Dias Depois..
Eu e Fê estávamos deitados em nossa cama, trocando carinhos quando o celular dele tocou. Ele se levantou rápido demais, e começou a falar algumas coisas que não dava pra mim entender. Depois de ficar quase meia hora falando no celular, ele desligou e colocou encima da cama em seguida pegou sua mochila e foi até o armário ele começou a pegar varias roupas e colocar dentro daquela mochila.
Bruna: Oque você esta fazendo ? Pra que essas roupas?
Felipe: Você vai entender logo.
Ele trocou de roupa bem rápido e colocou sua mochila nas costas, eu me levantei, e fiquei olhando. Ele me puxou pela cintura, e segurou meu rosto com suas mãos
Bruna: Oque você esta fazendo ? -eu sussurrei-
Felipe: Eu preciso ir pra algum lugar
Bruna: Pra onde você vai?
Felipe: Eu não sei , algum lugar.
Bruna: Deixa eu ir com você
Felipe: Fica tranquila, eu vou ficar bem. Vcê tem que ficar aqui, é mais seguro
Ele segurou em minha mão, e fomos lá pra baixo. Minha tia , Kauãn e Pedro estavam sentados no sofá assistindo televisão. Fê chamou Kauãn, e deu um abraço apertado nele.
Felipe: Eu preciso que você me escute, eu te amo moleque o papai vai ter que viajar por algum tempo, mais pode deixar que sempre vô te ligar jaé! Me promete que você vai cuidar bem da sua mãe e da sua vó?
O olhar de Kauãn era confuso
Kauãn: Eu prometo pai
Felipe sorriu e deu outro abraço nele.
Marcia: Pra onde você esta indo querido ?
Felipe: Mãe, vai ser melhor, vocês logo iram saber por que eu estou fazendo isso, eu só quero que você confie no meu caráter além de qualquer coisa. Eu me virei para Fê, e comecei a bater nas costas dele.
Bruna: Porque você esta indo embora Fê ? Porque você esta nos deixando? -eu gritei-
Ele segurou muito forte em meu braço e me olhou
Felipe: Eu não estou deixando vocês Bruna, por favor não piore as coisas, você vai ficar bem, eu sei disso
Bruna: Me promete que você não vai demorar, me promete que você não vai se envolver com mais coisas que possa te prejudicar
Felipe: Eu prometo!
Felipe: Eu amo você -ele sussurrou- eu quero que você tente não pensar tanto em mim, para não te machucar.
Bruna: Impossível eu não pensar, será que você não entende que meu amor por você não tem limite.
Ele me beijou e se afastou de mim, e em seguida saiu. Meu peito começou a doer, doer demais, aquilo era como se fosse a ultima vez que eu pudesse senti-lo. Todos nós ficamos sem entender o motivo pra ele se afastar, e porque teve que mentir para Kauãn. Eu corri para o quarto, e me deitei sobre a cama, eu tentei não chorar, eu tentei ser forte, eu não tinha certeza se eu poderia ver ele novamente, era tudo tão estranho, eu não sabia oque fazer, eu não sabia oque pensar, eu já estava sentindo falta, ele não havia me dado uma data pra voltar, nada. Como poderia em questão de tempo as coisas ficarem tão difíceis, tudo mudar pra pior. Eu precisava saber o 'motivo' eu tentei procurar nas coisas dele algo que me fizesse ir até alguém pra poder saber. Eu não poderia ficar esperando, e se algum coisa fosse acontecer com ele. Eu peguei meu celular, e desci até lá embaixo e sai correndo, a única pessoa que poderia me explicar isso, era a pessoa que eu mais odiava. Eu fui até a casa dela, e ela ficou surpresa ao me ver, eu poderia adivinhar as perguntas que estavam em sua mente, mais era a única solução.
Bruna: Eu preciso que você me explique
Bia: Eu não tenho nada pra te explicar
Bruna: O Fê, teve que sair por uns tempos
Bia: Oque ?
Bruna: Dias atrás, agente pegou ele e os carinhas na nossa casa, hoje ele recebeu um telefonema entranho, e rapidamente pegou sua mochila e roupas.
Bia: Eu sabia que iria chegar a esse ponto
Bruna: Me explique.
Bia: Eu avisei que aqueles carinhas não eram boas pessoas, eu vi o jeito deles
Bruna: Por favor, eu quero que você me explique, eu quero saber oque ele fez, o porque disso tudo.
Bia: Eu não sei oque ele possa ter feito.
Bruna: Tudo bem, obrigada
Bia: Não tem porque me agradecer, eu não estou fazendo isso por você
Eu fiquei a tarde toda em meu quarto, olhando para o celular esperando alguma ligação, alguma noticia que me fizesse relaxar, eu não consegui comer, nem beber, só ficar deitada naquela maldita cama, a espera de uma noticia. Do lado de fora da janela já estava escuro, e nada de noticia. Essa noite seria a mais longa, eu não ia conseguir dormir de jeito nenhum, de repente eu pude ouvir as batidas fortes na porta e tocarem a campainha, eu sai do quarto e corri pra ver quem era. Minha tia já estava lá na porta, o marido dela ao seu lado. Eu fiquei encostada na escada olhando, e tentando ouvir. Eram 3 homens fortes, altos.
xx: Cadê o Felipe ?
Marcia: Ele não esta, quem são vocês ? Oque vocês querem com meu filho
xx: Não precisa de tantas perguntas senhora, eu quero saber aonde ele esta
Marcia: Eu não sei aonde ele esta
xx: Pessoal, olhem essa casa toda, eu não acredito que ele não esteje aqui, o filhinho de papai deve esta escondido embaixo da cama.
Os outros 2 homens, iam entrar mais o marido da minha tia não deixou.
xx: Ialá, vai ficar de kao mesmo ô tiozin
Pedro: Vocês não tem o direito de invadir, nos já dissemos que o Felipe não esta aqui
Eles riram alto.
xx: Você sabe quem somos ? Se não deixar agente invadi na marra
Pedro: Por favor vão embora.
Eu estava apavorada com aqueles homens, e só depois eu fui perceber que minha tia estava desmaiada nos braços de seu marido.
xx: Nos vamos, mas voltaremos
Eu vi os olhos deles olhar cada canto da casa e então eles bateram a porta com força, eu senti um alivio e corri para ver minha tia
Bruna: Ela esta bem ?
Pedro: Ela vai ficar bem
Bruna:Será ? Não deveríamos...
Pedro: Fica tranquila, ela só ficou nervosa
Eu precisava ir atrás daqueles homens, eu precisava saber oque realmente eles queriam com Fê, eu verifiquei se meu celular estava no bolso e fui abrindo a porta, pronta pra correr naquelas ruas atrás deles. Enquanto Pedro cuidava da minha tia. Eu sei que ele não ia reparar que eu tinha saido. Eu sai correndo. Eu não fazia a mínima ideia por onde eles teriam ido, eu corri o máximo que eu pude, algumas vezes tropeçava em algumas pedras que haviam em meu caminho, o vento fazia o meu cabelo agarrar em meu rosto, e dificultar a minha visão , mais eu não desistia, continuava correndo. Eu nunca na minha vida imaginei que poderia passar por isso, tudo era tão injusto. Porque nos não poderiamos ter um final feliz? Porque sempre tinha algo pra atrapalhar tudo? Eu acabei conseguindo ver aqueles homens de longe , não dava pra mim saber quem era quem, todos eles estavam vestido com a mesma cor de roupa,
eu vi quando eles viraram a esquina pra esquerda. Assim que eu virei a esquina, a rua era escura, apenas uma luz bem longe poderia iluminar um pequeno pedaço quase nada.
Bruna: Esperem. -eu gritei-
Eles não olharam, os três vestido com um casaco preto enorme e todos usando o capuz. Talvez eles não tivessem ouvido, ou então sei lá, eu tinha que para-los, eu queria saber de tudo, talvez eles fossem os únicos que poderia dizer oque estava acontecendo
Bruna: Esperem -eu gritei-
Na terceira vez, eu vi que os três pararam na mesma hora como se fossem um brinquedo, como se alguém controla-se eles. Eu corri, e cheguei perto. Eles viraram, e eu pude ficar cara a cara com eles, eu me senti uma verdadeira anã em frente aqueles homens, um deles mastigava chiclete, eu não estava sentindo medo deles, eu apenas tremia de nervoso, eu não sabia como falar com eles, como se eu falasse uma língua diferente da deles.
xx: Oque é bonitinha ?
Bruna: Eu preciso saber oque vocês querem com o meu namorado.
xx: Quem é ?
Bruna: Felipe, eu ouvi tudo que vocês falaram lá, e eu preciso saber no que ele se meteu por favor.
Eu quase comecei a chorar, mais eu não ia pagar papel de chorona e fazer com que eles fossem achar que estava com medo deles, eu fui forte e então não chorei.
xx: Na verdade eu não gosto de ver meninas como você sentir medo
Bruna: Eu não sinto medo -eu sussurrei-
xx: Eu não sou de falar as coisas, mais já que você é assim..
Eu senti minhas pernas tremer.
xx: Tão bonitinha.
Ele colocou sua mão em meu rosto e acariciou, eu tirei a mão dele.
xx: Hm, eu vou te falar
Bruna: Obrigada
xx: Ele e uns moleques ai foi parar na nossa terra e quis tirar marra, chegou até pegar uma parada nossa.
Bruna: Eu não entendo
xx: Calma gracinha ainda não terminei, fomos atrás dos moleques que estavam com ele, e eles mandaram o papo dizendo que foi esse Felipe que tava dando as ordens, um deles já ta debaixo da terra.
Bruna: Ele não seria capaz de roubar
Meus olhos ficaram embaçados pelas lagrimas que se formavam.
xx: Bom, eu espero da próxima vez encontrar, ninguém pega oque é nosso
Eles se viraram, e logo desapareceram na escuridão. Eu me sentei no chão úmido e encostei minha testa em meu joelho, por algum tempo eu fiquei ali na escuridão, no frio, chorando, eu não conseguia parar de pensar nas palavras, no rosto daquele homem, eu não poderia ficar ali também naquela rua, sem nenhum movimento. Ainda chorando, eu me levantei e fui caminhando sem rumo, eu não queria voltar pra casa, não agora. Nesse momento, eu comecei a sentir falta de tanta coisa.. Imagens do meu pai , da minha mãe , do Fê em minha cabeça, me fazia ficar tonta. Eu consegui pelo menos chegar até o centro da cidade. As luzes faziam meus olhos queimarem, eu estava a poucos passos de uma pracinha. A pracinha, que um dia estava os dois casais, Ju e Caio e Eu e Fê. Eu me sentei em um dos banquinhos molhados, e peguei o celular, liguei para o celular do Fê, mais só dava fora de área, as pessoas passavam ali perto, e me olhavam, algumas perguntavam se eu estava me sentindo bem, outras olhavam com um olhar de pena , talvez. Eu tentei ligar novamente, e nada eu acabei jogando meu celular no chão. Diego estava passando com alguns amigos por ali, quando viu que aquela era Bruna sozinha naquele espaço, ele não sabia se ela estava passando mal ou coisa parecida, ele então resolveu ir até lá, e se sentou ao lado dela.
Diego: Bruna, você esta bem ?
Bruna: Estou
Diego: Porque você esta aqui sozinha, chorando '?
Bruna: Coisas minhas
Diego: Me diga, oque houve
Bruna: Me deixa em paz, vai embora Diego
Diego: Eu não vou deixar você aqui nesse estado, além de tudo nos somos amigos, mesmo eu não querendo ser só seu amigo
Eu não queria, mais de repente e senti uma necessidade de um braço. Eu então joguei meus braços ao redor de Diego e ele me abraçou, pelo menos, não ficou tentando me fazer falar, oque eu não queria.
Diego: Já que você não quer me falar, será que eu poderia te levar pelo menos pra comer alguma coisa, ou beber.
Bruna: Não , não precisa
Diego: Não seja teimosa, eu estou aqui como um amigo.
Bruna: Tudo bem, eu devo esta um lixo.
Diego: Não você esta linda, você só deve parar de chorar
Bruna: É, desculpe.
Eu limpei meu rosto, enquanto ele pegava meu celular caído no chão
Diego: É, o celular não foi dessa vez
Eu ri.
Bruna: Eu estava nervosa
Diego: Não precisa ficar mais nervosa
Eu levantei e ele me abraçou. Nos fomos andando, até uma pequena lanchonete que havia perto, me sentei em uma das mesas, enquanto Diego estava no balcão fazendo o pedido, eu fiquei sentada, tentando não chorar mais, pelo menos ali.
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