que estava fazendo ela sofrer com minha ausência, agora sim, eu estava ciente do quanto eu poderia ter feito eles sofrerem por mim. Mesmo agora, mesmo eu tendo ido embora por algum tempo, seria melhor. Pelo menos se eu morresse, eu não morreria lá por perto, perto deles, a Bruna era a coisa mais importante pra mim, e Kauãn também, depois que ela descobrisse oque estava acontecendo ela iria me entender.
Durante esse tempo, a única coisa que eu poderia pensar era neles. Eu não estava aguentando ficar nesse lugar sozinho, em um lugar desconhecido aonde eu não tinha ninguém. Varias vezes, eu pegava o celular pra ligar, mais não tinha forças de ouvir a voz triste dela, me pedindo pra voltar, sendo que eu não poderia, não agora, eu estava sendo idiota, por não tentar ouvir a voz da mulher que eu amo, por não esta ao lado dela. Eu também não recebi nenhuma ligação dela, talvez ela tivesse pensando menos em mim, pelo menos ela estaria sofrendo menos, como eu esperava. No final da tarde, eu não aguentei e então peguei o celular e liguei, depois do terceiro toque, ela atendeu eu pude ouvir a sua voz sem vida e aquilo me fez me sentir mal.
Bruna: Alô
Felipe: Bruna.
Bruna: Fê, aonde você esta? Por favor volta, eu não aguento mais chorar todo dia, sentindo a sua falta.
Felipe: Eu não posso voltar, você vai me entender quando souber oque esta acontecendo
Bruna: Eu já sei de tudo, e não entendo como você pode começar a roubar
Felipe: Eu não fiz isso
Bruna: Como não fez ? Eu fui atrás dos homens que vieram aqui.
Felipe: Você foi oque ?
Bruna: É eu fui
Felipe: Bruna, porque você fez isso ?
Bruna: Não importa agora, agora me diga como você pode começar a roubar?
Felipe: Eu não roubei
Bruna: Então porque foi embora, se você não tem culpa?
Felipe: Eles botaram a culpa encima de mim, o único que era meu amigo ta morto, o único que poderia me defender
Bruna: Amigo ? Você chama eles de amigos ? Amigo que te ferra é isso.
Felipe: Eu não estou falando todos eles, eu fui burro por me meter em parada errada, mais eu preciso que você confie em mim-ligação finalizada-
Ela desligou o telefone na minha cara, e aquilo me deixou com uma duvida. Será que ela logo ela achava que eu poderia roubar ? Eu liguei novamente, mais dessa vez ela não atendeu. 

Eu não entendia porque eu havia desligado, logo eu queria tanto ouvir a voz dele. Minha cabeça estava confusa demais, eu acreditava nele, mais será que dessa vez não ia ser diferente? A maioria das reportagens que eu via na televisão, era de garotos envolvidos com drogas e que roubavam, eu não sei se deveria acreditar, depois de um mês ele resolveu ligar. Eu peguei a foto que estava ao lado da mesinha e rasguei mesmo sabendo que iria doer o telefone tocava, tocava e eu não atendia. Depois que ele parou, eu quase retornei mais eu não ia fazer isso, era doloroso todo dia ouvir Kauãn perguntando se o pai dele iria demorar, sendo que eu não sabia responder. Diego sempre me ligava pra saber se eu estava bem, eu ainda não havia contado nada, e ele já havia reparado que algo estava acontecendo e tinha haver com Fê, eu não queria compartilhar nada com ninguém.Ju dias atrás ficou o dia todo tentando saber oque estava acontecendo comigo, o porque ela quase não estava vendo Fê, o motivo pra eu do nada, ter Diego perto de mim tão frequentemente. Eu estava olhando da janela, os carros passando na rua, lembrando quando ele me disse que ele não havia feito nada disso, me pedindo pra confiar nele, eu fechei meus olhos, e tentei deixar minha mente voar pra longe de tudo isso, pelo menos hoje Kauãn não estaria em casa pra poder ficar a cada 5 seg me perguntando coisas que eu não poderia responder.Eu não sabia se ele poderia voltar, eu não queria criar esperanças logo nele tão pequeno
Marcia: Querida -ela sussurrou-
Eu não olhei pra minha tia, com certeza ela iria me fazer varias perguntas se eu estava chorando e blabla.
Bruna: Oi
Marcia: Eu ouvi um barulho
Bruna: É, eu sem querer derrubei isso ai
Ficamos em silêncio, e eu continuei virada olhando pela janela.
Marcia: Hm, essa foto rasgada
Bruna: Eu sinto tanta falta dele, isso esta me deixando louca, as vezes eu não sei oque eu estou fazendo.
Marcia: Todos nós sentimos falta dele, mesmo ele não dando algum sinal de vida
Eu deveria falar sobre o telefonema a poucos minutos , mais eu preferia não deixar ela nervosa. Já que durante todo esses dias, ela sempre estava sendo vista por um médico. Eu e minha tia nos sentamos na cama e ficamos conversando, eu comecei a ouvir uma buzina de carro, minha tia se levantou e foi até a janela ver.
Marcia: É aquele rapaz
Bruna: Quem ? -eu me levantei-
E quando olhei era o Diego e uns amigos, ele começou a fazer sinais, que eu não conseguia entender, ele deu uma risada muito alta, que deu pra mim ouvir perfeitamente
Diego: Desce ai, vamos fazer alguma coisa -ele gritou-
Eu não queria ir ' eu não tava com pique pra sair, eu sai correndo, e quando eu ia descer as escadas eu senti tudo rodar ao meu redor, eu encostei minha cabeça na parede até que tudo voltasse ao normal, e então desci. Quando eu abri a porta, Diego estava com um sorriso enorme, eu fui andando até ele, que estava encostado no carro
Diego: E ai, vamos ?
Bruna: Hoje não
Diego: Hoje é domingo
Bruna: Eu prefiro ficar com o Kauãn
Diego: Sem problemas agente leva ele.
Bruna: Eu acho melhor não, eu também não to me sentindo muito bem
Diego: Oque você tem ?
Bruna: Nada de grave, é só uma dorzinha de cabeça chata, logo vai passar.
Diego: Então deixa pra próxima -ele sorriu-
Bruna: Obrigada por tudo
Eu me inclinei para poder dar um beijo no rosto dele e em seguida voltei pra dentro de casa. Me juntei com minha tia na sala pra assistir televisão, eu não parava de pensar na voz dele, fê no telefone, as palavras que havia me dito, as lagrimas deslizaram, enquanto eu olhava uma garota na televisão dizendo eu te amo para um garoto, aquilo me deixou com mais saudade, e mais machucada, eu precisava dele, só ele poderia curar isso, inexplicável uma dor sem fim,eu não sabia a quanto tempo eu ainda ia molhar todos os lugares que eu estava com minhas lagrimas, eu sempre fiz de tudo pra estar perto do Fê, em questão de tempo tudo saiu do meu controle, eu não sabia aonde ele estava, com quem estava. Era uma coisa tão agoniante, eu limpei meu rosto e então corri para meu quarto peguei meu celular me sentei na cama, e liguei pra ele. No primeiro toque, ele atendeu.
Felipe: Alô
Eu não respondi, eu só queria ouvir a voz dele mais uma vez, a sua voz perfeita como sempre
Felipe: Bruna, se for você por favor responda.
Felipe: Por favor Bruna.
Eu desliguei o celular, e me deitei na cama.
Semanas depois..
Todos os dias, eu ligava só pra ouvir a voz, e não respondia, eu me sentia mal, mais depois era como um alivio, diminuía um pouco a saudade, era tão estranho. Eu estava no meu trabalho, arrumando algumas peças de roupas quando Diego e Kauãn apareceram. Diego com um buquê de flores e Kauãn com uma caixa em sua mão, ele fez sinal me pedindo para ir até a porta, e eu fui.
Bruna: Oque é isso ?
Diego: É pra você
Bruna: É alguma data especial?
Kauãn: Mãe, hoje é seu aniversário -ele riu-
Bruna: Hãn ?
Eu corri pra dentro da loja, olhei para o calendário era 18 de Agosto, eu levei um susto, e não acreditei. Hoje realmente era meu aniversário, e eu havia esquecido, eu tentei parecer não surpresa, como pode uma pessoa esquecer do seu próprio aniversario.
Diego: Porque você saiu correndo ?
Bruna: É que eu.. havia esquecido o telefone com a patroa na linha
Diego: Tudo bem -ele me abraçou e me entregou o buquê, era tão lindo.
Bruna: Obrigada -eu sorri-
Kauãn, me entregou a caixa que estava em sua mão, era uma caixa de chocolate. Ele me abraçou, e me beijou.
Bruna: Eu acho que a metade dessa caixa, não vai ser eu que vou comer.
Kauãn sorriu, e eu ri.
Diego: Então que tal agente comer alguma coisa.
Kauãn: Oba, eu quero bastante batata-frita.
Bruna: Só batata-frita não
Kauãn: Ta mãe
Diego: Você não vai com agente ?
Kauãn: Mãe é seu aniversário
Bruna: Eu sei, mais.
Diego: Mais nada
Bruna: Não tem ninguém aqui pra ficar no meu lugar, a outra funcionaria só vem no final da tarde
Diego: É horário de almoço, e é seu aniversario
Bruna: Não precisa me lembrar a cada minuto
Diego: Então vamos cara
Bruna: Tá, tudo bem só porque é horário de almoço
Kauãn: E porque é seu aniversario -ele riu-
Nos fomos indo até o restaurante, que era quase ao lado e esse era meu primeiro aniversário longe dele, longe do meu verdadeiro amor. Diego estava sendo tão gentil comigo, que eu tentava não magoar ele de alguma forma pelo meu humor de ultimamente. Nos nos sentamos, fizemos os pedidos. Quando a comida chegou, Kauãn começou a devorar as suas batatas fritas, Diego também começou a comer.. eu bebi um pouco de guaraná, eu não sentia fome.
Diego: Você não vai comer ?
Bruna: Não estou com fome
Diego: Coma pelo menos um pouco, Bruna.
Bruna: Eu não quero, eu já havia comido um sanduiche antes de vocês aparecerem na loja, eu menti, mais por uma boa causa, eu não queria ser forçada a nada pelo menos por ele. Quando eu olhei pelo vidro, estava chovendo fraquinho mais estava, eu fiquei tão distraída com a rua, que bati meu braço no copo e me machuquei, eu senti uma leve dor de algo entrando na minha mão. Eu vi quando Diego levantou desesperado, as pessoas que estavam sentadas almoçando se levantarem.
Diego: Você esta bem ?
Bruna: Calma, foi só um corte
Diego: Eu vou te levar ao hospital
Bruna: Eu estou bem
Diego: Só pra ter certeza
Bruna: Ok
Eu me levantei, eu não estava sangrando muito, mais o sangue me fez ficar tonta e eu cai, antes mesmo de eu cair Diego me segurou, colocou uma mão sobre minha cintura e foi me tirando dali
Bruna: E Kauãn ?
Diego: Fica calma, um amigo meu vai ficar com ele.
Eu estava normal , calma. Enquanto Diego me parecia bem nervoso. Entramos no carro, eu estava com minha mão encostada no meu peito.Minha blusa suja de sangue, ele então me deu um lenço pra mim poder colocar por cima.
Bruna: Não precisa, já esta suja mesmo.
Diego: Por favor
Bruna: Tá
Eu peguei o lenço e fiz oque ele me pediu, algumas vezes eu tentava não respirar pra não vomitar. Quando chegamos no hospital, ele me retirou do carro, até parecia que eu não podia andar, mais eu sabia que ele estava fazendo aquilo pro meu bem, aliás, eu estava tentando não magoa-lo com o meu humor frequente. Ele parou a primeira enfermeira, que logo me levou, ele fez questão de vir comigo. O médico examinou meu pequeno corte, limpou e não demorou até ele começar a enfiar aquela agulha e costurar é claro com anestesia, eu não senti nada e até estranhei quando ele me disse, pronto. Eu olhei para meu pulso, e mordi meu lábio.
Médico: É me parece que você perdeu uma ótima quantidade de sangue
Bruna: Completa 1 litro ?
Ele riu.
Bruna: Então não foi nada, eu nem precisava vir até aqui, e ainda ocupar seu tempo
Médico: Eu me formei pra isso, ajudar no que for preciso é o meu trabalho
Diego: É claro, você viu o tamanho do seu corte ?
Bruna: Ah para, tão pequeno
Médico: Realmente não foi tão enorme, mais deu pra você perder um bom sangue e levar 5 pontos
Bruna: Hm, eu já posso ir embora então ?
Médico: Só um minuto -ele saiu dali-
Bruna: A quanto tempo eu vou ter que ficar aqui ?
Diego: Não seja teimosa.
Bruna: Ah '
Não demorou até o médico aparecer novamente, e ficar me olhando, aquilo me incomodou.
Bruna: Algum problema?
Eu tentei não parecer grosseira com as palavras.
Médico: Sim, eu quero te fazer umas perguntas.
Bruna: Sim
Médico: Você tem se alimentado direito Bruna?
Bruna: Claro
Médico: Tem certeza?
Bruna: Absoluta, estou até me sentindo gorda.
Diego: Não exagera você me parece mais magra
Médico: Você me parece um pouco pálida, mais deve ter sido pela perca de sangue, continue se alimentando bem ok?
Bruna: Tá né.
Diego: Podemos ir ?
Médico: Claro, claro, espero vê-los novamente.
Bruna: Não duvide, eu sou tão atrapalhada, que hoje com certeza estarei aqui novamente -eu sorri-
Diego segurou em minha cintura, e fomos saindo. Ele entrou no carro e eu também. Na metade do caminho nos ficamos em silêncio, enquanto eu olhava o corte no meu pulso, o Diego não era bobo, e com certeza havia percebido que não era normal eu ficar calada
Diego: É normal você se machucar em todos os seus aniversários ? -ele riu-
Bruna: Talvez, que eu me lembre só me machuquei no de 17,22 e o de agora, isso é um belo presente não ?
Diego: Pode ser. -ele riu- eu fiquei quieta.
Diego: Esta acontecendo algo ? Você me parece tão quieta
Bruna: Na verdade, eu estou preocupada
Diego: Com o que ?
Bruna: Com Kauãn.
Ele riu.
Diego: Possivelmente, essa hora ele ta no shopping comendo batatas fritas.
Bruna: '
Diego: Relaxa, meu amigo esta com ele, eu vou te levar em casa e em seguida vou busca-lo
Bruna: Eu preciso trabalhar ainda, Diego '
Diego: Eu acho que não, eu já liguei para sua patroa e ela te deu o restante do dia de folga
Bruna: Hm, obrigada
Bruna: Mais então, porque não vamos busca-lo agora ?
Diego: Esquece, eu vou pedir para meu amigo trazê-lo.
Depois disso, mais nada de conversa até o caminho para casa. Quando chegamos Diego fez questão de me levar até lá encima, com medo que eu tivesse um tontura ou algo a mais, a casa estava vazia, com certeza minha tia e seu marido estavam trabalhando, Diego subiu as escadas comigo, e me levou até o quarto, eu fui direto para o banheiro, tomei um banho e troquei de roupa. Quando eu sai do banheiro, Diego estava olhando o retrato colado que estava Eu e Fê abraçados na festa de anos atrás. Eu fiz um barulho, mais fingi não ter visto ele lá, eu me sentei na cama, enquanto penteava meu cabelo.
Bruna: Ainda esta ai -eu sorri-
Diego: Sim, eu quero ter certeza que você esta bem para mim poder ir.
Bruna: eu estou bem, e quanto a Kauãn ?
Diego: Eles devem esta chegando por ai.
Eu apenas sorri. Quando terminei de pentear meu cabelo, me enfiei debaixo da coberta quentinha, agora não estava chovendo, apenas estava nublado e ventando, eu acabei ouvindo a porta, bater, com certeza era Kauãn, ele abriu a porta do quarto , primeiro olhou para Diego e depois para mim, ele correu até meu lado, e se deitou na cama.
Bruna: Vai tomar um banho primeiro, você esta sujinho não acha ?
Kauãn: É ', posso tomar banho aqui mãe?
Bruna: Sim, e agora já pro banho porquinho-eu sorri-
Ele entrou pro banheiro, depois de alguns segundos trocando olhares com Diego, ele aproximou seu rosto do meu
colocou sua mão em minha bochecha.
Diego: Você vai ficar bem ?
Bruna: Sim, pode ir tranquilo.
Ele tinha me tocado igualzinho como Fê fazia, segurava meu rosto tão delicadamente. Meus pensamentos estavam nele naquele momento, então de repente quem estava na minha frente segurando meu rosto, era ele meu Fê, meu coração batia acelerado, por sentir a respiração dele no meu rosto. Ele foi se aproximando mais e mais, até encostar seus lábios nos meus, e me beijou , tão delicadamente, eu acabei abrindo meu olho, e vi que não era meu fê e sim o Diego ' na mesma hora eu afastei ele;
Bruna: Você não deveria ter feito isso.
Eu comecei a chorar, por 1 minuto ter acreditado que ele estava ali na minha frente e na verdade era apenas coisas da minha cabeça, de tanto pensar nele acabei vendo seu lindo rosto colado no rosto que era do Diego
Diego: Me desculpe, mais é forte demais eu não consigo me controlar , me desculpe
Bruna: Não deveria aproveitar que eu estou assim, pra poder me beijar, isso foi tão ridículo.
Diego: eEu não me aproveitei de nada, é apenas amor que eu sinto por você , me desculpe mais uma vez.
Bruna: É melhor você ir embora.
Diego: É, eu vou.
Ele foi andando até a porta, abriu e antes de fechar a porta me olhou novamente, eu escondi meu rosto embaixo da coberta, por um momento até ter certeza que ele havia, eu fiquei pensando, e acabei caindo no sono.

41° Capítulo

Dias Depois..
Eu e Fê estávamos deitados em nossa cama, trocando carinhos quando o celular dele tocou. Ele se levantou rápido demais, e começou a falar algumas coisas que não dava pra mim entender. Depois de ficar quase meia hora falando no celular, ele desligou e colocou encima da cama em seguida pegou sua mochila e foi até o armário ele começou a pegar varias roupas e colocar dentro daquela mochila.
Bruna: Oque você esta fazendo ? Pra que essas roupas?
Felipe: Você vai entender logo.
Ele trocou de roupa bem rápido e colocou sua mochila nas costas, eu me levantei, e fiquei olhando. Ele me puxou pela cintura, e segurou meu rosto com suas mãos
Bruna: Oque você esta fazendo ? -eu sussurrei-
Felipe: Eu preciso ir pra algum lugar
Bruna: Pra onde você vai?
Felipe: Eu não sei , algum lugar.
Bruna: Deixa eu ir com você
Felipe: Fica tranquila, eu vou ficar bem. Vcê tem que ficar aqui, é mais seguro
Ele segurou em minha mão, e fomos lá pra baixo. Minha tia , Kauãn e Pedro estavam sentados no sofá assistindo televisão. Fê chamou Kauãn, e deu um abraço apertado nele.
Felipe: Eu preciso que você me escute, eu te amo moleque o papai vai ter que viajar por algum tempo, mais pode deixar que sempre vô te ligar jaé! Me promete que você vai cuidar bem da sua mãe e da sua vó?
O olhar de Kauãn era confuso
Kauãn: Eu prometo pai
Felipe sorriu e deu outro abraço nele.
Marcia: Pra onde você esta indo querido ?
Felipe: Mãe, vai ser melhor, vocês logo iram saber por que eu estou fazendo isso, eu só quero que você confie no meu caráter além de qualquer coisa. Eu me virei para Fê, e comecei a bater nas costas dele.
Bruna: Porque você esta indo embora Fê ? Porque você esta nos deixando? -eu gritei-
Ele segurou muito forte em meu braço e me olhou
Felipe: Eu não estou deixando vocês Bruna, por favor não piore as coisas, você vai ficar bem, eu sei disso
Bruna: Me promete que você não vai demorar, me promete que você não vai se envolver com mais coisas que possa te prejudicar
Felipe: Eu prometo!
Felipe: Eu amo você -ele sussurrou- eu quero que você tente não pensar tanto em mim, para não te machucar.
Bruna: Impossível eu não pensar, será que você não entende que meu amor por você não tem limite.
Ele me beijou e se afastou de mim, e em seguida saiu. Meu peito começou a doer, doer demais, aquilo era como se fosse a ultima vez que eu pudesse senti-lo. Todos nós ficamos sem entender o motivo pra ele se afastar, e porque teve que mentir para Kauãn. Eu corri para o quarto, e me deitei sobre a cama, eu tentei não chorar, eu tentei ser forte, eu não tinha certeza se eu poderia ver ele novamente, era tudo tão estranho, eu não sabia oque fazer, eu não sabia oque pensar, eu já estava sentindo falta, ele não havia me dado uma data pra voltar, nada. Como poderia em questão de tempo as coisas ficarem tão difíceis, tudo mudar pra pior. Eu precisava saber o 'motivo' eu tentei procurar nas coisas dele algo que me fizesse ir até alguém pra poder saber. Eu não poderia ficar esperando, e se algum coisa fosse acontecer com ele. Eu peguei meu celular, e desci até lá embaixo e sai correndo, a única pessoa que poderia me explicar isso, era a pessoa que eu mais odiava. Eu fui até a casa dela, e ela ficou surpresa ao me ver, eu poderia adivinhar as perguntas que estavam em sua mente, mais era a única solução.
Bruna: Eu preciso que você me explique
Bia: Eu não tenho nada pra te explicar
Bruna: O Fê, teve que sair por uns tempos
Bia: Oque ?
Bruna: Dias atrás, agente pegou ele e os carinhas na nossa casa, hoje ele recebeu um telefonema entranho, e rapidamente pegou sua mochila e roupas.
Bia: Eu sabia que iria chegar a esse ponto
Bruna: Me explique.
Bia: Eu avisei que aqueles carinhas não eram boas pessoas, eu vi o jeito deles
Bruna: Por favor, eu quero que você me explique, eu quero saber oque ele fez, o porque disso tudo.
Bia: Eu não sei oque ele possa ter feito.
Bruna: Tudo bem, obrigada
Bia: Não tem porque me agradecer, eu não estou fazendo isso por você
Eu fiquei a tarde toda em meu quarto, olhando para o celular esperando alguma ligação, alguma noticia que me fizesse relaxar, eu não consegui comer, nem beber, só ficar deitada naquela maldita cama, a espera de uma noticia. Do lado de fora da janela já estava escuro, e nada de noticia. Essa noite seria a mais longa, eu não ia conseguir dormir de jeito nenhum, de repente eu pude ouvir as batidas fortes na porta e tocarem a campainha, eu sai do quarto e corri pra ver quem era. Minha tia já estava lá na porta, o marido dela ao seu lado. Eu fiquei encostada na escada olhando, e tentando ouvir. Eram 3 homens fortes, altos.
xx: Cadê o Felipe ?
Marcia: Ele não esta, quem são vocês ? Oque vocês querem com meu filho
xx: Não precisa de tantas perguntas senhora, eu quero saber aonde ele esta
Marcia: Eu não sei aonde ele esta
xx: Pessoal, olhem essa casa toda, eu não acredito que ele não esteje aqui, o filhinho de papai deve esta escondido embaixo da cama.

Os outros 2 homens, iam entrar mais o marido da minha tia não deixou.
xx: Ialá, vai ficar de kao mesmo ô tiozin
Pedro: Vocês não tem o direito de invadir, nos já dissemos que o Felipe não esta aqui
Eles riram alto.
xx: Você sabe quem somos ? Se não deixar agente invadi na marra
Pedro: Por favor vão embora.
Eu estava apavorada com aqueles homens, e só depois eu fui perceber que minha tia estava desmaiada nos braços de seu marido.
xx: Nos vamos, mas voltaremos
Eu vi os olhos deles olhar cada canto da casa e então eles bateram a porta com força, eu senti um alivio e corri para ver minha tia
Bruna: Ela esta bem ?
Pedro: Ela vai ficar bem
Bruna:Será ? Não deveríamos...
Pedro: Fica tranquila, ela só ficou nervosa
Eu precisava ir atrás daqueles homens, eu precisava saber oque realmente eles queriam com Fê, eu verifiquei se meu celular estava no bolso e fui abrindo a porta, pronta pra correr naquelas ruas atrás deles. Enquanto Pedro cuidava da minha tia. Eu sei que ele não ia reparar que eu tinha saido. Eu sai correndo. Eu não fazia a mínima ideia por onde eles teriam ido, eu corri o máximo que eu pude, algumas vezes tropeçava em algumas pedras que haviam em meu caminho, o vento fazia o meu cabelo agarrar em meu rosto, e dificultar a minha visão , mais eu não desistia, continuava correndo. Eu nunca na minha vida imaginei que poderia passar por isso, tudo era tão injusto. Porque nos não poderiamos ter um final feliz? Porque sempre tinha algo pra atrapalhar tudo? Eu acabei conseguindo ver aqueles homens de longe , não dava pra mim saber quem era quem, todos eles estavam vestido com a mesma cor de roupa,
eu vi quando eles viraram a esquina pra esquerda. Assim que eu virei a esquina, a rua era escura,  apenas uma luz bem longe poderia iluminar um pequeno pedaço quase nada.
Bruna: Esperem. -eu gritei-
Eles não olharam, os três vestido com um casaco preto enorme e todos usando o capuz. Talvez eles não tivessem ouvido, ou então sei lá, eu tinha que para-los, eu queria saber de tudo, talvez eles fossem os únicos que poderia dizer oque estava acontecendo
Bruna: Esperem -eu gritei-
Na terceira vez, eu vi que os três pararam na mesma hora como se fossem um brinquedo, como se alguém controla-se eles. Eu corri, e cheguei perto. Eles viraram, e eu pude ficar cara a cara com eles, eu me senti uma verdadeira anã em frente aqueles homens, um deles mastigava chiclete, eu não estava sentindo medo deles, eu apenas tremia de nervoso, eu não sabia como falar com eles, como se eu falasse uma língua diferente da deles.
xx: Oque é bonitinha ?
Bruna: Eu preciso saber oque vocês querem com o meu namorado.
xx: Quem é ?
Bruna: Felipe, eu ouvi tudo que vocês falaram lá, e eu preciso saber no que ele se meteu por favor.
Eu quase comecei a chorar, mais eu não ia pagar papel de chorona e fazer com que eles fossem achar que estava com medo deles, eu fui forte e então não chorei.
xx: Na verdade eu não gosto de ver meninas como você sentir medo
Bruna: Eu não sinto medo -eu sussurrei-
xx: Eu não sou de falar as coisas, mais já que você é assim..
Eu senti minhas pernas tremer.
xx: Tão bonitinha.
Ele colocou sua mão em meu rosto e acariciou, eu tirei a mão dele.
xx: Hm, eu vou te falar
Bruna: Obrigada
xx: Ele e uns moleques ai foi parar na nossa terra e quis tirar marra, chegou até pegar uma parada nossa.
Bruna: Eu não entendo
xx: Calma gracinha ainda não terminei, fomos atrás dos moleques que estavam com ele, e eles mandaram o papo dizendo que foi esse Felipe que tava dando as ordens, um deles já ta debaixo da terra.
Bruna: Ele não seria capaz de roubar
Meus olhos ficaram embaçados pelas lagrimas que se formavam.
xx: Bom, eu espero da próxima vez encontrar, ninguém pega oque é nosso
Eles se viraram, e logo desapareceram na escuridão. Eu me sentei no chão úmido e encostei minha testa em meu joelho, por algum tempo eu fiquei ali na escuridão, no frio, chorando, eu não conseguia parar de pensar nas palavras, no rosto daquele homem, eu não poderia ficar ali também naquela rua, sem nenhum movimento. Ainda chorando, eu me levantei e fui caminhando sem rumo, eu não queria voltar pra casa, não agora. Nesse momento, eu comecei a sentir falta de tanta coisa.. Imagens do meu pai , da minha mãe , do Fê em minha cabeça, me fazia ficar tonta. Eu consegui pelo menos chegar até o centro da cidade. As luzes faziam meus olhos queimarem, eu estava a poucos passos de uma pracinha. A pracinha, que um dia estava os dois casais, Ju e Caio e Eu e Fê.  Eu me sentei em um dos banquinhos molhados, e peguei o celular, liguei para o celular do Fê, mais só dava fora de área, as pessoas passavam ali perto, e me olhavam, algumas perguntavam se eu estava me sentindo bem, outras olhavam com um olhar de pena , talvez. Eu tentei ligar novamente, e nada eu acabei jogando meu celular no chão. Diego estava passando com alguns amigos por ali, quando viu que aquela era Bruna sozinha naquele espaço, ele não sabia se ela estava passando mal ou coisa parecida, ele então resolveu ir até lá, e se sentou ao lado dela.
Diego: Bruna, você esta bem ?
Bruna: Estou
Diego: Porque você esta aqui sozinha, chorando '?
Bruna: Coisas minhas
Diego: Me diga, oque houve
Bruna: Me deixa em paz, vai embora Diego
Diego: Eu não vou deixar você aqui nesse estado, além de tudo nos somos amigos, mesmo eu não querendo ser só seu amigo
Eu não queria, mais de repente e senti uma necessidade de um braço. Eu então joguei meus braços ao redor de Diego e ele me abraçou, pelo menos, não ficou tentando me fazer falar, oque eu não queria.
Diego: Já que você não quer me falar, será que eu poderia te levar pelo menos pra comer alguma coisa, ou beber.
Bruna: Não , não precisa
Diego: Não seja teimosa, eu estou aqui como um amigo.
Bruna: Tudo bem, eu devo esta um lixo.
Diego: Não você esta linda, você só deve parar de chorar
Bruna: É, desculpe.
Eu limpei meu rosto, enquanto ele pegava meu celular caído no chão
Diego: É, o celular não foi dessa vez
Eu ri.
Bruna: Eu estava nervosa
Diego: Não precisa ficar mais nervosa
Eu levantei e ele me abraçou. Nos fomos andando, até uma pequena lanchonete que havia perto, me sentei em uma das mesas, enquanto Diego estava no balcão fazendo o pedido, eu fiquei sentada, tentando não chorar mais, pelo menos ali.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

40° Capítulo

Algumas semanas depois..
Fê ainda saia varias vezes a noite durante a semana, eu não queria que Fê voltasse a ser o 'garanhão' eu não sabia com quem ele estava saindo, já que não era com Caio. Na hora do café da manhã, não havia conversa entre nós, Pedro não olhava para Fê e nem Fê olhava para Pedro. Eu acabei não entendo, tudo isso por causa daquele dia ? Por causa do barulho que o marido de minha tia havia feito ? Na noite passada Fê fez questão de me levar para comer fora, ele não havia me explicado o porquê e eu não insisti. Assim que eu percebi que estava sozinha em casa, eu liguei pra Ju e chamei ela para uma visita, ela não demorou para chegar, preparamos um pequeno almoço para nós, assistimos alguns filmes e a tarde fomos caminhar, paramos na pracinha que havia perto a velha sorveteira duas ruas atrás da minha casa, nos sentamos em uns dos banquinhos de madeira, enquanto nos deliciávamos com nossos sorvetes.
Ju: Oque esta realmente acontecendo ?
Bruna: Eu não sei, lá em casa o clima esta pesado sabe.
Ju: Pesado?
Bruna: Eu sinto isso, eu não vejo Fê falar uma palavra para o marido de minha tia e o marido dela faz o mesmo
Ju: Fê ainda não se conformou com o padrasto ?
Bruna: Isso é impossível, eu sei que eles nunca foram de ser 'melhores amigos' mais agora ta diferente.
Ju: Eu ouvi dizer, que ele estava saindo muito pras baladas.
Bruna: É, um pouco.
Ju: Ele esta mudado contigo ?
Bruna: Não.. comigo não, ele continua sendo o meu Fê de antes, fofo e romântico, o problema não é comigo , é que o jeito deles esta me deixando aflita , nervosa , o Fê tenta não ficar no mesmo local que ele, é uma coisa insuportável, a Família parece que ta sendo destruída ou algo assim.
Ju: Todas as famílias tem seus momentos ruins também Bru
Bruna: Eu sei, já vai fazer 2 semanas que ta esse clima ruim.
Ju: Você já conversou com sua tia sobre isso ?
Bruna: Já, ela me disse que esta tudo bem, e que é impressão minha.
Ju: Será que você esta tendo a impressão errada ?
Bruna: Claro que não, minha tia que não consegue perceber isso tudo
Ju: Então, é logico.
Bruna: Tantos problemas..
Ju: Tem mais ?
Bruna: Kauãn, tem hora que não é aquele garoto doce que agente admira, de repente ele resolveu tratar mal as pessoas
Ju: Hãn ?
Bruna: É, ele tratou mal uma amiguinho, expulsou o garoto praticamente, eu tentei conversar com ele mais ele gritou comigo e correu para o banheiro.
Resolvemos mudar de assunto, quando eu senti alguém me abraçar por trás. Eu me assustei quando vi que era o Fê, ele falou com a Ju e começou a me encher de beijos, eu amava aquele Fê, ele se sentou atrás de mim, e ficou agarrado comigo.
Felipe: Será que a Bruninha topa hoje uma balada ? -ele sussurrou em meu ouvido-
Bruna: Eu não sei se hoje seria o dia ideal, para sair.
Felipe: Porque não ?
Bruna: Minha tia não ia gostar de ver agente saindo dia de semana.
Felipe: Ela não precisa saber aonde vamos '
Eu não respondi, e então mudei o assunto.
Bruna: Você não deveria esta no trabalho?
Felipe: É, deveria mais eu não aguento mais trabalhar, não é comigo
Ju: É, fomos querer arrumar filho cedo demais
Bruna: Nenhum de nós planejamos, pelo menos eu e Fê
Felipe: Se eu pudesse voltar no tempo
Bruna: Eu não me arrependo, Kauãn foi a segunda melhor coisa que aconteceu em minha vida
Eu já havia reparado que o céu estava escuro, e as estrelas já iluminavam ele, eu me levantei enquanto Fê pegava sua mochila. Ele me abraçou e fomos caminhando, Ju foi pra sua casa enquanto eu e Fê fomos pra nossa casa. Quando entramos fomos recebidos com um abraço apertado de Kauãn. Fizemos um perfeito sanduiche de Kauãn.
2 meses depois...
Eu acordei muito feliz, finalmente eu tinha um emprego em uma loja de roupas no centro da cidade. Com a ajuda de minha tia, eu estava pronta para ter meu próprio dinheiro, pelo menos eu não teria que ficar o dia todo sozinha em casa, estava chovendo, e estava fazendo bastante frio lá fora, mais isso não afetou meu humor, eu dei um pulo da cama, e me arrastei para o banheiro, tomei um banho gelado, coloquei uma calça jeans e um casaco rosa, arrumei meu cabelo, olhei no relógio e eram 9 horas certinho, eu queria chegar cedo pelo menos no primeiro dia de trabalho.
Eu peguei minha bolsa e sai correndo, passei na cozinha peguei uma fruta na geladeira, e sai. A chuva gelada fazia cocegas na minha pele arrepiada, eu abri meu guarda-chuva e fui caminhando. Eu senti quando alguém colocou as mãos firmes em meu ombro, me fazendo da um gritinho de susto, meu rosto endureceu, e minha garganta queimou.
Eu esperava tanto ver ela, esbarrar com ela por ai... e agora ela estava aqui na minha frente ' com a cara mais sínica do mundo, ela me olhou de cima a baixo.
Bruna: Olá Bia, - eu sorri - eu queria mesmo ter uma conversinha contigo a algum tempo.
Bia: Oi Bruna, eu também queria trocar umas palavrinhas contigo, será que agente poderia tomar um suco sei lá
Bruna: Um suco ? Eu não quero morrer envenenada por você querida
Bia: Eu não estou aqui pra brigar, e sim pra te ajudar.
Bruna: Ajudar.. você nunca me ajudou pelo contrario só me prejudicou
Bia: Eu não vim te dizer oque eu fiz ou deixei de fazer, afinal você vai ou não ?
Bruna: É claro que eu vou, como eu te disse eu queria muito ter uma conversinha contigo
Agentes fomos andando até o restaurante mais próximo no centro da cidade, entramos e nos sentamos. Bia pediu um suco, e eu preferi pedir só uma agua.Eu não sabia dizer, qual seria minha vontade naquele momento a raiva não era pouca.
Bia: Eu prefiro começar.
Bruna: Fique a vontade
Bia: Eu não sei aonde eu estava com a cabeça, pra ir logo preocupar você
Bruna: Oh , você estava me preocupando ? Pensei que agente tivesse se esbarrado por coincidência
Bia: Não, eu só resolvi te preocupar porque envolve o Felipe nessa historia.
Bruna: É sobre ele que eu quero conversar com você na verdade, eu não estou gostando nada de ver o Fê sair fica a noite fora e voltar no outro totalmente bêbado e estranho, e provavelmente você esta envolvida nisso, já que você andou ligando pra lá;
Ela riu e eu fiquei séria.
Bia: Sinceramente, eu amo muito o Felipe. Ele foi o namorado que mais se identificou comigo
Bruna: Eu não quero saber se você ama ou deixou de amar Bia, é melhor você chegar logo no ponto certo
Bia: É por ele que eu estou aqui, pra sua informação não sou eu que estou andando com ele, varias vezes eu acabei vendo de longe ele com uns carinhas estranhos, eu não quero ver ele do jeito que eu estava, me envolvendo com coisas que me faziam mal, eu não tenho certeza , mesmo eu te odiando você é a única pessoa que pode ajudar ele praticamente
Bruna: Quem são esses carinhas ? E os telefonemas ? Eu não entendo.
Bia: Os carinhas eu não conheço, podem ser novos por aqui, e quanto aos telefonemas eu tentei ligar varias vezes pra poder conversar com ele, dá um toque, eu não quero que ele acabe sendo morto, como muitos próximos de mim já foram.

Eu senti meu corpo tremer, com as palavras dela.Minha mente ficou confusa, como se houvesse um nó, um nó difícil de ser desfeito. Ela se levantou enquanto eu permaneci sentada.
Bia: Eu só quero que você saiba, que eu estou fazendo isso por ele, somente por ele, não pense que meu ódio por você passou -ela acenou- era só isso que eu tinha pra te dizer
Ela foi embora, enquanto eu tentava me recompor para poder ir trabalhar. No Trabalho a única coisa que eu pensava era no Fê, nas palavras da Bia nessa manhã. Será que ele poderia chegar ao ponto, de perder o controle e se envolver com coisas erradas ?Por alguns dias depois do que a Bia havia me dito, eu comecei a observa-lo, eu comecei a mexer nas coisas dele a procura de alguma coisa, era tão ridículo pra mim, eu nunca havia dado uma de detetive,
se ele realmente estivesse metido em coisas 'erradas' quais seriam os motivos ? Agora sim, eu tinha as respostas por ele chegar alcoolizado em casa. Novas amizades, claro. Pelo menos dessa vez, eu não teria que me preocupar com a idiota da Bia, pelo menos dessa vez. Eu tentei não deixar ninguém perceber que eu estava de olho em meu namorado. Foi em uma bela, noite enquanto todos já estavam dormindo. Fê não estava no quarto, e então eu desci para ver se ele havia saído talvez, fui em cada canto da casa, e nada de encontrar ele, eu me sentei no sofá enquanto o relógio fazia o tic tac de costume, eu relaxei minha cabeça no sofá, e tentei pensar em como eu iria acabar com isso de uma vez por todas, eu comecei a ouvir risadas, leves.. por um momento eu achei que estivesse ficando louca , ouvindo coisas. Pela segunda vez eu ouvi a risada novamente, e na terceira era obvio eu sabia que não estava louca ainda, eu fiquei parada pensando se ia ou não ia olhar. Eu já estava próxima, qual que seja o perigo, então eu não ia correr agora, eu me levantei imediatamente, e caminhei sem fazer nenhum barulho, abri a porta detrás devagar e tentei olhar, eu não via nada e então sai pra fora. Quando eu olhei a minha direita, estava um pouco escuro mais dava pra mim ver, haviam 4 garotos, eles estavam vestido com roupa de frio, apenas um estava sem camisa, pelas costas eu pude reconhecer que era o Fê, eu fiquei me perguntando oque era aquilo ? E porque Fê estava ali ? Eu me aproximei, e um deles que estavam junto olhou pra mim, em menos de 1 seg todos estavam me olhando, Fê e outro cara escondeu algo que estava em suas mãos. Eu cheguei perto do Fê, fiquei parada olhando pra ele e para sua mão
Felipe: Bru, vai pra dentro, oque você esta fazendo aqui ? Vai anda!
Bruna: Oque você esta fazendo aqui, quem são esses caras ?
Felipe: Não importa ! Eu quero que você entre agora
Bruna: Eu não vou entrar, eu quero ver oque você esta escondendo em sua mão
Felipe: Não é nada, entra logo garota.
Bruna: Não adianta, eu quero saber oque esta acontecendo e vai ser agora
Eu puxei a mão dele e ele deixou cair, parecia um papel eu me agachei para pegar
Felipe: Não pegue isso -ele gritou-
Eu peguei oque estava no chão e olhei, e então me virei para Fê.
Bruna: Oque você esta fazendo ? ' -eu gritei-
Eu já estava chorando.
Felipe: Bruna.
Bruna: A quanto tempo você esta usando isso Fê, me diga por favor
Felipe: Não importa, entra eu to te pedindo
Bruna: Isso é a razão pra você esta saindo tanto a noite, essa é a razão por você brigar com seu padrasto.
Felipe: Eu quero mais é que ele se dane
Bruna: As suas novas amizades são as culpadas disso?
Felipe: Não
Bruna: Oque é então ? -eu gritei- Porque isso tudo de uma vez só Felipe.
Eu coloquei minha mão no rosto, enquanto chorava mais e mais.
Felipe: Me desculpe..
Eu pude ver a luz ser acesa do lado de fora.
Pedro e Marcia saíram do seu quarto correndo assim que ouviu alguns gritos, assustados eles vieram ver oque era. Assim que chegaram na varanda viram os rapazes parados ao lado do Felipe e eu chorando. Pedro e minha tia vei vindo e então Pedro viu algo enrolado em um papel jogado no chão, Pedro o pegou. Felipe me abraçou , e beijou o topo de minha cabeça.
Pedro: Eu sabia que algo estava estranho nisso tudo, as atitudes desse moleque era obvio
Felipe: Fica na sua! Não se mete otário
Marcia: Porque isso Lipe ? Você não precisa disso.
Pedro: Sua mãe e sua namorada estão sofrendo por sua causa! E seu filho, olha o exemplo que você esta dando
Felipe: Eu já falei pra você ficar na sua rapá
Marcia: Felipe -ela gritou- ele esta falando pro seu bem
Felipe: Prefiro que ele fique calado
Pedro: Moleque, sabe oque você precisa ? É de uma boa surra pra ver se cresce '
Eu me surpreendi quando o marido de minha tia tirou seu cinto, e veio vindo em direção ao Fê
Felipe: Vem então
Eu senti quando Fê me soltou e foi indo pra frente, eu agarrei em seu braço.
Bruna: Não Fê -eu gritei-
Minha tia acabou entrando na frente dele
Marcia: Pedro você não vai fazer isso! Ele é meu filho além de tudo, e eu não vou deixar
Pedro: É por isso que ele é assim, desse jeito.
Ele saiu dali, resmungando. Eu vi quando minha tia começou a chorar, eu queria poder chegar perto dela e 

abraça-la, mais eu estava segurando Fê, tentando impedir que ele fosse atrás de seu padrasto. Eu logo senti as mãos de Fê em meu rosto, ele me fez olhar pra ele. Eu estava tentando entender tudo aquilo, mais seu olhar chegava me dá medo, aquilo era apenas uma máscara, e eu tinha absoluta certeza que embaixo daquela máscara existia meu Fê.
Ele mordeu seu lábio, e eu pude ver um pouco de sangue ficar visível, eu fiquei apavorada.
Bruna: Você esta machucado
Felipe: Não é nada, é só um jeito de eu livrar um pouco da raiva que eu sinto desse idiota.
Bruna: Agente se preocupa contigo , eu não aprovo nada disso do que você ta fazendo.
Felipe: Eu odeio ver ele tentar mandar na minha vida, no meu modo de agir
Bruna: Qual é a explicação pra você esta acabando com a sua vida? Me diga..
Felipe: Bruna..
Eu esperei ele terminar de dizer.
Felipe: Já deu pra perceber que eu não sou o homem perfeito do seus sonhos, eu não te mereço, você é incrível e eu nunca deveria ter feito você se apaixonar por mim, e agora eu estou fazendo você sofrer. Agora sim eu estou caindo na real, que eu não faço bem pra você, aliás pra ninguém.. eu não me sinto bem vendo você sofrer
Bruna: Então para agora com isso tudo, para de usar essas coisas e tudo vai voltar a ficar bem.
Felipe: Eu não consigo parar Bru, é mais forte que eu.
Bruna: Não é -eu abracei ele-
Felipe: Eu nunca quis fazer vocês sofrerem
Bruna: Eu não entendo, você nunca foi de usar essas coisas
Ele me soltou, e entrou pra dentro de casa. Eu agarrei em minha tia ainda chorando e levei ela pra dentro, sentei ela no sofá e peguei um copo de agua.
Marcia: Eu não sei como agir, eu não sei como ajudar o Lipe ,eu não sei oque eu fiz de errado
Bruna: Você não fez nada de errado, essas amizades acabou influenciando ele a fazer essas coisas, agente não tem culpa.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

39° Capítulo

Quando Fê e Kauãn chegaram na academia, já havia vários homens ali treinando,Kauãn olhava impressionado cada movimento que um dos treinadores fazia, Caio também estava por ali,e assim que viu eles chegando cumprimentou.
Caio: Trouxe o moleque pra treinar também ? -ele riu-
Felipe: Treinar não, mais ele vai aprender só olhando
Kauãn: Ah '
Felipe: Fica aê jaé?
Kauãn sorriu.
Kauãn: A Leticia ta em casa?
Caio: Não, ela foi no salão com a mãe dela
Kauãn: Hm
Caio e Fê foram treinar, enquanto Kauãn estava sentado olhando os movimentos de acordo com que seu pai fazia,
Caio ficou distraído e acabou levando um soco
Kauãn: Essa doeu -ele gritou- e riu
Todos riram enquanto treinavam, não demorou muito, até a tarde passar rapidamente e logo o céu ficar escuro.Fê na saída da academia resolveu levar Kãuan para comer alguma coisa, Caio recusou o convite e preferiu ir pra casa.Kauãn, comeu muitas batatas fritas e bastante milk shake, Felipe acompanhava ele também.
Felipe: Aguenta mais uma ?
Kauãn: Claro mané -ele deu um soco no braço de fê-
Felipe riu.
Felipe: Ta aprendendo '
Enquanto eles comiam, um amigo da escola de Kãuan acabou chegando perto, Felipe olhou.
xx: Olá
Felipe: E aê moleque, senta aê com nos pra comer
xx: Não obrigada
Felipe: Senta aê -ele sorriu-
O garotinho sentou na mesa.
Felipe: Filho, olha o seu amigo da escola!
Kauãn: Legal pai -ele continuou comendo-
Felipe: Escolhe ai oque você quer comer
xx: Eu vou querer só um sorvete
Kauãn: Ele não vai comer aqui.. com agente -ele gritou-
O garotinho olhou assustado, Felipe olhou pra Kãuan desaprovando
Felipe: Iala, oque é isso Kauãn, ele é seu amigo
Kauãn: Não é '
xx: É melhor eu ir embora, desculpe -ele se levantou- e foi embora
Kauãn: Vai mesmo-ele fez uma cara feia-
Felipe encarou Kauãn por alguns segundos, e se levantou
Felipe: Vamos embora
Kauãn: Paii.. eu ainda não terminei de comer minhas batatas
Felipe: Você não deixou seu amigo comer e nem você vai comer, levanta
Kauãn bateu o pé, e se levantou
Eu levei um susto, quando ouvi o barulho da porta se batendo e ouvi quando algo caiu no chão, eu olhei rapidamente e vi que eles haviam chegado, Fê estava com uma cara péssima, Kauãn passou por mim correndo , e subiu as escadas
Felipe: Nada de video-game, tv e computador ouviu Kauãn -ele gritou-
Eu fui ao seu encontro de Fê, ele sorriu pra mim e me deu um rápido beijo, eu nunca tinha visto Fê daquele jeito com Kãuan, eu estranhei.
Bruna: Oque esta acontecendo ? -eu sussurrei-
Felipe: Estou botando ele de castigo-ele foi andando-
Bruna: Fê, porque você esta fazendo isso ?
Felipe: Aliás, já estava na hora de parar de mimar esse moleque.
Bruna: Oque ele fez?
Ele me contou tudo que havia acontecido.
Felipe: Você não deveria mimar ele desse jeito
Bruna: Então agora eu sou a culpada ? Fê não é só eu que sou assim com ele, você também.
Felipe: Além de tudo, aonde esta a educação que passamos pra ele ?
Eu deixei ele falando sozinho, e subi as escadas, enquanto eu subia ele resmungou algo que eu não pude ouvir, eu abri a porta do quarto, e Kauãn estava sentado na janela olhando pra rua, ele não notou minha presença, eu me aproximei e coloquei minha mão em seu ombro
Bruna: Agente precisa conversar mocinho
Kauãn: Eu não quero conversar.
Bruna: Não tem que querer, vamos conversar e ponto final.
Ele não deu atenção, e eu não quis forçar a barra.
Bruna: Eu me surpreendi quando seu pai me disse oque você fez com seu coleguinha, oque esta acontecendo ? Você nunca foi de maltratar alguém.
Kauãn: Ele não é meu coleguinha mãe
Bruna: Claro que é, naquela vez que eu te levei na escola vocês me pareciam ser amigos
Kauãn: Você viu errado então.. -ele sussurrou-
Bruna: Não, não vi, você pode me dizer oque esta acontecendo, amor eu sou sua mãe eu preciso saber
Kauãn: Mãe eu fiz aquilo porque eu não gosto dele.
Bruna: Não deve ser assim
Kauãn: Eu tenho direito de não gostar de alguém, igual você não gosta de uma antiga ex namorada do meu pai
Bruna: Oque você sabe sobre isso ?
Kauãn: Tudo
Bruna: Como?
Kauãn: Um dia desses, ela ligou pra cá
Bruna: Oque? -eu gritei-
Kauãn: O papai não estava , quando ele chegou eu avisei que ela havia ligado e eu perguntei pra ele quem era , e ele me contou a historia toda
Bruna: Mais isso não vem ao caso, se você não gosta do seu coleguinha tem um motivo qual é?
Kauãn: Ele não é meu coleguinha, que saco -ele gritou-
Bruna: Ei, para de gritar, só quem pode gritar aqui sou eu, seu pai e sua avó.
Kauãn desceu da janela e saiu andando, entrou no banheiro e trancou a porta.
Bruna: Kauãn -eu gritei- saia dai agora
Eu fiquei alguns minutos mandando ele abrir e sair daquele banheiro mais ele ignorava, eu acabei desistindo.A historia estava muito estranha, tudo estava muito estranho, era como um quebra-cabeça, eu não sabia por onde começar a juntar as peças, em seguida a raiva logo veio, eu sai do quarto, desci as escadas.
Bruna: Feeeelipe -eu gritei-
Fê estava deitado no sofá assistindo televisão, eu cheguei perto dele e dei dois tapas em seu ombro.
Felipe: Oque foi ?
Bruna: Desliga essa televisão agora '
Felipe: Iala, qual foi?
Bruna: Desliga agora-eu bati o pé-
Ele pegou o controle remoto, e desligou.
Bruna: Que historia é essa de aquela vadia da Bia ficar ligando pra cá ? Oque ela quer com você? Será que você pode me explicar

Ele riu.
Felipe: Ah, eu não sei te dizer oque ela quer, sempre que ela liga eu estou no trabalho
Bruna: Dessa vez, sua mentira não vai ser tão boa.
Felipe: Ta dizendo que eu to mentindo?
Eu balancei a cabeça concordando.
Felipe: jaé, se você acha que é mentira ta tranquilo, posso voltar a ver o programa ? Ou você quer mais alguma coisa?
Bruna: Eu acho que...
Ele me interrompeu.
Felipe: Guarde seus pensamentos pra você Bruna
Bruna: Não me faça ficar com mais raiva, por favor.
Felipe:Ficando com raiva atoa
Bruna: Fê, '
Felipe: Relaxa, vai tomar uma agua, e deixa eu voltar a ver televisão
Eu respirei fundo e peguei meu chinelo, ele me olhou assustado.
Felipe: Oque você vai fazer com isso ?
Bruna: Você ainda pergunta?
Ele riu, e saiu correndo, eu joguei o chinelo e minha tia acabou abrindo a porta na hora, e acabei acertando nela
Marcia: Oque é isso ?
Felipe: Foi a Bruna.
Marcia: Oque esta acontecendo querida?
Bruna: O seu filho tia, é ele que me deixou irritada
Felipe: Você que ta de graça ai
Bruna: Sabe oque é tia, a Bia anda ligando pra cá, você sabia disso ?
Marcia: Lipe
Felipe: Mãe sempre que ela liga eu nem to, a Bruna ta de ciumes atoa.
Bruna: Eu não estou com ciume, e essa sua mentirinha não vai me convencer dessa vez -eu gritei- Felipe se eu souber que você anda de papinho com a vadia, eu juro que te mato, nem que eu tenha que virar viuva antes mesmo de casar -eu subi as escadas-
Assim que cheguei no quarto, peguei um lençol e um travesseiro, sai do quarto e desci, eu joguei as coisas encima dele.
Felipe: Oque é isso ?
Bruna: Você não vai dormi comigo hoje '
Felipe: Para de palhaçada
Bruna: Você vai dormi aqui no sofá, se você não quiser dormi na rua
Felipe: Eu não acredito nisso, é o meu quarto e você quer me botar pra fora ?
Bruna: Seu quarto não, nosso quarto e ta resolvido você vai dormi aqui okay ?
Felipe: Isso é tão infantil Bruna
Bruna: Boa noite Fê -eu fui andando-
Felipe começou a socar a parede.
Felipe: Pqp ' -ele gritou-
Marcia: Ei, mocinho sem palavrões
Felipe: A Bruna me botou pra dormi aqui no sofá, mãe faz alguma coisa
Marcia: Eu não posso fazer nada Lipe, vocês que se entendam eu estou cansada e preciso dormi, boa noite querido.
Felipe: Sacanagem isso, mais eu não vou dormi aqui no sofá
Marcia: E vai dormi aonde ? Comigo ?
Ele pegou seu casaco que estava encima do sofá, a chave e o celular, e saiu pela porta.
Marcia ficou de boca aberta, e subiu, passou no quarto de Kauãn para dar boa noite e foi para seu quarto. Eu estava um pouco arrependida de ter mandado ele dormi lá embaixo, naquele sofá, eu ia sentir a falta dele pelo menos essa noite, de madrugada se eu não aguentasse talvez iria sair correndo até lá, e me enfiar embaixo da coberta naquele sofá ao seu lado, eu não conseguia ficar com raiva dele, eu admito que estava com ciúmes eu tinha motivos pra estar com ciúmes, eu comecei a me fazer as perguntas, será que havia exagerado demais ? Será que o ciúme falou mais alto? Eu agarrei o travesseiro pra pensar em como ia pedir desculpas pra ele e implorar pra que ele viesse dormi comigo,eu estava pensando até que ouvi o barulho da moto, eu corri para a janela, e lá estava Fê encima da moto pronto para sair, aquilo me fez ficar com raiva de mim mesma, agora eu não sabia aonde ele estava indo, eu sai do quarto correndo para o corredor
Bruna: Tia -eu gritei-
Eu não me importei em acordar Kauãn, ela abriu a porta de seu quarto.
Marcia: Ai senhor, oque houve querida ? Aconteceu alguma coisa com Kauãn?
Bruna: O Kauãn esta bem, não é nada com ele
Marcia: Ah -ela suspirou- oque é então?
Bruna: Aonde o Fê foi?
Marcia: Ah querida eu não sei, ele só disse que não iria dormi no sofá, pegou as coisas e saiu.
Bruna: Droga
Eu corri de volta para o quarto, me sentei na cama e peguei meu celular, botei o celular no viva voz, e liguei para ele, só chamava, chamava e ninguém atendia, eu comecei a roer minhas unhas e pensar na besteira que poderia estar fazendo,eu fiquei tentando e tentando, eu não me importava de ficar a noite toda tentando, meia hora depois eu decidi tentar a ultima vez, e por milagre ele atendeu
Bruna: Fê aonde você tá ?
Felipe: Fica tranquila, eu não tentei me matar , eu to bem
Bruna: Volta pra casa, por favor.
Felipe: Não cara, eu não quero dormi no sofá
Bruna: Fê
Felipe: Vai dormi , vai descansar, eu estarei ai logo, logo
Bruna: Eu estou preocupada, me desculpe por fazer oque eu fiz.
Eu pude ouvir sua risada do outro lado da linha.
Felipe: De boa, vai dormi se o Kauãn acordar e te ver nervosa vai ser pior.
Bruna: Você tem razão, mais antes me promete uma coisa
Felipe: Fala
Bruna: Você não vai fazer nenhuma besteira.
Felipe: Você não ia pedir isso ia ?
Bruna: É, não.
Felipe: Então fala
Bruna: Me promete que você não vai encontrar com a Bia, só porque esta com raiva de mim
Felipe: Bruna
Bruna: Oi ?
Felipe: Um pouco de confiança seria legal
Bruna: Eu confio em você, eu só não sei oque ela é capaz de fazer ainda
Felipe: Agora eu posso te pedir uma coisa ?
Bruna: Pode
Felipe: Vai dormir
Bruna: Tá
Felipe: Agora
Bruna: Ta, eu te amo não se esqueça disso-ligação finalizada-
Eu me deitei, eu não ia dormi até que ele chegasse,eu estava com medo de onde ele estava ou oque ele estava fazendo,eu só pensava em uma pessoa 'Bia' até que eu me dei conta que talvez eu estivesse enganada, e se ele tivesse ido atrás de Diego ? Fê quando queria uma coisa não desistia, e ele queria acabar com Diego.Porém ele me prometeu que não iria fazer nada, apenas naquela madrugada, tentando encaixar as coisas eu acabei dormindo, eu acordei com o barulho do meu celular tocando sem parar, eu demorei um pouco pra abrir meus olhos, quando peguei o celular ele parou de tocar e depois vibrou, eu olhei e dessa vez era uma mensagem, eu comecei a ler.
Oi Bruninha, já to sentindo falta do seu beijo sabia ?
Agora eu tenho certeza que você ainda sente algo por mim. Você não contou para seu namoradinho sobre isso, que prova de amor hein, to louco pra te ver por ai novamente. Beijo Diego
Eu apertei em responder e comecei a escrever a mensagem.
Você é escroto Diego, eu não sinto nada por você e é claro que eu contei pro Fê, se você tem amor a sua vida nunca mais se aproxime de mim, nunca mais.Você tem que me agradecer por você ainda esta vivo, me esqueça !!
Eu esperei a mensagem ser enviada e larguei o celular na cama, arrumei meu cabelo , escovei os dentes e desci correndo até lá embaixo.
Pra minha surpresa o marido da minha tia havia voltado de sua tal viagem pra sua terra, ele estavam tomando o café da manhã, ele me comprimento, minha tia estava sorridente, muito alegre e parecia não querer desgrudar de seu marido, eu me sentei e encostei minha cabeça na mesa, fechei meus olhos por alguns segundos, eu não havia dormido nada, talvez menos de 3 horas, eu ainda conseguia ouvir cada mordida que um deles dava em uma torrada, a colher encostando na xicara de café, cada risada de minha tia.
Marcia: Querida, a Juliane veio ai te ver e levou Kauãn.
Por uns segundos o marido de minha tia se deu conta de que eu não estava prestando atenção
Pedro: Eu acho que ela esta dormindo
Marcia: Dormindo? -ela sussurrou- não pode ser
Pedro: É oque parece
Marcia: Isso é tudo culpa de Lipe, eu já não sei mais oque fazer.
Pedro: Aonde ele esta ?
Marcia: Bem, eu não sei. Eles tiveram uma briguinha e então Bru colocou ele pra dormi no sofá, ele não gostou e saiu pra rua e até agora não chegou
Pedro: Ele não toma jeito, ele me parecia esta sendo um homem de verdade, mais agora vejo que é o mesmo moleque de sempre.
Marcia: Eu não sei oque fazer, a Bruna não dorme por causa dele, apesar de ele mandar ela dormi, eu entendo como ela fica preocupada.
Pedro: Se namorando esta assim, imagine casados ,Felipe tem que ter responsabilidade
Marcia: Eu sei disso querido, ele tinha mudado, não saia e não ficava a noite toda na rua, ontem foi a primeira vez depois da mudança, você acha que ele esta voltando a ser quem ele era?
Pedro: Eu não sei, se é a coisa certa a dizer, talvez ele só tenha saído ontem por causa da briguinha de casal, é normal.
Marcia: Eu espero, é melhor eu acorda-la, dormi assim desse jeito não é bom.
Pedro: Claro
Marcia se levantou, e pegou na cintura de Bruna e a levantou, Bruna acabou despertando, olhou para sua tia e em seguida fechou seus olhos novamente.
Marcia: Me ajude a levar ela até lá encima
Pedro correu para ajuda-la , cada um segurou Bruna de um lado e levaram ela até o quarto, Marcia deitou ela na cama enquanto ela ainda dormia, sua tia ficou observando ela dormi
Pedro: As coisas não podem ficar assim Marcia, você tem que tomar uma atitude antes que piore
Marcia: Eu vou conversar com Lipe, eu espero que essa seja a ultima vez.
Pedro: Essa garota não merece, mesmo que goste dele.
Marcia: Será que Felipe voltou a andar com uma antiga namorada dele-ela sussurrou-
Pedro: Qual?
Marcia: A pior, a que a Bruna mais odeia.. A Bia
Pedro: Porque você acha isso?
Marcia: Ontem a noite na hora que eu cheguei a Bruna tocou no assunto de telefonemas da Bia, eu não acredito que Lipe esteja se divertindo com a Bia, eu o conheço eu sei que ele é homem.
Pedro: É melhor você não pensar em coisas precipitadas.
Marcia: Eu nunca deveria ter permitido isso tudo
Pedro: Você acreditou no amor deles, você acreditou que não importa se parente pode se apaixonar.
Marcia: Eu vou conversar com Lipe, eu vou tentar arrumar as coisas antes que estrague, eu não quero ver minha sobrinha sofrendo '
Eles se abraçaram e saíram do quarto.Depois de algumas horas, Marcia estava preparando o almoço enquanto seu marido havia dado uma saidinha, Felipe acabou chegando, foi até a sala e se jogou no sofá, sua mãe após ouvir o barulho de alguém entrando, foi atrás.
Marcia: Felipe, eu não acredito que você esta chegando essa hora em casa.
Felipe: É
Marcia: Você acha que sua namorada não fica preocupada com você ?
Felipe: Ela me ligo de madrugada, e eu disse que era pra ela dormir que eu estava bem.
Marcia: Afinal aonde você estava ? Com quem você estava.
Felipe se levantou e quase caiu.
Felipe: Com alguns amigos.
Marcia: Você andou bebendo Lipe ?
Felipe: Oque que tem? Eu sempre bebi mãe
Marcia: A Bruna ficou a noite toda sem dormi praticamente te esperando, você acha que isso é legal ?
Marcia acabou sentindo o cheiro da comida queimando na cozinha, ela correu desesperada. Nessa hora, Pedro acabou chegando e viu Felipe, ele apenas olhou com um olhar desaprovando e foi até a cozinha atrás de Marcia. Ela estava chorando, chorando muito enquanto a cozinha estava fedendo a queimado, seus soluços dava pra serem ouvidos perfeitamente, ela acabou percebendo que seu marido estava ali e olhando pra ela, ela pegou a cebola que estava encima da pia, e começou a picar tentando disfarçar
Pedro: Você esta chorando?
Marcia: Não
Pedro: Não minta
Marcia: Ai que droga tô, tudo por causa da cebola, tantos anos e eu ainda não consegui me acostumar-ela sorriu-
Pedro: Felipe chegou
Marcia: Eu sei, eu vi -ela abaixou a cabeça-
Pedro: Você quer que eu converse com ele ?
Marcia: Não querido, bom eu quero que você me ajude com esse almoço -ela riu- acabei deixando a panela de macarrão queimar - Eles riram-.
Marcia: Por favor
Pedro: Olaro, ótima cozinheira
Eles foram preparar o almoço, enquanto Felipe tentava subir as escadas de qualquer jeito, eu acabei acordando quando ouvi o barulho, Fê havia derrubado o porta retrato com nossa foto que havia encima da mesinha ao lado de nossa cama, ele se deitou na cama do mesmo jeito que estava, eu senti o cheiro insuportável de álcool que fez minha cabeça girar, eu me levantei rapidamente e tapei minha boca, eu fui obrigada a sair do quarto, eu senti minha boca ficar seca derrepente meus pensamentos ficarem obscuros, eu desci até a cozinha, abri a geladeira enquanto minha tia e seu marido cozinhava.
Marcia: já acordou querida
Bruna: Sim tia, acordei com o Fê, ele chegou agora ?
Pedro: Fale a verdade -ele cochichou-
Marcia: Não, já faz tempo. Ele estava dormindo no sofá então eu mandei ele subir
Bruna: Ah -eu sorri-
Bebi a agua toda e em seguida eu sai
Pedro: Não era pra você ter mentido
Bruna: Eu não quero ver ela começar a sofrer, me entenda por favor
Pedro: Eu vou falar com o Felipe, agora '
Bruna: Não querido, não vá
Pedro: Claro que vou -ele saiu-
Me sentei na varandinha que havia lá atrás e fiquei olhando as formigas andarem pelo chão, eu não tinha nada pra pensa, quer dizer tinha mais eu não queria pensar sabendo que iria doer em meu peito, eu tentei respirar fundo sugar todo o ar puro que havia ao meu redor, eu me levantei e abri os braços, o sol batia sobre meu rosto, o meu corpo estava totalmente rígido ali, eu ouvi de repente uma batida forte da porta que me fez voltar a realidade e fazer meus pensamentos voltarem pro lugar, eu corri pra dentro e tentei seguir de onde tinha vindo o barulho, eu subi as escadas, era impossível o barulho vir do meu quarto, Fê estava dormindo era obvio, a porta estava fechada, e eu não abri, eu so pude ouvir as vozes de minha tia e seu marido.
Pedro: Se você não quer compromisso, pra que noivou com a garota ?
Felipe: Você não tem nada haver com minha vida cara, fica na sua jaé
Pedro: Você é um moleque Felipe, você não deveria fazer sofrer quem te ama
Felipe: Foda-se , você não é ninguém pra me dizer oque eu devo fazer, aliás quem é você pra falar em sofrimento ?
Marcia: Felipe para-ela gritou-
Felipe: Oque é mãe ? O seu maridinho não tinha nada que esta aqui me dando lição de moral
Marcia: É pro seu bem querido, eu não quero ver minguem sofrendo
Felipe: Quem disse que ela ta sofrendo ?
Pedro: A garota dormiu na hora do café da manhã, dormiu na mesa.
Marcia: Ela ficou te esperando Lipe, eu não acho que isso seja bom, você chegou quase na hora do almoço, bêbado pra completar
Pedro: Sua mãe ainda quis amenizar, e não falou pra ela que você havia chegado a luz do dia em casa
Felipe: Cala a boca Pedro, você não deveria esta aqui, você não é da família
Marcia: Felipe ' ele é da família sim, ele é meu marido
Felipe: Seu marido, ele não é nada meu, é por você que eu concordei com a ideia de ele morar aqui.. Você nunca deveria ter se casado de novo mãe
Marcia: Felipe você esta sendo egoísta, eu não vou jogar minha felicidade fora, eu ainda tenho muitos anos pela frente
Felipe: Vocês podem sair agora ?
Marcia: Antes eu queria te dizer uma coisa, pensa bem antes de fazer sua namorada sofrer -ela saiu andando-
Quando ela abriu a porta, eu tentei disfarçar, ela me olhou estranho, e me abraçou
Marcia: Ah, querida oque você ouviu dessa conversa ?
Bruna: Nada tia
Eu não havia conseguido entender a conversa, por causa que a porta estava fechada.
Bruna: Você pode me dizer oque esta acontecendo aqui ?
Marcia: Não é nada, Felipe apenas não gostou que Pedro entrou no quarto.
Pedro: Ele não gostou pelo barulho que eu fiz na porta
Bruna: Eu não entendo, porque ele andou bebendo
Marcia: Fica tranquila, ele só bebeu por causa da bobeira de ontem.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

38° Capítulo

Quando chegamos na frente da boate eles já estavam lá, Paulo encostado em seu carro. O carro era lindo, parecia até de gente rica, as luzes que havia na frente da boate fazia o carro brilhar, Diego estava com uma garota ao seu lado, e o outro garoto estava sozinho apenas olhando a bunda das garotas que passavam, Fê pegou em minha mão, e fomos nos aproximando de seus amigos, pelo menos Diego não estava me olhando mais, todos nós fomos entrando em fileira, lá dentro a balada estava cheia demais.
Bruna: Fique perto de mim por favor, eu não quero me perder. -eu sussurrei.
Felipe: Fica tranquila. -ele riu.
Havia algumas mesinhas do outro lado da pista de dança, as luzes coloridas iluminando cada canto daquele lugar, assim que eu olhei havia um grupinho de garotas fazendo estripe em cima da mesa a nossa frente, eu me sentei no colo do Fê, enquanto ele olhava aquelas garotas descendo sensualmente, eu estava achando aquilo tudo ridículo, o que elas queriam? chamar atenção ? eu segurei o rosto de Fê.
Bruna: Perdeu alguma coisa ali ? -ele riu.
Felipe: Onde?
Bruna: Não se faça de bobo, eu sei que você estava olhando pra elas.
Felipe: Nem estava cara, eu tô ligado lá no Paulo.
Eu segui o olhar dele, Paulo estava beijando uma garota ruiva dessa vez, Yasmin não estava junto com ele,
minha boca se abriu automaticamente '
Felipe: Ta vendo né.
Bruna: É claro, todos estão.
Felipe: Normal
Bruna: Você também era assim?
Felipe: Era -ele piscou-
Eu me levantei.
Bruna: Hm, eu quero dançar
Felipe: Vamos lá -ele sorriu-
Fomos andando..esbarrando em algumas pessoas, nos conseguimos chegar a pista.Eu comecei a dança enquanto Fê repetia meus movimentos, ele encostou seus lábios na minha orelha.
Felipe: Eu vou buscar uma bebida, já volto -ele sussurrou-
Bruna: Ok
Eu continuei dançando, e senti a mão na minha cintura.
Eu ri.
Bruna: Foi rápido amor -eu me virei-
Diego sorriu..eu parei de dançar, e olhei pra ele.
Bruna: Diego
Diego: E aê
Bruna: Fica longe de mim por favor
Diego: Oque que tem eu ficar perto de você ?
Bruna: Tudo, meu namorado não ia gostar nada de ver você perto de mim, logo você
Diego: Foda-se, eu ainda não fiz nada demais.
Bruna: Ainda? Oque você quer dizer com isso ?
Diego: Vem comigo-ele me puxou-
Bruna: Não , para me solta.
Diego: Oque foi Bru , ta com medo de mim ?
Bruna: Diego.. por favor nesse exato momento Fê deve esta olhando pra você
Diego: Você acha que eu to ligando ? -ele sorriu- e foi me puxando.
Bruna: Você deveria
Ele foi me levando até ao lado de fora da boate, encostou atrás do carro de Paulo.
Bruna: Seja breve.
Diego: Bru, você ainda sente algo por mim? -eu ri.
Bruna: Não
Diego: Seja sincera
Bruna: Estou sendo
Diego: É estranho, no dia do nosso passeio eu senti que você estava curtindo e tals, no dia que me viu pareceu ter ficado tão feliz.
Bruna: O passeio foi maravilhoso, Diego eu fiquei feliz sim, fazia anos que eu não te via e independentemente do que tenha acontecido, você sempre será um amigo pra mim
Diego: Só um amigo ?
Bruna: Claro
Diego: E porque você ficou com aquela cara quando me viu com aquela garota?
Bruna: Pelo amor de deus, que cara Diego?
Diego: Sei lá, talvez de ciúme
Bruna: Por favor, eu só devo ter ciúmes do meu namorado
Diego: Eu não acredito em nada disso
Bruna: Ai é contigo -eu sorri-
Ele segurou em meu rosto, e me olhou fixamente.
Diego: Eu sei que tudo isso é mentira
Bruna: Por favor, deixa eu ir. Fê deve esta me procurando
Diego: Deixa ele, esquece ele só por uns minutos
Ele me beijou, eu tentei afastar ele mais não deu,ele segurava meu rosto com bastante força, depois de alguns segundos parou de me beijar, ele me olhou.
Bruna: Você não deveria ter feito isso ' -eu gritei e fui andando-
Ele agarrou em meu braço.
Diego: Não fale nada sobre oque aconteceu por aqui
Bruna: Porque eu não deveria ?
Diego: Eu acho que você talvez não queira uma briga né -ele me soltou-
Eu fui andando, assim que eu fui subindo a calçada e indo até a porta pra entrar novamente eu dei de cara com Fê.
Felipe: Eu estava te procurando Bruna
Bruna: Desculpe.
Ele olhou lá pra trás, provavelmente para Diego, eu vi sua expressão mudar para raiva, talvez.
Felipe: Oque aconteceu ? '
Bruna: Nada.
Felipe: Você estava com o idiota do Diego?
Eu lembrei do que Diego havia me dito, antes de eu sair de lá.
Bruna: Não, claro que não
Felipe: Você esta estranha, fale a verdade.
Bruna: Ah, uma amiga minha me chamou para me pedir ajuda.
Felipe: Ajuda?
Bruna: É, coisa de mulheres -eu sorri-
Eu sabia que mentia muito muito mal, mais eu tentei arriscar.Talvez eu contasse a verdade depois, não agora, eu não queria uma briga, eu não queria ser sempre o motivo da briga. -ele riu.
Felipe: Tudo bem
Voltamos lá pra dentro, nos sentamos no mesmo lugar, eu me sentei ao lado de Fê, enquanto ele conversava com o único menino do grupo que estava sem ninguém, eu estava pensando , pensando sobre oque houve lá atrás com o Diego,cada palavra que ele havia dito, era ridículo eu estar pensando sobre ele, eu tinha o Fê, eu não deveria me importar com nada se referindo a outro homem.Eu não sabia se tinha feito a coisa certa, por um lado eu deveria ter contado para o Fê, mesmo que ele acabasse com a vida do Diego, por outro lado eu não ia ficar feliz , mais talvez seria melhor.Mesmo que fosse estranho da minha parte, Diego foi meu primeiro namorado, mesmo sendo só pra fazer ciúmes no meu primo.Eu fechei meus olhos um pouco, tentando afastar aqueles pensamentos, quando abri Fê estava me encarando, eu me senti mal.
Felipe: Você esta se sentindo bem ?
Bruna: Sim
Eu menti , eu não estava 'bem' pelo contrario eu estava ‘péssima 'Fê havia aberto mão de tudo por mim, e só de pensar que eu poderia esta estragando tudo que se construiu até aqui.
Bruna: Eu juro, eu estou bem.
Felipe: Hmm
Eu cheguei perto dele, e coloquei minha mão em seu pescoço, enquanto encostava meu rosto em seu peito,ele levantou meu rosto.
Felipe: Bru ?
Bruna: Oi?
Felipe: Você quer ir embora?
Bruna: Não..
Fiquei em silêncio, enquanto Fê olhava pro lado e zuava com o Paulo e com a outra garota que estava com ele,eu fiquei observando ele, cada sorriso que ele dava.
Bruna: Eu te amo tanto -eu sussurrei-
Ele me olhou.
Felipe: Eu também cara, te amo demais -ele me beijou-
Enquanto eu beijava Fê, eu ouvi a voz do Diego.Eu senti raiva, era tudo culpa dele, se ele não tivesse feito oque fez eu estaria bem,se ele não tivesse se aproximado de mim tudo estaria normal,eu não sei até quando eu poderia dizer pro Fê, que estava tudo bem.Paramos o beijo quando um dos meninos deu um soco nas costas de Fê.Quando eu olhei havia vários meninos, meninas e outros casais na nossa mesa, e quando olhei de novo Diego estava me olhando com a mais cara de pau, minha vontade era pegar o copo que estava na mesa mirar certo, e jogar nos seus olhos para que ele talvez, ficasse cego, seria perfeito.Eu ri baixinho, enquanto imaginava a cena, todos me olhando enquanto Diego sangrava na minha frente. Eu abaixei minha cabeça, Fê e outros garotos levantaram e eu olhei, quando Fê tirou algo de seu bolso e colocou encima da mesa.
Felipe: Bru, eu já volto.
Eu apenas balancei a cabeça, eles foram indo até o bar.
Eu tentei mexer no que Fê havia colocado na mesa, e quando vi era cigarro,eu fiquei surpresa, e Diego ainda estava me olhando,eu me levantei e fui atrás do Fê, eu não ia aguentar ficar com aquilo guardado dentro de mim
não seria correto da minha parte enganar '
Bruna: Fê.
Felipe: Fala -ele me agarrou-
Bruna: Eu preciso te contar uma coisa
Felipe: Agora não tá... depois -ele sorriu-
Bruna: Agora.
Paulo: O desgraçado anda logo -ele gritou-
Felipe: Depois gatinha -selinho-
Ele se virou para falar com Paulo, e eu cruzei meus braços.Eu voltei pro meu lugar, e fiquei sentada olhando ele, eu tentei falar, mais ele não deixou isso me deixo irritada, depois de meia hora, Fê veio vindo
e me chamou para irmos embora, ele não tocou no assunto sobre oque eu queria falar.Eu estava agradecida de não ter que olhar mais para cara de Diego, nos despedimos de todos, e fomos embora.
Quando chegamos em casa, eu olhei no relógio e era 4 horas, eu subi para o quarto,tomei meu banho, e logo depois Fê foi tomar o seu, enquanto eu penteava meu cabelo, eu pensava se iria tocar no assunto com ele novamente, como eu iria falar pra ele.Assim que ele saiu do banheiro eu nem percebi, eu estava parada com o pente na mão olhando pro nada
Felipe: Você esta bem ?
Bruna: Tô
Felipe: Hm oque você queria falar comigo?
Bruna: Er
Felipe: Fala pô.
Bruna: Eu não sei bem, por onde começar -eu sussurrei-
Felipe: Pelo começo -ele sorriu-
Bruna: Tudo bem, você não esta com sono ?
Felipe: Bru, eu tenho a metade da noite se for preciso -ele suspirou-
Bruna: Okay, okay.
Felipe: To esperando.
Eu sabia que não ia da pra enrolar, eu tinha que falar ali agora.
Bruna: Se lembra quando eu sumi , e quando você me encontrou eu estava entrando de novo até a boate ?
Felipe: Que você disse que era uma coisa de 'ajuda'
Bruna: Exatamente, bem eu menti pra você..
Felipe apertou suas mãos, e mordeu seu lábio.
Bruna: Me desculpe '
Felipe: Eu sabia que tudo tava estranho, mais por incrível que pareça você conseguiu mentir muito bem pra mim
Bruna: Anos de pratica -eu sorri-
Felipe: Vai me falar a verdade ?
Bruna: Você já deve saber.
Felipe: Claro, mais eu quero ouvir, só pra ter certeza e depois não ser o injusto da historia quando estiver feito o pior -ele piscou-
Bruna: O Diego me chamou para ir até lá fora de qualquer jeito, e chegando lá ele falou algumas coisas e me beijou.
Felipe: E você ?
Bruna: E você.. oque ? -eu encarei ele-
Ele passou a mão em seu cabelo.
Felipe: Na moral, porque você mentiu ? Se você mentiu é porque gostou do que aquele otário fez, porque você não me contou, tem alguma justificativa ?
Bruna: Eu não menti porque gostei do que ele fez. Claro que não, ele foi idiota por fazer aquilo, mais eu menti porque eu estou cansada de ser o motivo de porrada entre vocês, eu não queria que vocês fosse começar uma briga ali, seria ridículo
Felipe: Enquanto você estiver comigo, e enquanto aquele viado gostar de você, e sempre que ele vier de graça com você será assim, eu não tenho medo nem dó de acabar com ele.
Bruna: Eu tentei te dizer, mais você deixou pra depois.
Felipe: Sim, porque eu pensei que não fosse tão sério, foi mal. Mais eu nunca pensei que você fosse mentir por sentir pena dele.
Bruna: Eu não senti pena dele -eu menti- eu só não queria uma briga Fê.
Felipe riu.
Bruna: Eu não estou rindo '
Felipe: É engraçado, porque você tem tanto medo? Não é você que irá se machucar
Bruna: Dane-se , eu não quero que nosso filho chegue na escola e fique sabendo que o pai dele anda no meio de brigas idiotas
Felipe: Oh.. claro pra você é idiota !
Felipe: Não importa, foda-se todo mundo. Eu não quero que ele, logo ele mecha contigo, eu sempre falei isso, eu não quero que você minta pra mim quando ele fizer qualquer coisa jaé ?
Bruna: Eu não vou mais mentir pra você, me desculpe amor
Felipe: Eu espero -ele me abraçou-
E logo ele se afastou,eu me deitei enquanto ele andava pelo quarto..ele vestiu uma bermuda e pegou a chave da moto.
Bruna: Aonde você vai ?
Felipe: Não se mete, é melhor você dormir Bru, eu não sei que horas eu volto
Eu dei um pulo da cama, antes que ele saísse daquele quarto,eu segurei em seu braço, chutei a porta que estava aberta e me coloquei em sua frente.
Felipe: Licença?
Bruna: Não.. isso é estúpido, eu não quero isso.
Felipe: Você nem sabe oque pretendo fazer.
Bruna: Eu não sou idiota, eu aposto que você irá até lá e possivelmente fazer com ele oque fez com aquele garoto Iago, ou talvez pior -eu gritei- eu não quero isso mais uma vez, será que você não se sente mal em fazer isso? Fê por mim não faça isso.
Felipe: Diego tem que aprender que perdeu, ele não entende isso, se eu não fizer algo, ele vai continuar fazendo essas coisas, dessa vez ele te beijou certo?
Eu balancei a cabeça concordando.
Felipe: E depois , oque você acha que ele irá fazer ?
Eu fiquei quieta e tentei absorver tudo aquilo, e achar uma solução para isso, menos briga, eu lutava com meus pensamentos, com minhas ideias idiotas.
Bruna: Pelo menos deixa eu ir com você ?
Felipe riu.
Felipe: Ta de brincadeira né?
Bruna: Não, não estou '
Felipe: É melhor você ir dormi
Bruna: Amanhã é sábado , o que importa ? Eu quero ir
Felipe: Bruna
Bruna: Felipe Andrade , se eu não for contigo você não vai passar por essa porta.
Felipe: Eu uso a janela.
Eu ri.
Bruna: Bom, se você quiser quebrar uma perna , tudo bem.
Felipe: Pensando bem, não ia adiantar.
Ele ficou pensando por alguns minutos, e me incomodou.
Oque será que ele estava planejando ?
Eu ia ter que esperar até ele me dizer, era a pior coisa ver Fê pensando '
Felipe: Eu não quero que você vá comigo
Bruna: Então você não vai
Felipe: Eu tenho que ir, eu não vou deixar do jeito que esta
Bruna: Você não vai -eu gritei-
Felipe: Jaé '
Bateram na porta..
Era minha tia, eu abri ela entrou enquanto eu me virava para olhar pra ela.
Marcia: Oque esta acontecendo aqui ?
Felipe: Nada mãe, nada.
Marcia: Nada? Lá do meu quarto eu to ouvindo a gritaria
Felipe: Ninguém estava gritando.. Quer dizer a Bruna que gritou
Bruna: Gritei porque ele me irritou, me desculpe tia
Marcia: E se Kauãn acorda-se? E ouvir-se essa briguinha idiota de vocês.. eu não sei porque vocês tanto brigam.
Felipe: Ta mãe, agente já entendeu e eu quero dormir
Marcia: Felipe, eu estou falando sério com vocês, isso não é hora de gritaria.
Eu fiquei em silêncio.
Bruna: Tia, nos não vamos mais gritar, não vamos mais brigar hoje, me desculpe;
Marcia: Tudo bem, eu vou voltar a dormir, eu espero não ouvir mais nenhum barulho nesse quarto.
Felipe: Nenhum barulho ? -ele riu- você pode ter razão, hoje a Bruninha ta muito nervosa..
Minha vontade era pular encima dele, e deixar ele marcado, como sempre eu era a exagerada, como sempre eu era a única nervosa da historia .Minha tia saiu do quarto, e eu fui arrumar a cama para me deitar, Fê havia ido até o banheiro, e eu fui atrás,ele estava no celular, eu encostei minha cabeça na porta pra poder ouvir melhor.
Felipe: Cara a Bruna ta de graça aqui, ela não quer deixar eu ir
xx: E oque você quer que eu faça véi ?
Felipe: Só da um alerta nele, amanhã eu acabo com ele.
xx: Oque devo fazer?
Felipe: Sei lá, explode a casa daquele idiota, cara ele não sabe com quem ta mexendo
xx: Explodir ?
Felipe: Não.. esquece tudo que eu falei, amanhã eu me entendo com ele
xx: Jaé-
-Ligação finalizada-
Eu fiquei apavorada com as palavras do fê, ele abriu a porta e me viu, ele me encarou
Felipe: Deu pra ouvir atrás da porta agora ?
Bruna: O que foi isso?
Felipe: O que?
Bruna: Eu não acredito que você teria coragem de matar alguém '
Felipe: Por você, eu faço qualquer coisa, pra mim não importa
Bruna: Não pode ser assim, nos estamos falando de uma vida.
Felipe: Acho que você ainda não entendeu o quanto você é importante pra mim, o quanto eu não quero te perder
Bruna: Eu também não quero te perder, você também é muito importante pra mim, mais eu não reconheço aquele Felipe que estava no celular a poucos segundos.
Felipe: Esquece oque você ouviu jaé ?
Bruna: Me promete que você não vai matar ele, não vai fazer nada.
Felipe: Prometo que não vo matar, até porque minha mãe não merece esse sofrimento, mais eu vou trocar uma idéia só pra ele ficar esperto
Bruna: Por favor
As lagrimas começaram a deslizar sobre minha bochecha, meus olhos estavam ficando embaçados
Felipe: Bru, você não entende oque eu sinto, a raiva que é saber que seu inimigo perturba sua namorada o tempo todo
Felipe: É como em um jogo, o adversário tenta fazer você se distrair pra ganhar.
Bruna: Não me confunda com um jogo.
Felipe: É o único jeito de tentar te fazer entender
Bruna: Tá
Felipe: Esquece oque você ouviu eu dizendo naquela droga de celular
Bruna: Eu vou tentar.
Felipe: Você vai esquecer
Bruna: Ok, eu vou esquecer
Felipe: Vem cá -ele me abraçou- eu não quero te fazer chorar -ele sussurrou-
Bruna: Não é sua culpa
Eu me apertei em seu corpo bem forte, deixando as lagrimas cair e molhar a pele dele.
Felipe: Você precisa de um copo de agua, você esta nervosa.
Eu não tinha percebido, mais minha mão tremia bastante enquanto ela estava grudada em seu pescoço.
Felipe: Vamos lá.
Ele passou um de seus braços em minha cintura, e foi me levando pra fora do quarto, estava um silêncio, descemos as escadas e fomos até a cozinha, eu me sentei encima do balcão enquanto ele ia abrindo a geladeira, e enchendo um copo enorme com agua, ele me entregou o copo, e colocou sua mão em minha coxa, eu bebi um pouco e coloquei o copo ao meu lado, coloquei minhas mãos no rosto dele, e aproximei meu rosto fazendo meu labio encostar no dele.
Bruna: Eu te amo tanto -eu sussurrei-
Ele sorriu pra mim e me beijou, eu encostei minha cabeça em seu ombro, e acabei fechando meus olhos, Fê parecia não ter notado, que eu estava dormindo encostada nele, depois de um tempinho ele levantou meu rosto, e começou a sussurrar meu nome, eu abri meus olhos lentamente, eu não estava conseguindo ver nada, eu tentava abrir, mais meus olhos já não me obedeciam, eu senti o leve toque dele, suas mãos pegando em minha cintura , e colocando meus pés no chão, quando eu consegui abrir meus olhos, eu já estava na cama, o quarto já estava claro, e Fê já estava dormindo ao meu lado, eu tentei recuperar o meu sono, e dormi novamente e começou o pesadelo, um lugar escuro muito escuro e mais a frente havia duas pessoas, eu fui me aproximando mais perto e quando vi era Di e Fê, eles gritavam, e um empurrava o outro, eu corri tentando ficaram no meio deles, eu gritava mandando eles parar, mais parecia que eu não estava ali, eles continuavam a briga bastante, choro vinha ao meu redor, Kauãn estava lá, meu pequeno, seu olhar triste, seu rosto vermelho e minha tia ao seu lado segurando em seu ombro, uma rodinha se formava entre eles (Fê e Di) eu virei meu rosto tentando ver quem mais estava ao redor, e quando olhei de volta pra briga, Fê já não estava mais lá, Diego apenas olhava pro chão.. eu gritava perguntando 'Oque você fez' apenas isso, ele não respondia a minha pergunta, apenas continuava olhando pro chão, eu corri pra perto e vi que ele estava olhando para um buraco, um abismo a sua frente eu chorava bastante, e quando olhei pra trás tentando ver o rosto de Kauãn ele já não estava mais lá, minha tia já não estava mais lá, eu fiquei me perguntando oque estava acontecendo, o porque eles haviam ido embora.
Bruna: Pra onde vocês foram ? -eu gritei- e abri meus olhos.
Eu estava apavorada, minha testa estava bastante molhada o suor em meu pescoço, as mãos de Fê estava segurando o meu rosto.
Felipe: Oque esta acontecendo? Quem foi pra onde?
Bruna: Fê, você esta vivo, você esta bem-eu olhei pra ele-
Felipe: É claro que estou bem.
Bruna: Eu não acredito, eu estou sonhando, você não pode esta aqui
Felipe: Eu estou aqui Bru, oque esta acontecendo.
Eu fechei meus olhos bem fortes e em seguida abri, e Fê ainda estava lá me olhando sem entender, eu encostei minha testa na dele.
Bruna: Foi apenas um sonho, mais eu não entendo parecia ser tão real -eu suspirei-
Felipe: Me conte sobre isso
Bruna: Melhor não, tudo foi tão torturante eu não quero lembrar
Felipe: Você que sabe.
Bruna: Eu preciso tomar um banho -eu me levantei-
Felipe: Bruna -ele sussurrou-
Eu não dei importância e entrei pro banheiro, tirei meu pijama, e entrei embaixo do chuveiro, enquanto a agua caia em minha cabeça, a imagem do sonho era tão clara, ao mesmo tempo eu estava com medo, Fê tinha sua postura de durão mais eu não sei oque passa pela cabeça de Diego. Eu me enrolei na toalha e corri para o quarto, Fê não estava lá eu peguei me celular e liguei para Ju, não demoramos muito no telefone, eu desliguei rapidamente e corri até meu armário , peguei um vestidinho azul prendi o cabelo e desci. Todos estavam sentados ao redor da mesa tomando o café da manhã.
Kauãn: Bom dia Mãe
Marcia: Bom dia querida
Bruna: Bom dia -eu falei baixinho- e me sentei.
Fê estava rígido me olhando, me analisando,eu permaneci em silêncio enquanto colocava a colher de açúcar em meu café.
Marcia: Hm, é impressão minha ou você não se resolveram na noite passada
Fê não deu importância e continuou comendo, eu também não dei importância para a pergunta dela
Marcia: Eu estou esperando.
Felipe: Esta tudo bem mãe.
Marcia: Bruna querida
Bruna: Oi tia
Marcia: Você esta estranha..
Felipe: Ela teve um suposto 'pesadelo' -ele se levantou- mais não quis contar -ele foi andando-
Assim que ele me fez lembrar do pesadelo, eu tremi e acabei derrubando um pouco do café na mesa, minha tia reparou e eu tentei disfarçar
Marcia: Sobre oque foi esse pesadelo para te deixar assim ?
Bruna: Assim como?
Marcia: Nervosa, assustada
Bruna: Eu não estou nervosa, eu só senti uma tontura e acabei deixando derramar o café
Marcia: Você tem certeza ?
Bruna: Sim, o pesadelo não tem nada haver com isso
Eu fiquei mexendo com a colher dentro da xicara, enquanto esperava minha tia levantar da mesa.Assim que não havia mais ninguém lá, eu encostei minha cabeça na madeira gelada, eu não sabia o motivo para esta daquele jeito, aquilo foi apenas um pesadelo, eu repeti varias vezes para mim mesma, que era apenas um pesadelo, eu ouvi pequenos passos próximos, eu levantei minha cabeça pra ver quem estava se aproximando e fui pega de surpresa por um beijo na bochecha, era Kauãn, eu abracei ele forte
Felipe: Vamos lá Filhão
Bruna: Aonde vocês vão ?
Kauãn: Meu pai vai me levar na academia pra ver ele praticando boxe
Bruna: Boxe ? -eu sussurrei-
Felipe: É pô.
Bruna: Eu acho que é uma péssima idéia.
Kauãn: Ah mãe eu quero ir -ele foi andando- e agarrou na mão de fê
Felipe: Você não precisa ficar preocupada. -eu me levantei.
Bruna: Eu não estou
Felipe: Ta bom então -ele beijou minha testa- e logo saíram.
Eu não poderia me preocupar, eu ficaria louca talvez, eu tentei arrumar algo pra fazer, arrumar o quarto, lavar algumas roupas, mais nada ocuparia meu tempo o suficiente.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

37° Capítulo

Nós jantamos, assistimos um pouco de televisão e nada deles aparecerem, Ju já havia desistido de esperar e foi embora, Kauãn já estava dormindo em seu quarto, eu estava sentada no escuro a espera de Fê, eu estava com raiva, ele só havia dito ir jogar bola, e não avisou se ia para outro lugar, eu já estava preocupada, mas só ia me irritar quando ouvisse a sua explicação, não demorou muito até a porta se abrir, e eu logo reconheci o cabelo de Fê, tão brilhoso com a luz que vinha da rua....
Felipe: Eu acho que todo mundo esta dormindo. -ele sussurrou.
Caio: E porque você esta sussurrando ?
Felipe: Pô. -ele riu.
Caio: Então acho que vou indo, Ju deve esta acordada me esperando.
Felipe: Provavelmente, eu até estranho não ver Bruna aqui também. -ele sorriu e Caio foi embora..
Felipe trancou a porta, e Bruna acendeu a luz.
Bruna: Eu estou aqui.
Felipe: Oi amor, eu pensei que já estivesse dormindo.
Bruna: Pensou errado. -eu fiz uma careta e fui subindo as escadas, Fê subiu as escadas correndo...
Felipe: Ei, espera. -ele me puxou pela cintura.
Felipe: Eu tenho motivos para ter demorado.
Bruna: Claro que tem.. -ele me empurrou pra parede.
Felipe: Minha demora foi por causa do presente que eu estava escolhendo para você.
Bruna: Odeio quando você mente.
Felipe: Eu não estou mentindo. -ele retirou a caixa do bolso e abriu para eu ver.. era um anel coberto de pedrinhas brilhosas, era lindo demais.
Bruna: Que lindo! -eu estava boba com aquele anel perfeito na minha frente.
Felipe: Bem eu não sei se você ainda pretende casar comigo. -ele sussurrou, eu ri.
Como ele poderia ainda duvidar de alguma coisa.. se referindo entre eu e ele.
Felipe: Bru? -eu senti sua mão tremer na minha cintura..
Bruna: Seu bobo, é claro que eu ainda pretendo casar com você. -ele sorriu e colocou o anel em meu dedo
Bruna: Me desculpe por...
Fê não esperou eu terminar a minha frase, e me beijou, o beijo dele nunca mudava sempre me fazia ficar nas nuvens, ele me apertava forte e eu senti que estava perdendo o ar, eu parei de beija-lo.
Bruna: Uma pausa, você esta me deixando sem ar. -ele riu.
Felipe: Desculpe.
Ele me soltou, eu não gostei daquilo não importava se eu ficasse sem ar, aliás ele era meu ar.
Bruna: Não, volte a fazer o que você estava fazendo.
Felipe: Bru...
Bruna: Por favor?
Felipe: Calma, eu só quero fazer uma pergunta.
Bruna: Faça...
Felipe: Todos estão dormindo ?
Bruna: Sim, mas porque a pergunta?
Felipe: Pegue seu casaco.. to te esperando lá fora. -ele beijou minha testa e desceu as escadas.
Bruna: Fê...
O que ele pretendia a essa hora ?Eu fiz o que ele pediu, fui até o quarto peguei um casaco e desci rapidamente, assim que cheguei do lado de fora, Fê estava encostado na sua moto e mexendo no celular, eu olhei pra ele confusa, ele percebeu minha presença e guardou o celular, eu me aproximei dele sorrindo.
Felipe: Muda essa cara.
Bruna: Ah..
Felipe: Você parece assustada sei lá.
Bruna: Não.. só estou confusa sobre porque você me mandou pegar um casaco.
Felipe: A noite esta fria pra você amor. -ele sorriu e segurou meu rosto com suas mãos.
Felipe: É só um passeio.
Bruna: Ãn ? Não é hora de passeios por ai..
Felipe: Eei, sem medo.. eu estou aqui.
Bruna: Quem disse que eu estou com medo ?
Felipe: Ninguém precisa dizer, eu estou vendo. -eu ri.
Bruna: Você esta vendo errado então. -eu sorri.
Felipe: Oh.. Tudo bem, a gente está perdendo tempo aqui. -eu balancei a cabeça.
Felipe: Sobe ai.
Fê subiu na moto, e eu também, enquanto ele corria com aquela moto, o vento vinha rápido demais congelando meus lábios, ainda bem que eu estava com casaco.. Eu agarrei Fê e fechei meus olhos tentando evitar o vento que batia, abri meus olhos quando Fê começou a me cutucar, a gente estava no meio do mato.
Felipe: Vamos. -ele puxou meu braço.
Bruna: Fê. -eu me soltei, ele me ignorou e me puxou novamente. Fomos passando no meio do mato, andamos um pouco até chegarmos no topo do morro onde da outra vez ele me levou anos atrás.. Estava bem mudado era Lua cheia, parecia que estávamos próximos muitos próximos dela, era fascinante e muito diferente. Fê se jogou no chão e ficou deitado me olhando e sorrindo, de cara dava pra ver aquela lua perfeita , Fê só podia esta de zoação comigo. sair de casa tão quentinho, eu bati o pé, e cruzei meus braços no peito, Fê me olhou e puxou meu casaco, me fazendo cair de lado em seu colo, enquanto eu admirava a lua, ele estava com seu rosto encostado em meu cabelo, eu virei meu rosto para poder colar meus lábios no dele e de repente quando eu fui ver já não estava mais do jeito que eu estava, minhas pernas em volta de sua cintura, ainda estávamos nos beijando, ele foi tirando meu casaco e jogando em algum lugar onde eu não vi,ainda me beijando ele foi tirando minha blusa, eu esperava sentir o frio, mas não senti naquele momento.
Fê me deitou sobre a grama e começou a beijar meu pescoço, e em seguida foi descendo, deu algumas chupadinhas em meus seios, e foi beijando todo meu corpo até os pés, parecia até como se fosse a primeira vez, eu mordi meu lábio e puxei ele , fazendo seu rosto ficar bem próximo do meu, mordi o lábios dele e nos beijamos, eu já sentia sua língua passear por toda minha boca "Uau! Aquilo era bom".. Fê tinha o dom talvez do sexo, ele sabia fazer as coisas ficarem incríveis, te fazer voar pra longe mesmo não podendo.. eu fui desabotoando a Camisa dele e a bermuda.. não demorou muito até ele esta completamente nu, ele começou a roçar seu pau em mim e eu já estava ficando cheia de tesão, era estranho qualquer toque dele em mim, era como se fizesse os hormônios ficarem loucos, a flor da pele, a cada roçada que ele dava o volume de seu membro ficava maior, ele viu que não dava pra aguentar brincadeirinhas ali justo agora, ele abriu minhas pernas, e colocou sua mão em minha bct, ele apertou de leve e eu suspirei, ele riu e não demorou muito, até eu sentir seu membro dentro de mim, eu cravei minhas unhas na grama, enquanto Fê fazia alguns movimentos ultra prazerosos! eu gemi baixinho em seu ouvido, e então ele começou a enfiar mais e mais forte que me fez gemer alto o suficiente pra acordar qualquer um que estivesse dormindo em um sono pesado, eu me contorci e ele reparou.
Felipe: Esqueci que você sempre foi frágil em minhas mãos.
Bruna: Infelizmente. -eu sussurrei, ele deu uma risada.
Felipe: V tentar ser cuidadoso...
Bruna: Não.
Felipe: Não ?
Bruna: Não... eu não quero que você mude só porque eu sou frágil em suas mãos.
Felipe: Pô.
Bruna: É serio, a única coisa que pode acontecer é eu acordar roxa, pela força de seu toque ou com dores. -eu arranhei seu pescoço.
Felipe: Roxa ? Com dores? Não brinca.
Bruna: Eu já me acostumei. -ele ainda estava me olhando..
Bruna: Para, -eu beijei ele- Já que estamos aqui eu não quero ficar de papo. -eu sussurrei, eu sabia que tinha autoridade ali e ele não disse nada, ficou calado enquanto continuava me dando prazer, depois de rolarmos sobre aquela grama... Fê foi parando.. eu o encarei.
Felipe: Foi mal aê. -ele se afastou de mim.
Bruna: Ãn ? -eu o puxei.
Felipe: Relaxa, eu vou gozar -ele riu e tirou seu membro de dentro de mim.
Eu parei pra pensar por um minuto que ele tava sem camisinha, e eu não podia correr o risco.. era burrice!
Eu ainda estava deitada, fechei meus olhos por alguns segundos, e ouvi quando Fê soltou um leve suspiro, eu senti uma coisa estranha uma umidade no meu corpo de repente eu abri meus olhos, e Fê estava lá todo sorridente, eu estranhei e quando olhei pra minha barriga, entendi o porque da umidade estranha, na hora eu me irritei com ele.
Bruna: VOCÊ É DOIDO ? -eu gritei.
Felipe: Porque ?
Bruna: Será que você não pensa? Eu não quero ficar gravida de novo.
Felipe: Bru, não deu foi poucos segundos
Bruna: Olha a onde você foi ..-eu gritei-
Peguei a camisa dele que estava jogada ao lado e limpei minha barriga, eu estava irritada, aquilo tinha me deixado bastante irritada. Eu suspirei, Fê já tinha vestido sua bermuda, e se deitou em cima de mim.
Felipe: Na moral, eu tinha deixado a porra da camisinha pronta, mas eu não sei, talvez caiu na hora que a gente estava vindo.
Bruna: Tudo bem. -eu coloquei a mão em seu rosto- eu não deveria ter me apavorado tanto, eu só sei lá, você não entende.
Felipe: Claro que entendo, me desculpe.
Bruna: Eu já disse que esta tudo bem, eu prometo que não vou me irritar com você por outra dessa, ok?
Felipe: Jaé. -ele me beijou.
Bruna: Agora me ajuda a levantar, a gente precisa ir.
Felipe: Claro. -ele se levantou e me ajudou a me levantar, eu olhei para os lados procurando minhas roupas.
Felipe: Já são 4:30. -ele riu.
Eu não prestei atenção no que ele tinha dito.
Felipe: O que foi dessa vez ?
Bruna: Minhas roupas Fê, cadê?
Felipe: O vento deve ter levado. -ele sorriu.
Bruna: E agora ?
Eu estava arrepiada, agora eu podia sentir o frio que estava fazendo naquele bendito lugar, Fê sumiu por uns segundos, e voltou com meu casaco.
Felipe: Acabei de achar isso. -ele jogou pra mim, eu vesti meu casaco.
Bruna: E minha bermuda ? E minha calcinha ?
Felipe: Calma amor. -a claridade da Lua facilitava nossa visão, e eu reparei quando minha calcinha estava agarrada em uma pequena arvore, eu corri e peguei.
Felipe: Achou ?
Bruna: Falta a bermuda e minha blusa. -eu abracei ele.
Felipe: Esquece.
Bruna: Esquece ? Eu só estou com o casaco e com a calcinha.
Felipe: Pior se só estivesse com a calcinha. -ele sorriu- vamos embora.
Bruna: Fê eu não vou assim.
Felipe: Tu vai esperar amanhecer ? Pelo menos agora ninguém vai ver você só de calcinha. -ele piscou.
Era incrivelmente ridículo ir pro mato, e ainda ter que ir embora daquele jeito, eu não ia discutir com ele ali, e naquele momento, eu respirei fundo varias vezes, enquanto ele me guiava até a saída daquele lugar, no meio do caminho eu não aguentei, eu estava me sentindo pelada.
Bruna: Fê, me diz que isso é um pesadelo, me diz que eu não estou passando por isso. -eu sussurrei.
Felipe: É, você esta passando por isso. -eu dei um tapa no braço dele.
Bruna: A culpa é sua.
Felipe: Minha ?
Bruna: Claro, se tivesse me levado para um lugar onde não fosse mato, eu não iria ter dificuldade em achar minhas roupas, e não estaria sentindo tanto frio. -Felipe riu.
Felipe: Vem cá, eu te esquento.
Bruna: Trate de fazer isso. -eu fiz bico.
Fê me pegou no colo, enquanto eu encostava minha pele em sua pele fria.
Bruna: Cadê sua camisa ? Você não esta com frio?
Felipe: Ficou lá pô. Um pouco , você esta exagerando com o frio todo que você diz sentir.
Bruna: Para..
Ficamos em silêncio, a única coisa que eu queria era estar em casa, só isso. Assim que chegamos na saída, Fê subiu na sua moto, e eu me aproximei para poder subir também, ele segurou em meu braço, e fez nossos lábios se encontrar.
Bruna: Eu só suporto isso tudo , porque te amo.
Ele balançou a cabeça e soltou meu braço, eu subi , e Fê não demorou a fazer aquela moto correr na estrada, graças a Deus, meu pesadelo não demorou muito pra terminar, eu relaxei quando já estávamos parados de frente a casa... Eu desci da moto, e corri pra dentro, subi as escadas, corri pro quarto entrei, tirei as únicas roupas que eu estava e entrei pro banheiro, tomei meu banho, e fui saindo do banheiro secando o cabelo com a toalha, e quando dei um passo depois da porta eu tropecei em algo. Fê me segurou rapidamente.
Bruna: Que merda.
Felipe: Se acalma. -ele sussurrou.
Bruna: Eu já estava louca por um banho, aquele cheiro de mato.
Felipe: Foi tão ruim assim ?
Bruna: Claro que não, você como sempre é maravilhoso. -eu sorri- você sempre tenta me fazer me sentir bem, mas como sempre eu acabo estragando, vai tomar seu banho eu vou me trocar e te espero na cama.
Eu sorri pra ele, e corri até o armário para me vestir, Fê já estava no banho provavelmente, quando já estava vestida com meu pijama, eu pulei na cama e me envolvi nas cobertas, eu agarrei o travesseiro de Fê e fiquei olhando para a janela, o céu estava mudando de cor lentamente, já não se via algumas estrelas eu não aguentei espera-lo, meus olhos foram se fechando até ficar totalmente escuro, eu senti um alivio quando meus olhos se fecharam sem nenhum esforço.De repente, eu senti quando uma mão gelada, foi encostando no meu rosto tentando tirar o travesseiro que estava comigo, eu abri meus olhos, e rapidamente soltei o travesseiro.
Felipe: Eu te acordei?
Eu balancei a cabeça concordando.
Bruna: A quanto tempo estou dormindo ?
Felipe: Praticamente você fechou os olhos por 15 minutos. -ele sorriu.
Eu coloquei a mão no meu rosto, enquanto Fê se deitava ao meu lado
Felipe: Volte a dormir. -ele sussurro- e me abraçou.
Eu encostei minha cabeça em sue peito e adormeci.
Quando eu abri meus olhos estava claro demais meu quarto, o sol estava na direção de minha janela, fazendo raio de luzes machucar meus olhos, algo caiu no chão fazendo um pequeno barulho, minha tia estava procurando por roupas sujas, ela viu que eu havia acordado.
Márcia: Desculpe, eu não queria te acordar querida.
Bruna: Tudo bem tia.
Márcia: Nossa que anel maravilhoso
Ela estava olhando para meu dedo sem piscar, como se tivesse colocado aquela cena em pause pelo fato do anel, eu tinha pensando que apenas foi um de meus sonhos encantadores, eu olhei para meu dedo, e vi o brilho do anel, era chocante, a Luz do sol também ajudava ele brilhar mais e mais.
Bruna: Ganhei do Fê.
Márcia: Hum, alguma ocasião especial ?
Bruna: Bem... -eu pausei- ele me pediu em casamento. -eu sorri envergonhada.
Márcia: Que ótimo, porque ele não esperou para fazer o pedido na frente de todos ?
Bruna: Você sabe como ele é. -eu sorri.
Marcia: Perfeitamente.
Bruna: Então que horas são ?
Marcia: Quase 4 horas da tarde.
Eu não estava acreditando que havia dormido tanto, mas ainda me sentia cansada, cansada demais, eu fechei os olhos tentando dormir mais um pouco, e consegui.
Assim que acordei, já estava escuro.
Kauãn estava deitada ao meu lado e mexendo em algumas mechas de cabelo meu, eu pisquei varias vezes, até fica completamente acordada.
Kauãn: Oi mãezinha. -ele sorriu.
Bruna: Oi meu amorzinho.
Kauãn: Você esta doente?
Bruna: Não, por quê?
Kauãn: Você esta dormindo desde quando eu sai pra escola.
Bruna: É eu dormi a noite toda.. Ops, quer dizer o dia todo. -eu ri- é apenas cansaço.-eu me levantei, fui pro banheiro, escovei os dentes e logo que sai fui indo em direção a porta, então me virei pra olhar meu pequeno.
Bruna: Vai ficar ai sozinho ?
Kauãn: Não, espere! -ele deu um pulo da cama e correu até mim, eu ri alto.
Kauãn: O que ? -ele me olhou assustado.
Bruna: Em uma parte você me puxou, o medo.
Kauãn: Quem disse que eu tenho medo? -eu ri.
Bruna: Bebê, a mamãe acabou de ver você pular daquela cama, quando eu perguntei se você iria ficar.
Kauãn: Nada haver mãe.
Kauãn: Eu não sou...
Bruna: Ok -eu ri- eu juro que não vou falar pro sue pai que você é medroso. -eu beijei a testa dele.
Ele sorriu e segurou em minha mão, saímos do quarto descemos as escadas. Por ali havia silêncio, um barulho vinha lá do fundo, eu segui o barulho vinha da área, minha tia estava tirando algumas roupas da maquina e colocando no varal.
Marcia: Boa noite querida.
Bruna: Boa noite tia.
Marcia: Vai comer alguma coisa.
Bruna: Só vou tomar um copo de suco.
Marcia: Vá comer e beber. -ela sorriu.
Bruna: Apenas um suco e eu estarei satisfeita.
Eu me levantei e fui indo pra cozinha, peguei um copo, abri a geladeira coloquei o suco, e dei um gole e me inclinei no balcão, enquanto ainda bebia o suco que havia no copo,meu celular começou a tocar, eu larguei o copo e corri para pega-lo, eu me lancei sobre a mesinha onde ele estava tocando a minha musica favorita, eu olhei o visor pra ver quem era, era Diego, eu atendi..
Bruna: Oi ?
Diego: Bru? -sua voz estava com um pouco de alegria talvez.
Bruna: Sim, sou eu.
Diego: Eu queria te convidar para ir até o cinema com alguns amigos, tem um filme ótimo em lançamento.
Eu pensei bem, até que não seria uma má idéia ir até o cinema, ainda mais se Fê estivesse comigo 'claro'
Bruna: Eer, eu não sei.
Diego: Ah Bru, eu sei que você não vai fazer nada.
Bruna: Realmente...
Diego: Então.
Bruna: Okaay
Diego: Te pego as 10 horas.
Bruna: Não, não precisa.. eu vou.
Diego: Jaé então.
-ligação finalizada-
Eu fiquei pensativa, e logo disquei os números no meu celular, chamou na primeira, na segunda e na terceira aquela voz perfeita atendeu.
Felipe: Fala aê amor.
Bruna: Desculpe ligar amor, mais eu preciso te fazer um convite.
Felipe: Que convite ?
Bruna: Vamos ao cinema, diz que você vai, por favor.
Felipe: Pô, agora eu to atolado de documentos aqui não vai dá.
Bruna: Não é agora seu bobo, é mais tarde.
Felipe: Quando eu chegar? Ta loka... deixa pra outro dia Bru.
Bruna: Por favor.
Felipe: Eu vou esta cansado, eu não dormi direito essa noite.
Bruna: Eu sei, mas mesmo assim não custa nada.
Felipe: Bru, para de ser teimosa... eu tenho que desligar, em casa a gente conversa.
Bruna: Ta né.-eu desliguei-
Eu não estava nervosa, eu não ia ficar nervosa. Eu me sentei no chão, e fiquei pensando nas opções que eu tinha, obviamente fazia bastante tempo que eu não ia até o cinema, eu corri para meu pc, liguei ele e fiquei esperando até que a lerdeza passasse, eu cliquei rapidamente no navegador, e entrei no site do cinema. Procurei qual filme estava em lançamento, fiquei pasma quando vi que era ‘Anjos e demônios’ o filme parecia bom, e eu queria ir ver, se eu fosse sozinha, certamente quando eu chegasse haveria briga.
Mas eu queria tanto ir.
Bruna: Droga,-eu sussurrei- pensa em uma bela desculpa Bruna.. você precisa ir ver esse filme! -eu pensei.
Eu tive uma idéia, uma única pessoa poderia me ajudar, a porta do quarto se abriu..
Marcia: Você esta bem querida ?
Bruna: Não ... quer dizer sim.
Marcia: Sim ou não ?
Bruna: Não -eu me levantei- Tia você se importa se eu for ao cinema?
Marcia: Claro que não.
Bruna: Obrigada.. -peguei o celular e sai correndo para o banheiro.
Eu estava ligando para Ju, chamou e ninguém atendeu, mas eu insisti..
Ju: Oi Bru.
Bruna: Oi, Ju.
Ju: Tudo bem ?
Bruna: Sim , sim.. eu queria te pedir um favor.
Ju: Faça.
Bruna: Diego me chamou pra ir até o cinema.
Ju: O que ? Você não vai né ?
Bruna: Esse é o problema, espera eu terminar..
Ju: Olha o que você esta aprontando Bruna.
Bruna: Ele me chamou, mas eu não quero ir sem Fê, mas ele não quer ir, disse que vai esta muito cansado, enfim quebra essa... vai comigo só pra poupar briga?
Ju: Cara, também faz tempo que não vou ao cinema.
Bruna: Isso é um sim ?
Ju: Eu vou ver se a vó do caio ficar com a Leticia, ai eu vou sem problema.
Bruna: Ah, eu te amo obrigada.
Ju: Eu te ligo assim que decidir.
Bruna: Até as 10 ok?
Ju: Ok
-ligação finalizada-
Eu fiquei confiante, pelo menos Ju poderia me ajudar, pelo menos se ela estivesse comigo não iria ter razão para Fê ter ciúmes, aquela era a minha única idéia... eu me sentei no sofá, enquanto Kauãn assistia desenhos animados na televisão, minha tia estava terminando de preparar o jantar.
Minutos depois..
Ela nos avisou que o jantar estava pronto, e chamou a gente para comer, eu me levantei me sentei na mesa, primeiro arrumei o prato de Kauãn e depois o meu.
Bruna: Kauãn vem comer.
Kauãn: DEPOIS -ele gritou.
Eu e minha tia começamos a comer, e Kauãn ainda com a cara naquela televisão.
Marcia: Querido, vem comer vem, a comida que a vovó fez ta uma delicia.
Kauãn: Calma vó.
Bruna: Kauãn... eu vou contar até três pra você se sentar e comer.
Kauãn: Mãe.
Bruna: Um..
Eu vi quando ele desligou a televisão, e correu até a cadeira e se sentou.
Bruna: Dois.
Kauãn: EU JÁ ESTOU AQUI. -ele gritou.
Bruna: Comer, e para de gritar comigo Okay ? Ultimamente você esta aprendendo coisas inacreditáveis.
Ele colocou a primeira colher de comida na boca enquanto eu e minha tia conversávamos. Fê acabou chegando, jogou sua mochila em cima do balcão, deu um beijo no rosto de sua mãe, em seguida segurou meu rosto e me beijou, depois bagunçou o  cabelo do Kauãn.
Felipe: E aê Filhão.
Kauãn: E aê Pai.
Fê saiu da cozinha...
A comida de Kauãn ainda estava no prato, ele só havia tocado uma vez, eu não ia me estressar.
Bruna: Fê -eu gritei.
Felipe: O QUE BRU ? -ele gritou.
Bruna: Vem cá agora. -não demorou até ele chegar na cozinha.
Felipe: Oque é ?
Bruna: Kauãn, não tocou na comida.
Felipe: IH.. qual foi moleque, pode começando a comer.
Kauãn: Vó, você vai fazer o pudim que gosto ?
Marcia: Sim querido!
Ele não demorou até começar a comer a sua comida.. eu só fiquei olhando.
Felipe: Pronto. -ele saiu.
Assim que Kauãn terminou seu jantar, subiu escovou seus dentes, enquanto eu ajudava minha tia na bagunça da cozinha, Felipe sentado na beirada da sua cama, olhando alguns papéis, Kauãn entrou no quarto devagarinho.
Kauãn: PAI. -ele gritou, Felipe olhou.
Felipe : Fala moleque .-ele sorriu, Kauãn se aproximou.
Felipe: Oque que ta pegando ?
Kauãn: Você esta ocupado?
Felipe:  Não pô, por quê ?
Kauãn: Eu não to conseguindo dormir.
Felipe: Cadê sua mãe?
Kauãn: Esta ajudando a vovó na cozinha.
Felipe: Hum.
Kauãn: Pai, que dia nós vamos assistir o jogo de futebol?
Felipe: Não sei filho.
Kauãn: Você já tinha me prometido.
Felipe: Eu sei, eu tenho pendência contigo, mas assim que eu arrumar tempo a gente vai Jaé ?
Kauãn: Jaé.
Felipe: Bate aqui mané. -ele levantou a mão.
Kauãn bateu sua mão na de felipe fazendo um estalo baixinho.
Felipe: Vamos lá, já ta tarde. -ele se levantou e saíram do quarto.
Kauãn correu e se deitou em sua cama.
Felipe: A luz vai ficar acesa flw ?
Kauãn: Tá.
Felipe: Tenta dormir .-ele sorriu e fechou a porta, Felipe voltou a fazer o que estava fazendo em seu quarto.
Quando terminei de ajudar minha tia na cozinha, fui pra sala e me sentei no sofá, não demorou até o celular tocar, eu fui desesperada atender, era a Ju , eu vibrei antes do tempo.
Bruna: Que bom que você me ligou eu já estava...
Ju: É , eu não vou poder ir Bru eu lamento.
Bruna: Tudo bem, eu dou meu jeito.
Ju: Cuidado.
Bruna: Pode deixar. -ela desligou.
Qual seria o meu plano B ? Já que o A havia dado errado, eu subi correndo até meu quarto, e quando abri a porta Fê estava lá, eu andei normalmente e me joguei na cama.
Felipe: Kauãn, já dormiu?
Bruna: Sim. -eu sussurrei- Fê?
Felipe: Fala?
Bruna: Diego me convidou para ir ao cinema.
Felipe: O que? -ele riu.
Bruna: É serio, a hora que eu te liguei foi a hora que ele ligou me convidando
Felipe: Qual é a desse idiota ?
Bruna: Fê, eu vou ir.
Assim que terminei de dizer, eu tremi e sentir o frio percorrendo pela minha espinha.
Felipe: Você o que?
Bruna: Eu quero tanto ir -eu sussurrei no ouvido dele- mas eu quero que você vá. -ele ficou pensativo por uns minutos.
Felipe: Quer saber? Eu vou , vai se arrumar.. eu não vou deixar você ficar sozinha com ele, não mesmo.
Bruna: Eu não vou esta sozinha. -eu fiz uma careta.
Felipe: Eu conheço ele, bem mais que você. -ele piscou.
Eu sorri e corri para o banheiro

Minha roupa ja estava arrumadinha era só eu vestir, coloquei uma calça jeans, uma blusinha rosa, uma sandália branca de salto, balancei meu cabelo pra lá e pra cá na frente do espelho deixando ele com um volume perfeito, me maquiei t-o-d-i-n-h-a e sai do banheiro. Fê já estava arrumado uma camiseta azul clarinha, uma bermuda preta. Eu tive muita sorte, muita sorte de ter um primo e namorado tão gostoso, ele me olhou e eu olhei pra ele, o sorriso apareceu mesmo eu tentando evitar, Fê colocou sua mão em minha nuca, e me puxou mais pra perto dele, ele cheirou meu pescoço e me fez arrepiar.
Felipe: Que horas você marcou ?
Bruna: As 10.
Felipe: Hum
Fê apontou para que eu fosse na sua frente, e assim que virei ele deu o bote, me agarrou por trás me fazendo dar um pulinho básico, suas mãos estavam bem acomodadas, uma estava dentro do bolso da minha calça e a outra em minha cintura, saímos do quarto, e descemos as escadas daquele jeito mesmo, minha tia estava na sala lendo seu livro, ela fingiu que não percebeu que a gente estava passando.
Bruna: Tia, estamos indo.
Marcia: Juízo vocês.
Felipe: Pode deixar. -ele riu.
Saímos, Fê subiu na moto, ligou e me esperou subir, não demorou até chegarmos no East Shopping; Fê parou para eu descer e foi colocar a moto no estacionamento, eu fiquei no mesmo lugar esperando ele, eu logo vi quando Diego saiu de uma escuridão do outro lado da rua, havia 3 garotos com ele que já havia estudado com a gente naquela época, eu não lembrava perfeitamente deles, entre eles tinha uma mulher loira, que se não estivesse com eles eu poderia jurar que era uma garota de programa, ela andava jogando seus cabelos e fazendo seu corpo se mexer bem sensualmente ao andar, sua roupa era um vestido bem decotado, que talvez pudesse ver a poupa da bunda dela, uma sandália que vinha trançada até o começo da batata de sua perna, suas pernas grossas, eles se aproximaram, Diego sorriu, um deles falou um Oi, o outro sorriu pra mim, e a garota fez uma cara de 'nojo' , eu fiquei tranquila talvez ela estivesse pensando que eu queria roubar os garotos dela, não era bem o meu caso, Diego chegou perto , enquanto seus amigos iam andando um pouco adiante.
Diego: Oi -ele me abraçou.
Bruna: Oi Di -eu me afastei.
Ele apenas me olhou meio, assustado.
Diego: Bom, eu já cheguei vamos entrar?
Eu fiquei em silêncio pensando no que iria falar, e de repente eu senti as mãos de Fê na minha cintura.
Felipe: Ela esta comigo. -ele piscou.
Eu vi a cara de Diego ficar azeda na mesma hora, ele olhava pra Fê com os olhos bem selvagem, ele saiu andando ferozmente de volta para seus amigos.
Felipe: Eu acho melhor você tentar talvez tirar uma casquinha daquela loira lá, se não quiser ficar chupando dedo a noite toda. -Eu e Fê entramos logo atrás.
Bruna: Como você sabe da loira ?
Felipe: Lá do estacionamento eu vi eles saírem, e vi quando ele chegou perto de você.
Bruna: Eu não sabia que estava sendo tão vigiada assim. -Felipe riu.
Felipe: Eu sempre estou de olho em você, mesmo você não percebendo. -eu suspirei.
Felipe: Bruna, esqueceu que eu era amigo do Diego antigamente ?
Bruna: Claro que não.
Felipe: Ele odeia ser passado pra trás, você talvez foi a primeira garota que fez ele não desisti, mesmo já sendo mais uma na lista de garotas dele. -eu ignorei tudo o que ele havia dito no final.
Pegamos o começo do filme, sentamos na mesma fileira que Di e seus amigos, durante todo o filme Diego não parava de me olhar, enquanto seus amigos se divertiam com a loira. Era bem constrangedor, eu me senti mal de tanto ele me olhar, será que ele não enjoava ? Eu já estava me sentindo sufocada, o olhar dele em mim era uma péssima coisa, Fê também algumas vezes olhava pra ele encarando, e então Diego disfarçava, assim que o filme acabou eu fiquei aliviada, Di e seus amigos foram saindo, enquanto eu estava parada com Fê.
O garoto que estava com Diego, olhou para Fê e se aproximou.
Paulo: E aê, putão '
Felipe: Opa, falaê brother.
Paulo: koé Bruna , lembra de mim né ? -eu tentei vasculhar minha mente tentando lembrar do rosto daquele garoto.
Bruna: Não.. não lembro.
Felipe: Vou esfriar sua mente, ele foi um dos garotos que riu naquela vez que você foi me ver jogando bola, quando as meninas... Bem você sabe.
Bruna: Agora lembro -eu ri- Olá Paulo.
Felipe: Eu não sabia que era você que tava tirando casquinha da Yasmin.
"Yasmin ? Esse era o nome da loira." eu olhei para o Fê.
Paulo: Cara, a mina quis os dois e eu não ia dispensar essa coisa maravilhosa, e o amigo lá não ia aguentar o tranco. -Felipe riu.
Felipe: Percebi.
Paulo: A gente esta indo fazer um lanche, bora ?
Felipe: Claro pô.
Todos foram andando.
Bruna: Você conhece essa garota?
Felipe: Conheço pô, Yasmim -ele respirou fundo- ela é uma das amigas de Bia, ela sempre estava junto quando eu namorava a Bia, Caio pegava ela pelos cantos dessa cidade. -ele riu.
Agora sim eu entendi completamente o jeito da garota se vestir, tinha tudo haver com a Biscate.Aliás fazia um bom tempo que eu não a via, talvez Deus ouviu meus pedidos e fez ela sumir como uma poeira, Paulo insistiu para que a gente sentasse na mesma mesa que eles e fê estava gostando claro, adorando ver a cara do Diego de incomodado, enquanto eles bebiam cerveja eu tomava refri.
Yasmin: Anda sumido Lipe.
Felipe: Aé.. vida de comprometido é assim. -ela me olhou.
Yasmin: Então ela é a Bruna.
Bruna: Prazer. -eu fiz uma cara feia, ela sorriu pra mim.
Felipe: E sua amiga.... Bia -ele sussurrou- por onde anda? -eu pisei no pé dele por debaixo da mesa.
Paulo: A muito tempo que não vejo ela.. -Yasmin riu.
Yasmin: Ela precisou ir viajar, no mês passado ela me ligou perguntando por você Lipe.
Felipe: '-'
Eu mordi meu lábio.
Yasmin: Oh, me desculpe... eu acho que é ruim pra você né Bruna, ouvir sobre ex's de Lipe.
Bruna: É passado , pra mim não importa.
Yasmin: Não foi minha intenção.
Ela sabia ser falsa, eu tinha a certeza que ela queria cuspir as palavras envolvendo a amiga dela na minha cara, só pra me deixar nervosa, eu relaxei quando Fê alisou meu rosto.
Diego: Eu não quero ficar aqui por muito tempo. -ele se levantou.
Yasmin: Eu gostaria de ir até uma boate meninos.
Diego: Ótima ideia. -ele sorriu.
Paulo: Seria bom.
Felipe: Ótimo.
Eu fiquei em silêncio, até que não seria uma má ideia, Paulo agarrou a loira pela cintura e foi andando, seu amigo ficou para trás, fazendo companhia para Diego.
Felipe: Vocês vão andando até o outro lado da cidade ?
Paulo: Não pô, meu carro ta na outra rua. -ele riu.
Eu fiz a pequena pergunta a mim mesma, porque o carro dele estava na outra rua, sendo que tem estacionamento no shopping? Bom talvez ele não quisesse pagar, eu ri sozinha e fui com Fê até o estacionamento.
Felipe: Do que você esta rindo?
Bruna: Nada , nada. -eu sorri.