quarta-feira, 20 de novembro de 2013

36° Capítulo

Na manhã seguinte, assim que acordei Fê não estava lá talvez já tivesse saido, e eu acordado cedo demais, mas eu estava enganada, assim que eu fechei os olhos tentando colocar minha cabeça no lugar certo, Kauãn pulou em cima de mim, me dando beijos, varios beijos, minha tia acabou entrando no quarto.
Márcia: Kauãn, deixa a sua mãe durmir menino. 
Kauãn: Esta na hora de acordar vó. -Márcia riu.
Bruna: Eu já estou acordada.
Quando abri meus olhos, Kauãn já estava pronto pra escola.
Bruna: Jesus, que horas são ?
Márcia: São exatamente 12:30 querida. -eu dei um pulo da cama.
Bruna:  Nossa dormi demais.
Márcia: Sim, bom eu estava indo pegar o numero de Juliane e pedir para ela da uma carona pra Kauãn.
Kauãn: Não vó eu já disse minha mãe que vai me levar.
Bruna: Claro amor, estarei pronta em 5 minutos ok ? -eu fui indo para o banheiro, escovei os dentes, joguei uma aguá gelada no rosto, peguei uma bermudinha minha que estava pendurada por ali, pentiei meu cabelo, fiz caras e bocas para o espelho e então sai, o quarto estava vazio, então fui indo até a porta, sai do quarto e fui descendo as escadas, uma voz suave vinha da sala, eu olhei e era minha tia e Kauãn assistindo tv, talvez um programa de culinaria bastante chato.
Bruna: Vamos Kauãn. -eu peguei sua mochila, ele deu um beijo no rosto de sua vó, agarrou em minha mão e logo fomos saindo, o sol estava bastante quente, apavorante, as arvores estavam com uma cor mais viva eu não sabia bem se era impressão minha, ou sei lá, fomos caminhando, até a escola de Kauãn que não ficava muito longe, enquanto andavamos acabei esbarrando em um garoto, vamos dizer um homem bem apressado
Bruna: Desculpe, desculpe. -eu abaixei a cabeça.
Diego: Bruna ?
Eu não sabia como ele sabia meu nome, então levantei meu rosto olhando ele.
Diego: Nossa você não mudou nada.
Eu pisquei não acreditando, depois de tanto tempo sem vê-lo, acabamos nos esbarrando do nada.
Bruna: Te digo ao contrario. -eu ri.
Diego: Como sempre linda.
Bruna: Obrigada, você também parece bem charmoso. -eu sorri, Kauãn estava olhando serio para Diego.
Kauãn: Mãe vamos logo -ele me puxou.
Diego: Seu filho ? -ele gaguejou.
Bruna: Sim.
Diego: Esta enorme , agora sim concordo que tem bastante tempo.
Bruna: Eu te disse, foi bom te ver Di, mas preciso ir levar ele na escola.
Diego: Claro, não quero atrapalhar. -ele sorriu.
Bruna: Até mais. -eu acenei.
Diego: Ei!
Bruna: Sim ? -eu me virei.
Diego: Podemos se ver daqui a pouco? Pra conversar talvez, se seu namorado não se incomodar. -ele sorriu.
Bruna: Sem problemas.
Diego: Ok.
Levei Kauãn até a escola, ainda lembrando cada detalhe de Diego, ele estava tão diferente, sem camisa, seus braços tão musculosos, eu estava impressionada o quanto ele estava mudado, assim que paramos na frente da escola, Kauãn me deu um beijo.
Kauãn: Quem é aquele cara ?
Bruna: Um amigo de bastante tempo querido, é melhor você entrar.
Kauãn: Sim.
Bruna: Boa aula anjinho.
Ele entrou na escola, enquanto eu caminhava a caminho de volta pra casa, não demorou muito pra eu chegar, assim que cheguei, minha tia não estava em casa, mas havia um bilhete preso na porta, eu retirei e li.
"Querida, fui na manicure e depois iriei colocar a conversa em dia com as amigas, se cuide bjs Márcia"
Eu olhei para o bilhete não acreditando que estaria uma tarde inteira sozinha em casa, não havia absolutamente nada pra ocupar meu tempo, a casa estava arrumada, e fabulosa como sempre, tentei ler uma revista mais eu acabei me irritando com o tédio constante, pensei no convite de Diego, mas eu não poderia fazer nada, Ju certamente estaria andando por ai, visitando seus pais, Ana ultimamente, só estudava e de vez em quando ligava pra da sinal de vida, a pior coisa era ter que ficar em casa sem nada pra fazer, ainda mais sem minhas amigas, a campainha logo tocou, e eu corri para atender.
Diego: Oi
Bruna: Oi
Diego: Me esperando? -ele riu.
Bruna: Como sempre bobo, sinceramente estou sozinha em casa.
Diego: Ah, vamos andar por ai então?
Bruna: Otima ideia. -eu sorri.
Por um lado, eu estava completamente curiosa pra saber o que Diego havia feito durante esses anos, eu queria ficar fora de casa pelo menos, já que estava sozinha recusar o pedido dele seria uma má ideia, fomos caminhando, até que Diego ficou parado e me olhou.
Bruna: O que ? -eu mordi meus lábios.
Diego: Bom, posso te levar em um lugar que descobri a alguns anos atrás ?
Bruna: Oh, bem...
Eu achava estranho, a cidade não era tão grande , possivelmente todos os lugares era acessivel pra mim depois de tanto tempo morando por aqui, ele esperou minha resposta.
Diego: Não fique com medo, é só uma caminhada. -ele sorriu.
Bruna: Não é medo, veja eu acho que conheço cada parte dessa cidade talvez esse lugar não seja um esconderijo.
Diego: Eu estou a muito mais tempo morando por aqui, eu nunca tinha visto esse lugar, assim que descobri achei meio incrivel.
Bruna: Já que você ta dizendo, então vamos né.
Diego segurou em minha mão, e eu me senti um pouco incomodada, ele logo reparou meus olhos presos em minha mão presa na dele.
Diego: Desculpe. -ele soltou minha mão, e tentou sorrir disfarçando
Bruna: Tudo bem. -eu sorri.
Voltamos a caminhar normalmente, um do lado do outro sem nenhum contato físico, Diego falava algumas coisas totalmente idiotas que me fazia rir, mesmo sem vontade acabamos chegando em uma especie de ponte, feita de madeiras e coberta de mato, a madeira parecia bem velha, talvez de tanto sol e chuva,antes de passar eu pensei na possibilidade de desistir e voltar pra casa, aquela madeira possivelmente não aguentaria nosso peso, eu parei analisando a ponte que dava acesso ao outro lado, eu respirei fundo, mas foi incorreto eu respirar tão fundo logo ali, meu nariz queimou aquele cheiro.
Diego: Bru ? Você esta bem ?
Bruna: Sim.
Diego: Tem certeza ?
Bruna: Não. Bom quero te perguntar 2 coisas. -eu estava de costas pra ele, ainda analisando aquela madeira
Bruna: É confiavel essa ponte? -Diego riu.
Bruna: Eu estou falando sério.
Diego: Se você esta com medo, fica tranquila essa ponte mesmo com essa aparência esta em boas condições.
Bruna: E se a gente cair, bem eu não sei. -ele ignorou.
Diego: Qual é a proxima ?
Bruna: Esse cheiro é normal ? -eu suspirei- ele me faz mal.
Diego: Logo vai passar, esse cheiro é meio que familiar pra mim na primeira vez que vim acabei sentindo o mesmo que você, fique tranquila logo passa.. mas se você quiser podemos voltar e ir pra uma lanchonete talvez..
Bruna: Não, não ! Eu quero conhecer esse lugar. -eu sorri.
Diego: Ok, então vá em frente.
Eu enfrentei aquele cheiro desconfortavel, e o medo da queda daquela ponte.. andei rapidamente com os olhos fechados, assim que cheguei no outro lado, dei um suspiro de alivio, abri meus olhos e eu observei enquanto Di vinha vindo calmamente, talvez eu que fosse bastante medrosa, andamos mais um pouco, até chegarmos a um lugar totalmente escuro não dava pra se ver a luz do sol, era bastante arvores..
Diego se sentou em uma arvore caída que estava por ali, no lugar tinha um pequeno lago bem pequeno, cheio de flores flutuando na aguá, os pássaros voando entre as arvores, o lugar era bem agradável apesar de estar um pouco úmido, mas dava pra sentir perfeitamente o cheiro das flores, a essência era de como tivessem jogado talvez um frasco de um perfume Francês, eu estava maravilhada com aquela paisagem.
Diego: E ai ?
Bruna: Eu estou impressionada, eu nunca tinha visto esse lugar.
Diego: Como eu tinha dito. -ele riu.
Bruna: Será que existem mais locais escondidos como esse?
Diego: Ainda não sei, mas vou descobrir caso tiver.
Bruna: Ok. -eu ri e me sentei ao lado dele.
Eu pude sentir a umidade embaixo de mim, encostando sobre minha pele, eu fiz uma cara não muito agradável.
Diego: O cheiro te incomoda?
Bruna: Não, o cheiro e inexplicável, maravilhoso.
Diego: Então oque há ?
Bruna: A umidade desse lugar.
Diego: O que você esperava depois de ter chegado naquela ponte?
Bruna: Talvez um lugar perfeito como esse, mas com sol. -eu ri, ele sorriu, e encostou um de seus dedos sobre minha bochecha.
Diego: Ainda parece uma menininha, nem parece que é mãe. -ele riu, eu me levantei..
Bruna: Eu estou hiper curiosa pra saber a onde você estava, e o que tinha feito durante esses anos. -eu sorri.
Diego: É -ele riu- eu estive na faculdade.
Bruna: Sério ?
Diego: Sim, mas não tive muita paciência e nem sorte.
Bruna: Não entendi, me explique melhor.
Diego: Bom, talvez você nunca tenha ouvido falar, mas meus pais sempre preferiram que eu morasse com eles, e sempre obedecendo as ordens deles, queria me manter como um animal de estimação, eu não queria isso pra mim , então resolvi vim pra cá morar com meus tios bem pequeno.
Bruna: Mas e seus pais ? Pelo que eu saiba enquanto a gente é menor de idade não respondemos por nós.
Diego: Sim, claro isso sempre foi a lei, mas meus tios batalharam por mim e me tirou de lá, meus pais disseram que eu nunca teria nenhuma nota de qualquer valor em minha mão vindo deles, e eu sempre sobrevivi sem ser comprado por eles, sem ter a vida luxuosa que eles iam me oferecer pra vida toda.
Bruna: Entendi, eu não sabia disso.
Diego: Normal, poucos sabem, então minha tia e meu tio queriam que eu fizesse uma faculdade, mas não tinha dinheiro suficiente, ela então implorou para que eu ligasse para meus pais e pedisse para eles pagarem, mas eu não quis, tentei de todas as formas até que um amigo da família me ofereceu uma bolsa, chegando lá eu acabei perdendo a bolsa e teria que esperar caso tivesse outra oportunidade, eu acabei ficando por lá alguns anos na casa do amigo da família, não tive paciência e acabei voltando.
Bruna: E sua tia ?
Diego: Ela ficou arrasada, e apavorada depois de tantos anos só se falando por telefone.
Bruna: Não valeu a pena?
Diego: Por um lado sim, conheci bastantes pessoas, garotas de uma beleza incrivelmente diferente.
Bruna: isso é legal. -eu sorri.
Diego: Sim, me envolvi com bastante garotas por lá mas..
Bruna: Mas ?
Diego: Deixa pra lá.
Bruna: Você que sabe. -eu sorri.
Eu tinha reparado que tinha ficado mais escuro durante o tempo que estávamos conversando.
Bruna: Acho que devemos ir para a casa né?
Diego: Ae, ainda tem seu filho pra buscar na escola.
Bruna: Exatamente.
Diego se levantou em um pulo, sorrindo com seu gracioso sorriso, estávamos andando e eu acabei sentindo frio após passar por um labirinto de plantas balançando como se alguém tivesse assoprado, Diego abriu seus braços musculosos e me abraçou, eu senti uma certa vontade dizer pra ele me soltar mas o frio estava muito cruel, minha mãos estavam geladas.
Diego: Eu só quero tentar te esquentar pelo menos.
Bruna: Obrigada.
A minha pele também estava gelada, ele também estava com frio mas bem pouco, eu estava contando os segundos para chegarmos na ponte e não precisa mais de seu corpo grudado no meu, e assim que chegamos na ponte , minha contagem já havia chegado aos 200, dessa vez eu não tive medo de que a ponte caísse, aqui do lado de fora era totalmente diferente, a temperatura estava normal.
Bruna: Me pareceu meio longa a volta.
Diego: É -ele atravessou a ponte.
Fomos andando enquanto ele me dizia sobre as tais garotas que ele se envolveu no suposto lugar que ele estava, não me parecia ser tão tarde, talvez não estivesse na hora de buscar Kauãn, assim que começamos a chegar nas ruas familiares, eu estava próxima da minha casa, viramos a esquina, e acabei dando de cara com Fê em sua moto, ele não olhou pra mim, já estava encarando Diego, eu olhei para Diego, e dei um passo indo para o lado do meu namorado.
Bruna: Oi amor. -eu sussurrei.
Ele não disse nada, apenas olhava para Diego.
Bruna: Acabei encontrando Diego , e ele me convidou para uma caminhada, para me contar sobre esses anos sumido.
Diego: E aê Felipe.
Eu senti que Diego estava nervoso, talvez pela cara de Fê que estava sem nenhuma emoção, eu até me senti mal por não ter ouvido Fê retribuindo um Olá para Di.
Felipe: E aê -ele me olhou- acho que já foi tempo suficiente para muita conversa né ?
Diego: Claro, bom eu já estou indo Bru, a gente se vê por ai. -ele foi andando.
Bruna: Você deveria ter sido menos assustador. -eu sussurrei.
Felipe: Eu assustador?
Bruna: Sim, -eu sorri e coloquei minha mão em seu rosto.
Felipe: Te liguei varias vezes, o que você estava fazendo de tão importante que desligou o celular?
Sem ao menos me deixar responder, Fê ligou a moto e saiu dali, me deixando parada no mesmo lugar, eu fui andando, quando me aproximei da casa só pude ouvir o estrondo que a porta fez assim que Fê a fechou, o choque percorreu sobre meu corpo, cheguei na porta respirei fundo e entrei, assim que entrei me assustei ao ver, Caio & Ju por ali, Kauãn não estava ali, logicamente ele estaria jogando vídeo-game com Leticia.
Márcia: Aonde você esteve querida ?
Bruna: Que surpresa, Ju e Caio.
Ju: Estávamos preocupados por você ter sumido de repente.
Caio: Pelo que percebi vem bomba , meu brother não esta com uma cara boa.
Ju: Fica quieto Caio. -ela sussurrou.
Bruna: Eu estava com Diego.
Márcia: Diego ?
Ju: Diego?
Caio: Eita, ta explicado.
Bruna: Sim, gente ele me convidou para um passeio para me contar sobre esses anos que ele passou sumido, cadê o Fê ?
Márcia: Subiu.
Ju: Cuidado que o menino parece furioso.
Bruna: Tudo bem, eu consigo dominar o meu leão. -eu sorri.
Ju: Vai com tudo amiga. -ela riu.
Eu subi as escadas e corri até o quarto, assim que entrei Fê estava sentado na cama, olhando para o chão.
Bruna: Fê, eu queria te explicar. -eu sussurrei.
Fê, levantou a cabeça e me olhou.
Felipe: Cara, não é só porque temos um filho e somos namorados, que você me deve explicações das coisas que você faz.
As palavras dele foram totalmente idiotas, por um segundo eu achei que não iria valer a pena tentar falar com ele, eu cheguei mais perto me sentando em um pequeno espaço na cama.
Bruna: Bem, eu acho que é o dever de todos os casais que eu saiba.
Felipe: Incorreto ! Você sabe o que faz Bru. -ele se levantou e eu puxei ele.
Bruna: Fê, Por favor.
Felipe: Porque você quer tanto que eu saiba, não importa na moral.
Bruna: Eu te amo, e quero que você saiba, eu sei que importa pra você, eu não estava fazendo nada demais, apenas dei uma saída com um amigo.
Eu falei bem devagar, bem calmamente, eu esperei ele dizer algo, mas seus lábios não se mexeram.
Bruna: Eu não posso mais ter amigos é isso?
Felipe: Dependendo das amizades... quem sou eu para impedir que você não tenha amigos?
Bruna: Meu namorado.
Felipe: Mesmo assim, mesmo sendo seu namorado, não tenho direito. -eu fiquei em silêncio.
Felipe: Mas me diga, porque logo com aquele moleque?
Eu senti que havia pelo menos 1% de ciúmes, sua voz estava calma e ao mesmo tempo fria.
Bruna: Fê eu já disse apenas conversamos.
Felipe: Eu já disse não precisa explicar, o que estava fazendo.
Bruna DROGA ! -eu gritei- Porque você esta sendo tão infantil Felipe?
Felipe: Porque será? -ele pegou sua camisa e foi indo em direção a porta.
Bruna: Aonde você vai ?
Felipe: Joga bola. -ele saiu.
Assim que vi a porta se fechar, levantei rapidamente e sai do quarto, indo atrás dele.
Bruna: A gente ainda não terminou de conversar. - Falei grossa.
Felipe: Eu acho que terminamos.
Bruna: Não.
Felipe: Esta tudo bem Bru, eu não preciso ouvir mais nada.
Bruna: Não precisa ?
Felipe: Não.
Bruna: Tem certeza? -eu me aproximei.
Felipe: Claro.
Bruna: Eu -respirei fundo- te -selinho- amo.
Um sorriso se formou no rosto dele.
Bruna: Eu não quero que você fique brigado comigo.
Felipe: Eu não estou brigado contigo. -ele alisou minha bochecha.
Bruna: Sério ?
Ele balançou a cabeça uma única vez, e me beijou, sua mão segurando minha nuca, seus dedos fazendo cócegas em meu cabelo, enquanto eu apertava meu corpo no dele, como se eu fosse entrar dentro dele, era estranho e então ele me afastou.
Felipe: Bom , tenho que me apressar para o jogo. -ele piscou.
Bruna: O jogo é mais importante?
Felipe: É claro que não, -ele riu- você é mais importante que qualquer jogo. -eu sorri.
Bruna: Então fique comigo.
Felipe: Você sabe que não posso. -eu olhei pra ele confusa
O que ele queria dizer com 'não posso'?
Felipe: Não agora, se eu não for a esse jogo, os caras vão me gastar.
Bruna: Claro, Claro.
Felipe: Me prometa, que entende ?
Bruna: Claro que entendo.
Felipe: Fique bem meu amor. -ele sorriu e foi andando, e eu fui atrás.
Desci a escada devagar, e só pude ouvir Fê falando algo, talvez chamando Caio para acompanha-lo.
Alguns passos e a porta bateu, Ju me olhou enquanto eu ainda descia.
Ju: Bom, seu namorado me pareceu menos irritado.
Bruna: Eu disse que iria resolver. -eu sorri.
Minha voz não estava muito boa, não havia motivos pra eu esta daquele jeito, já tinha ficado tudo bem entre eu e Fê.
Ju: Você não me parece muito alegre.
Bruna: Realmente.
Ju: O que houve ?
Bruna: Você acha que Fê deveria esta com ciúmes?
Ju: Eu não vou mentir para você.
Bruna: Obrigada. -ela me abraçou, e andamos agarradas até a cozinha.
Ju: Eu acho que entendo o lado dele, Diego e ele não teve seus melhores momentos antigamente.
Bruna: Eu sei.
Ju: E se fosse ao contrario, se fosse ele que estivesse com a Bia que você mais odeia ?
Bruna: Bem, eu não sei.
Ju: Você ficaria furiosa. - eu abaixei a cabeça.
Bruna: Você acha que eu deveria evitar o Diego?
Ju: Talvez.
Bruna: Eu não consigo ver algo de ruim nele.
Ju: O problema não é esse, ele não tem nada de ruim.
Bruna: Não ?
Ju: Entenda, antigamente Felipe e Diego eram bastantes amigos, como eu e você, se lembra daquela vez na sala de aula quando Lipe disse para ele não mexer com você ?
Bruna: Sim, não tem como esquecer, incrivelmente no dia em que eu conheci -eu suspirei- a Bia.
Ao falar o nome dela, meu sangue já queimava por debaixo da minha pele.
Ju: Exatamente, enfim Fê tem seus motivos pra não ter mais a amizade de antigamente.
Bruna: Eu queria que Fê confiasse em mim, pelo menos uma vez.
Ju: Ele confia, e você sabe. -ela riu.
Eu sorri, e peguei alguns legumes que já estavam prontos para serem cortados, enquanto eu picava varias cebolas, Ju se sentou na cadeira.
Ju: Então me diga aonde vocês foram. -ela sussurrou.
Bruna: Ele me levou em algum lugar ao oeste, um lugar incrivelmente lindo, um esconderijo vamos dizer.
Ju: Aonde é?
Bruna: Eu não sei explicar como chegar, eu nunca tinha ido até lá.
Ju: Que estranho, a maioria dos lugares são familiares, parece mentira.
Bruna: Parece, mas não é, eu também achava mas quando vi, fiquei impressionada é um lugar absolutamente úmido , frio , escuro entre as arvores.
Eu vi a boca de Ju se abrir por alguns segundos.
Ju: Pelo jeito deve ser bem, bem bonito.
Bruna: Mais que bonito, é "espetacular".
O silêncio ocupou a cozinha, a não ser o barulho da faca batendo sobre o prato, Kauãn veio correndo até a cozinha com Letícia junto.
Kauãn: MÃE. -ele gritou.
Seu grito foi alto demais, possivelmente poderia quebrar os vidros que havia ao alcance,mas foi bem pior, eu senti a pontada em meu dedo, eu soltei a faca rapidamente a deixando cair dentro da pia.
Bruna: DROGA! -eu gritei.
O sangue escorria rapidamente, como uma torneira aberta,sujando toda a pia, fazendo pingos caírem sobre o chão, Ju se levantou rapidamente pra ver se estava tudo bem, minha vontade era de chorar, e correr com meu dedo enrolado em um pano igual quando eu era pequena, eu mergulhei meu dedo em um copo cheio de aguá que estava mais próximo, eu estava nervosa só de ver a cara das crianças. Kauãn abaixou a cabeça e de repente ouvimos alguns gemidos, Kauãn estava chorando.
Kãuan: Mãezinha me desculpa, não queria te machucar.
Bruna: Meu amor, eu sei disso, não foi nada apenas um corte estupido, e eu também estava distraída.
Kauãn: Você quer que eu ligue pra vovó ? Ou para um medico.. -eu ri.
Bruna: Não, não, sua vó vai dar um treco, eu consigo suportar a dor. -eu sorri.
Bruna: Porque vocês não vão ver televisão , enquanto preparo o jantar ?
Leticia: Vamos Kauãn?
Kauãn: Sim. -eles correram até a sala se jogando pelo sofá.
Ju: Bru?
Bruna: Sim?
Ju: Eu acho que você deveria proibir ele de dá esses gritos assustadores.
Bruna: Ele não sabia o que estava fazendo.
Ju: Mesmo assim, dessa vez foi só um corte, e depois ?
Bruna: É, você esta certa, depois vou conversar com ele.
Eu ignorei a dor e a queimação em meu dedo, e terminei de preparar o jantar.
Caio e Felipe estavam no shopping, em uma espécie de joalheria olhando as vitrines, a vendedora acabou vindo até eles com um sorriso.
Vendedora: Posso ajuda-los ?
Felipe: Claro, eu queria ver algumas alianças.
Vendedora: Sim, tem cada uma mais linda que a outra, eu já volto.
Felipe: Jaé..
Felipe continuou olhando a vitrine, enquanto Caio havia parado a vendedora.
Caio: E aê, te achei mó gata sabia, seria um prazer ter seu telefone.
Vendedora: Ôh me desculpe mais será impossível. -ela sorriu e foi andando deixando Caio babando por ela.
Felipe: Cara, não estamos aqui pra ficar paquerando a vendedora.
Caio: Ela é o tipo difícil.
Felipe: Percebi..
Caio: Adoro mulheres difíceis. -ele riu.
Felipe deu um soco no braço de seu amigo e em pouco tempo a vendedora veio vindo sorridente e com algumas caixas em sua mão.
Vendedora: Aqui esta, eu espero que goste de alguma mercadoria. -ela sorriu.
Felipe: É, eu também espero.
Caio não parava de olhar pra vendedora, que pela aparência deveria ter uns 19 anos,sua pele branca, seus cabelos ruivos e seus olhos verdes, ela foi abrindo as caixas e mostrando cada mercadoria.
Caio: Cara, tu já vai casar é isso?
Felipe: Já esta mais do que na hora pô. -Caio balançou a cabeça.
Caio: Tu já deu o anel de noivado pra Bruna ?
Felipe: Não.. -ele suspirou. -A vendedora olhou confusa.
Vendedora: Sem querer me intrometer, é casamento ou noivado ?
Felipe: Casamento.
Caio: Noivado.
Vendedora: Oh, qual dos dois?
Caio: Cara, tu nem noivou e já quer casar, que pressa é essa? Sabe como as mulheres de hoje em dia são, acha que tudo deve ser certinho como antigamente. -Felipe ficou pensativo..
Felipe: É você tem razão, eu tenho que fazer as coisas direito.
Caio: E se você realmente casar, o noivado vai ser o tempo suficiente para os preparativos de casamento, que eu tenho certeza que a Bruna vai querer. -ele piscou.
Felipe: Eu não sei escolher esses bagulhos de anéis. -Caio riu.
Caio: Eu não acho que vocês precisão casar agora.
Felipe: Cara, quando eu pedi pra namorar com ela, eu disse que a próxima coisa que eu pediria era ela em casamento.. ela engravidou, e Kauãn esta ai, o moleque esta crescendo, e eu não vou querer viver o resto da minha vida morando na casa da minha mãe, quero ter o que é meu. -ele riu.
Caio: Tudo bem, não esta mais aqui quem falou. -Felipe olhou para a vendedora.
Felipe: Eu quero que você escolha um anel de noivado que você gostaria de receber de seu namorado.
Vendedora: Eu não tenho namorado -ela sorriu- mas tudo bem já vou buscar.
A vendedora desapareceu, e em questão de segundos já estava de volta
Vendedora: Aqui esta -ela sorriu- você quer que eu abra para você conferir?
Felipe: Não, não precisa.
Vendedora: Ok, qual a forma de pagamento ? -Felipe tirou o cartão de credito de seu bolso e entregou a vendedora.
Vendedora: Só um minuto.. -ela entregou a mercadoria, e entrou novamente.
Caio: Pô, já percebi que a mina é dificil, será que se eu convidar ela pra sair , um cinema talvez.. O que você acha véy?
Felipe: Eu acho que você deveria.. sair dessa, você já tem sua mina em casa.
Caio: Sem essa, só vai ser uma saída de amigos.. eu fiquei encantado com ela mané. -Felipe riu.
Felipe: Jaé então.
Assim que a vendedora voltou, entregou o cartão de credito e assim que pegou, Felipe foi andando e deixou Caio lá, antes que a vendedora entrasse e voltasse a seu trabalho, Caio agarrou ela pelo braço.
Caio: Calma, linda. -ele sorriu.
Vendedora: Eu preciso ir, o trabalho me espera.
Caio: Podemos conversar só um pouco, não vou tomar muito seu tempo... eu prometo. -ele piscou.
Vendedora: Só um pouquinho eu acho que posso, a loja não esta tão cheia assim.
Caio: Por um momento eu pensei que você diria não. -ele riu- Qual seu nome ?
Vendedora: Marina.
Caio: Hmmm, Marina eu queria te convidar pra gente sair como amigos é claro ' já que agora não temos muito tempo pra conversar.
Marina: Sem problemas.
Caio: Que horas você sai daqui?
Marina: Hum, bem eu não tenho hora sabe, mas no máximo fico até as 9 horas da noite.
Caio: Jaé, amanhã te pego as 9 então.
Marina: Ok. -ela sorriu- agora eu devo ir..
Caio: Jaé, até amanhã.
Marina: Até.
Caio aproximou seu rosto e Marina deu um beijo no rosto dele, e então voltou para seu trabalho..
Caio: Até que não foi tão difícil assim. -ele suspirou.
Felipe: Porra, vou começar a te dar umas aulas de como conseguir o que quer sem demorar tanto... -Caio riu.
Caio: É pode zuar...
Felipe: Eu esperava ver ela te dando um empurrão ou um fora.
Caio: Eu também esperava mas foi diferente, -ele suspirou- convidei ela pra sair, e disse que era como amigos...
Felipe: Ãn ? To viajando.. eu pensei que você quisesse outra coisa com ela... não amizade.
Caio: Entenda, ela é difícil eu não posso chegar chegando.
Felipe: Tô ligado... e o que você vai falar pra sua mina ?
Caio: Se liga, eu vou dizer que vou pra casa dos mulekes jogar Video game, simples. -ele riu.
Felipe: Hum, boa sorte então.
Caio: A sorte sempre anda do meu lado. -ele deu um tapinha na nuca de Fê.
Felipe: Claro pô.
Caio: Só de pensar que eu vou poder sentir aquele corpinho completamente nu, em meus braços.- Felipe riu, e foram andando.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

35° Capítulo

Meses depois..
Ju tinha enfrentado seus pais e arriscou tentar sua vida sem a vida de princesinha, Caio ficou um pouco animado com a ideia, nem tanto, como Ju dizia ele levava a vida como uma diversão, eu pude acompanhar de perto o que eu tinha passado a quase 2 anos atras, sentir a agonia que qualquer um sentiu enquanto eu estava naquela sala de operação, ver minha amiga Juliane colocando uma pequena criança em nossas vidas, uma linda menina, ouvir o grito de Ju e o choro do bebê, Fê filmou tudo durante o parto até o choro de felicidade de Ju ao ver sua filha nos braços do médico, na primeira oportunidade Ju pegou ela no colo.
Ju: Leticia, minha princesa.
Eu olhei emocionada, tudo em nossa vida se reverteu, eu sonhava com uma princesa e Ju sempre sonhou com um príncipe, do mesmo jeito eu estava feliz, feliz por todos que estavam ali.

Anos depois...
Kauãn Já estava grande, com 7 aninhos e Leticia estava linda com apenas 5 aninhos, durante todo o tempo, eu pensei na possibilidade de que já era hora de eu me casar, deu ter meu proprio lar com Fê e Kauãn, com meus 2 amores. Kauãn estava brincando com Leticia, enquanto eu olhava seu caderno da escola, Fê acabou chegando do trabalho, uma cara alegre, Kauãn correu para abraçar seu pai, e eu me levantei para lhe dar um beijo.
Kauãn: Pai, trouxe o que eu te pedi ?
Felipe: O que você me pediu moleque ? -ele riu.
Kauãn: A bola de futebol pra mim jogar com a Lê, poxa pai você esqueceu. -ele fez uma carinha triste.
Felipe: Hum, -ele tirou uma de suas mãos que estavam escondida- aqui rapá. -ele sorriu.
Kauãn: Aê. -ele se aproximou de Leticia- Lê vamos jogar bola ?
Leticia: Ah, Kauãn. -ela colocou a mão no rosto.
Bruna: Kauãn , meu amor. -eu me agachei ao seu lado.
Kauãn: Oi mãe. -ele virou.
Bruna: Leticia não joga bola. -apertei as boxexas dele.
Kauãn: Porque não ?
Bruna: Porque ela é menina, e meninas brincam de bonecas.
Kauãn: Ah mãe.
Bruna: Você pode machuca-la, e eu sei que você não quer isso né mocinho ? -eu beijei o rosto dele.
Kauãn: Não mãe, eu não vo machucar ela , eu prometo. -ele fez bico.
Felipe: Deixa eles Bru. -ele segurou em meu braço.
Bruna: Fê...
Felipe: Podem ir, aproveita que sua avô, ta no portão.
Kauãn: Vem Lê .-ele puxou ela- e sairão do quarto.
Felipe foi tirando sua roupa, e indo para o banheiro, eu fui até a porta do banheiro e me encostei, lixando a unha da mão.
Bruna: Como sempre você muda as minhas decisões né? -eu sussurrei.
Felipe entrou dentro do box e começou a tomar seu banho.
Felipe: Bruna, deixa eles brincarem é normal se machucar é assim que a gente aprende, se machucando ou errando, eu acho que você não deve proibir uma coisa dessas, eles são crianças tem mais que aproveitar esse momento.
Bruna: Fê, eu acho que nos mulheres somos mais frágeis  do que vocês homens.
Felipe: Ah para de graça.
Bruna: Ta bom então, depois que um deles vim chorando ou machucado você cuida.
Felipe: Jaé.
Eu me virei, sai do quarto, desci as escadas e fui indo pra rua, onde estavam Kauãn, Letícia e minha tia.
Eu fiquei em pé observando eles, vendo eles brincarem e senti uma certa saudade de quando eu era criança, logo depois, como de costume Fê chegou por trás de mim e me agarrou.
Felipe: Não fico brava não né ? -ele falou no meu ouvido, eu fiquei calada.
Felipe: Não vai me responder mesmo não ? -ele mordeu minha orelha.
Eu não aguentava ficar sem falar com ele, me virei, olhando para seu rosto.
Felipe: Hum pensei. -ele sorriu.
Bruna: Eu não fiquei brava, até porque você sabe que eu não consigo ficar brava contigo. -Felipe riu.
Felipe: Claro que sei.
Bruna: Mas eu acho que você deveria pelo menos apoiar , ou tentar entender o que eu falo.
Felipe: Bru, você que deve entender as coisas, o que você acha que Kauãn faria depois que você não deixasse ele brincar com ela de bola ?
Bruna: Nada!
Felipe: Nada ? Tenho certeza que ele ia começar a gritar , chorar e te tirar do sério.
Bruna: Errado, mas como sempre você da um jeitinho de mimar ele, e sair atropelando as minhas decisões
Felipe: É eu né ? -ele piscou.
Bruna: Você mesmo.
Felipe: Você sabe que a unica que mima ele é você amor.
Eu não respondi, aliás em uma das palavras dele ele tinha razão.
Felipe: Agora vem, e me da um beijo. -selinho.
Bruna: Eu não quero seus beijos. -eu mordi sua boca.
Felipe: IHH.. para de neurose Bru.
Fê me pegou no colo, e começou a me beijar , e como sempre eu não resistia, me empurrou contra a parede com uma força que machucou minhas costas.
Bruna: AI -eu gritei.
Minha tia estava conversando com uma vizinha que tinha por ali, assim que gritei elas olharam.
Márcia: Ou, aqui não é lugar, ouviu senhor Felipe.
Kauãn e Leticia apenas olhavam nossos beijos, e riam, Fê parou de me beijar, e me colocou em sua frente, demos algumas risadas de nós mesmo, ficamos ali abraçados em um belo chamego, Fê ainda estava encostado na parede, colocando sua mão sobre minha cintura e com meus dedos me alisando, eu já sentia falta daquele momento tão carinhoso.
 Horas se passaram e o sol já estava sumindo entre as nuvens que haviam no céu, a lua e as estrelas já estavam prontas para ocupar seus devidos lugares logo logo, o céu já estava completamente escuro, e lindo como sempre, por um breve segundo, eu senti um vento muito frio passar, e bater sobre minha pele, eu me encolhi, e Fê me apertou sobre seu corpo.
Felipe: O que foi ? -ele sussurrou e me virou me fazendo olhar pra ele, seu olhar era de curiosidade.
Bruna: Apenas o frio, a noite esta maravilhosa.
Felipe: É. -ele sorriu, o sorriso que me fazia perder o sentido das coisas, enfim me fazia ficar sem ar. Na mesma hora Kauãn veio correndo, e em questão de segundo estava em pé do nosso lado nos olhando e rindo.
Kauãn: MÃÃE! -ele gritou.
Eu me virei para alisar sua bochecha e sorrir
Bruna: Fala! -Letícia estava bem ao seu lado, com sua mão agarrada na de Kauãn
Kauãn: Eu e Lê podemos ir até a pracinha ?
Felipe: IHH. -ele assobiou.
Bruna: Amorzinho, a pracinha é um pouco longe. -eu sorri- que tal amanhã de dia todos nós fazermos um piquenique bem delicioso ?
Kauãn: Ah, eu e ela vamos hoje, e amanhã a gente faz o piquenique. -ele sorriu.
Bruna: Espertinho. -eu pisquei.
Leticia: A gente não vai demorar, a gente só vai brincar um pouco lá.
Fê estava queto apenas olhando, e fazendo gestos para Kauãn, na mesma hora eu olhei pra Fê e fiz uma cara, Fê sorriu pra mim, e me agarrou.
Felipe: Deixa eles irem pô, ta cedo ainda eles já disseram que não vão demorar.
Todos ficaram em silêncio esperando minha resposta, eu pensei bem, estava cedo ainda.
Bruna: Ta, podem ir.
Eles vibraram, Kauãn deu um enorme sorriso e pulou no colo de seu pai, Letícia me deu um abraço.
Bruna: Querido pegue um casaco.
Kauãn: Ah mãe não esta frio. -ele fez uma careta.
Bruna: Esse tempo esta estranho, esses ventos..
Felipe: Bru, olha pro céu não parece que virá o que você esta pensando.
Kauãn: O que ela esta pensando pai ? -ele sussurrou.
Leticia: Como você consegue saber o que ela esta pensando ? -eu e Fê soltamos uma risada.
Bruna: Bom, se vocês realmente querem ir e aproveitar a pracinha, já deveriam esta lá. -eu sorri.
Kauãn: Eu sei, já estamos indo. -ele puxou ela.
Letícia: AI -ela gritou e riu.
Felipe: Ei, ô muleque cuida da sua mina jaé ? -eu olhei sem entender o significado.
Bruna: Tenham cuidado, bastante cuidado pelo amor de Deus.
Eu beijei a testa de cada um contra minha vontade, meu maior tesouro era kauãn, eu eu não sabia o que seria de mim se acontecesse algo, não só com meu príncipe, mas também com a a filha da minha melhor amiga, a doce Letícia.
Eles saíram correndo, e logo já não estavam mais lá, eu olhei nos olhos de Fê, enquanto ele colocava atras da minha orelha uma mecha de cabelo que caia sobre meu rosto.
Bruna: Eu não deveria ter deixado, eles não deveriam ter saido sozinhos, eles são crianças indefesas. -eu cruzei meus braços.
Fê colocou seu dedo sobre meus lábios me impedindo de dizer qualquer outra coisa.
Felipe: Deixa eles, você esta se preocupando demais.
Bruna: E não deveria ?
Felipe: Posso terminar de dizer ? -eu balancei a cabeça, dizendo sim.
Felipe: A pracinha é duas ruas atrás, não é tão longe.
Bruna: Sozinhos, é claro que é longe.
Felipe: Eita, você era assim quando eu saia. -ele deu uma pausa- antes de eu começar a namorar contigo? -ele riu.
Bruna: Hummm, não -eu menti.
Ele riu alto o suficiente para que minha tia saisse correndo até a porta pra saber o que estava acontecendo, ele segurou meu rosto, aproximou seu rosto no meu.
Felipe: Eu odeio quando você tenta mentir. -ele me soltou e deu uns passos distante de mim, seu olhar estava distante, e assim que eu pisquei ele me puxou juntando meu corpo no seu, quando eu abri meus olhos eu já estava em seus braços sentindo o calor de nossos corpos, como se estivesse um fogo aceso entre nós.
Felipe: Você nunca foi boa em mentiras. -ele falou no meu ouvido, eu ri.
Ele estava completamente certo, mentiras não era meu forte, e eu me lembro até hoje o dia que fomos para aquela praia, que estavamos sozinhos, sozinhos naquela casa, naquele espaço, aquele momento, aquela mentira do suposto "maniaco" eu ri sozinha, enquanto tudo aquilo passava na minha cabeça como um filme um belo filme, deixei os pensamentos pra trás, Fê estava me olhando sem entender meus risos.
Felipe: Porque esta rindo cara ?
Bruna: Pensamentos amor. -eu suspirei.
Felipe: Posso saber no que estava pensando ?
Bruna: Ah, nada de interessante apenas em nosso momentos.
Felipe: Hum, isso é interessante. -ele sorriu.
Eu sorri, e estiquei meus braços envolvendo eles em seus pescoço e dei um beijo na sua boca e logo me afastei puxando ele pra dentro, assim que entramos, o marido de minha tia estava saindo com uma maleta grudada em sua mão, troquei alguns olhares com Fê, e Pedro acenou pra mim e para Fê, acenamos de volta e ele saiu. Durante todo esse tempo, Fê já tinha se acostumado em aceitar Pedro como seu padrasto, e esquecido a idéia de ver o pai, minha tia foi indo para a cozinha, eu olhei para Fê, eu estava estranhando tudo aquilo.
Bruna: Será que aconteceu o que eu estou pensando ?
Felipe: O que você esta pensando ?
Bruna: O que você acha que estou pensando ?
Felipe: Pô, complicado, não faço a minima, mais falaê. -ele sorriu, eu dei alguns passos, e olhei para Fê.
Bruna: Será que eles deram um tempo ?Ou brigaram talvez ?
Felipe: Provavelmente não, se tivesse acontecido isso dona Márcia estaria quebrando tudo ou procurando o primeiro remédio que encontra-se que fizesse ela dormir, um calmante talvez antes de começar a chorar.   -eu ainda continuei sem entender, e ignorei todas as respostas de Fê, ele foi andando até as escadas e subiu.
Eu segui minha tia até a cozinha, e me sentei no balcão, enquanto ela preparava o jantar, minha lingua já queimava, minha tia parou de fazer o que estava fazendo e me olhou.
Marcia: Hum, pode dizer minha querida.
Minha tia me conhecia bem, e a curiosidade estava tomando conta de mim
Márcia: Fale o que esta acontecendo. -ela se aproximou.
Bruna: Eu não queria ser entrometida, mas o que foi aquela cena? Pedro não costuma ir trabalhar a essas horas, vocês terminaram ? Brigaram ?
Eu falei tudo sem ao menos dar uma pausa para respirar, ela riu e eu fiquei confusa, eu não tinha feito nenhuma piada 'eu acho'.
Bruna: O que foi ?
Márcia: Nada meu bem, a nos não brigamos nem nada.
Bruna: E porque ele saiu daquele jeito ?
Márcia: Eu não sei muito bem, ele recebeu uma ligação de um parente e ele teve que ir até a cidade dele, ele me disse que explicaria melhor quando estivesse no avião.
Bruna: Ufa, que susto e o plantão dele no hospital ?
Márcia: Será apenas alguns dias ;-ela beijou minha testa- Ops preciso fazer o jantar; -ela foi andando-
enquanto ela terminava o jantar eu dei um pulo e fui até a geladeira pegar alguma fruta que tivesse por lá,
Márcia: Bruna ?
Bruna: Oi ? -eu falei enquanto revirava toda a geladeira.
Márcia: Esse silêncio me assusta, cadê as crianças ? -eu olhei para o relógio.
Bruna: Kauãn insistiu para ir até a pracinha brincar com a Letícia. -eu mordi a maça.
Marcia: Sozinhos ?
Bruna: Sim.
Márcia: Já viu a hora ? Eu acho que eles não deveriam esta sozinhos na rua, mesmo ainda sendo 20:30.
Bruna: Eu sei, eles disseram que não iam demorar, devem estar  vindo ja.
Márcia: Espero.
Eu fui saindo da cozinha, realmente já fazia um tempinho que eles estavam fora, eu fui até do lado de fora, e me sentei no portão, estava frio, muito frio minha pele já estava arrepiada, o céu já havia mudado, pequenas camadas de nuvens já haviam coberto as estrelas, o céu estava lindo, não parecia que iria chover, mas esfriava eu já estava ficando em pânico, nada de Kauãn aparecer ou Letícia, Fê percebeu meu desespero e veio vindo até mim.
Bruna: Você não acha que estão demorando demais ? Será que aconteceu algo ?
Felipe: Se acalma, quer que eu vá procurar eles ?
Bruna: Nós vamos. -eu me levantei.
Corri pra dentro, enquanto Fê subia na moto e ligava ela, disparei sobre as escadas até o quarto, peguei o primeiro casaco que vi pendurado na porta e vesti, desci correndo, até onde Fê estava e subi na moto, minha tia veio até portão.
Márcia: Aonde vocês vão ?
Fê acelerou a moto, e logo saimos dali, eu sentia as costas nua de Fê ficando arrepiada, mais mesmo assim ele dizia não esta sentindo o imenso frio, assim que chegamos na tal pracinha, não tinha nenhuma criança apenas um casal de namorados se esfregando.
Felipe: Pra onde vamos ?
Bruna: Não sei, eu quero meu filho eu não deveria ter deixado ele vim.
Fê foi indo até o centro, e eu fiquei me fazendo a pergunta de o que ele iriam fazer aqui e como chegaram, entramos na sorveteria, andamos pelo shopping todo e nada deles, eu não sabia oque iria dizer pra Ju, eu fui até um dos telefones públicos que haviam por ali enquanto discava os números eu olhei para uma pizzaria que havia bem ao meu lado , e assim que olhei reconheci Kauãn, Letícia, Ju e Caio, eles também tinham me visto, eu desliguei o telefone, e parei pra esperar enquanto Kauãn corria até mim e Ju logo vinha atrás com Letícia em seu colo, Kauãn agarrou em minha pernas, eu suspirei aliviada.
Bruna: Eu estava igual uma louca atras deles, custava me ligar dizendo que levaria eles para uma pizzaria ?
Ju: Eu tentei avisar, mas seu celular só dava fora de areá.
Eu respirei fundo, Fê já estava com uma de suas mãos sobre meu ombro.
Bruna: Tudo bem, aquele celular esta meio louco.
Ju: Pode ser, mas já que vocês estão aqui.. aproveita para comer com a gente.
Kauãn: É mãezinha, a pizza é de calabresa.
Ju: Escolhemos o que Kauãn e Letícia gostam. -ela riu.
Bruna: Não sei.
Ju: Ah,Bru não faça essa desfeita por favor, não vou esperar você pensar. -ela sorriu, e foi me puxando até a porta de entrada e me soltou.
Bruna: Ok, você venceu!
Fê pegou Kauãn no colo e fomos entrando, nos sentamos e logo em seguida a pizza chegou em nossa mesa o seu cheiro estava maravilhoso, comemos,conversamos, rimos bastante e bebemos um pouco, eu olhei no relógio pendurado na parede e vi que já eram quase meia-noite, Kauãn já estava com sono seus olhos vermelhos era a prova.
Bruna: Fê, é melhor a gente ir, Kauãn já esta quase dormindo.
Ju: Oh, já esta um pouco tarde. -ela cutucou caio.
Felipe: A noite nem começou. -ele piscou.
Caio: Relaxem aê '
Bruna: Fê amanhã você trabalha amor.
Felipe: Pô, é mesmo. -ele se levantou.
Caio tambem se levantou, Ju pegou sua filha no colo e Caio colocou sua mão sobre a cintura dela, Fê me deu um beijo que eu pude sentir o gosto 
do alcool completamente  em seus labios, assim que estavamos fora da pizzaria nos despedimos. De algum lugar Caio pegou sua moto, Ju subiu com Letícia e logo foram, Fê subiu em sua moto, e me esperou antes de eu subir coloquei minha mão em seu rosto.
Bruna: Você esta em condições de ir de moto ?
Felipe: Qual foi, não estou bêbado, fica tranquila.
Bruna: Tem certeza ?
Felipe: Chega de papo, sobe logo ai. -selinho.
Eu então subi na moto, e Fê foi em alta velocidade como de costume, eu dei graças a Deus quando já estavamos em frente a nossa casa, a luz da varanda ainda estava acesa , desci da moto tentando não acordar Kauãn adormecido em meus braços. Fê desligou a moto e logo fomos entrando dentro de casa, meu bebê acabou acordando e tentou sair de meus braços, eu desci ele no chão e rapidamente ele foi correndo e subiu as escadas, assim que eu ia caminhando até a cozinha minha tia apareceu no topo da escada sua aparência não estava muito boa ela desceu as escadas fazendo um barulho horrível, quando Fê ia subindo as escadas ela parou ele e fez ele descer os degraus que ele já havia subido.
Márcia: Lipe você estava bebendo ?
Felipe: Só bebi um pouco, não exagere mãe.
Márcia: Afinal, onde você estavam ?
Felipe: Demos uma aparadinha em um motel aqui perto. -ele sorriu.
Eu queria rir, mas não era a hora adequada para aquilo.
Márcia: Sem gracinhas.
Fê levou um puxão de orelha, e eu não pude evitar o riso que saiu sem querer.
Bruna: Tia a gente acabou encontrando as crianças com a Ju e com Caio na pizzaria, então ela nos convidou para comer também.
Márcia: Eu sei que vocês já estão bem grandinhos, mas mesmo assim enquanto estiverem morando comigo me deverá satisfações.
Bruna: Sempre foi assim tia, me desculpe estavamos sem celular.
Márcia: Ok meu bem.
Felipe: Podemos subir agora ?
Fê sabia ser abusado, minha tia deixou a gente subir, Fê foi para nosso quarto e eu fui até o quarto de Kauãn , entrei e lá estava ele deitado sobre a cama e dormindo, me sentei na beirada.
Bruna: Ei. -eu cutuquei ele. -ele abriu seus olhos.
Kauãn: O que mãezinha ?
Bruna: Ô, meu sujinho vamos tomar um banho e colocar o pijaminha ?
Kauãn: Amanhã mãe.
Bruna: Nada disso agora, agora senhor Kauãn.
Eu lutei para que ele tomasse o banho, e depois do banho ele colocou seu pijama e eu puxei ele dando um abraço e cheirei ele.
Bruna: Hum que menino cheiroso, cadê meu beijo mocinho ?
Kauãn: Ah -ele sorriu e me deu um selinho.
Bruna: Boa noite, meu anjo durma bem.
Kauãn: Te amo. -ele se deitou.
Apaguei a luz e sai do quarto, indo direto para o meu, eu até pensei que teria que fazer o mesmo com Fê.
Mais quando entrei no quarto, já se ouvia o barulho do chuveiro, entrei no banheiro fui tirando minha roupa e ficando de calcinha e sutiã me sentei em cima da privada aguardando Fê terminar, assim que ele terminou vestiu sua cueca e foi secando suas costas com a toalha, eu me levantei e fui indo até o box, mas antes Fê colocou a toalha em volta da minha barriga e me puxou , rapidamente deu um jeito de me prender na parede começando com seus beijos.
Bruna: Para.
Felipe: Nem comecei Bruninha. -ele mordeu meu lábio.
Bruna: Você não esta bem.
Felipe: O que importa ? -ele sorriu- eu não estou bem mais você esta, to doidinho pra te dar prazer amor.
Bruna: Estamos doidinhos, mas hoje não Fê é serio.
Felipe: IHh, para de graça bru ta parecendo até da primeira vez, seja boazinha tu sabe que não vou te machucar. -eu ri.
Bruna: Eu sei amor, mas eu já disse hoje não.
Felipe: Ah, jaé então, to vendo que não vai adiantar eu insistir mesmo.
Bruna: Não é nada demais ok ?
Felipe: Fala logo o que é, você não me ama mais é isso ? Esse é o motivo pra você me rejeitar hoje ?
Bruna: Não é nada disso, pelo contrario a cada dia te amo mais.
Felipe: Qual motivo então ? -ele me olhou furioso.
Um dos meus piores dias eram hoje, eu sentia certa vergonha de dizer pra ele que estava naqueles dias mais horríveis, mesmo namorando com ele a tanto tempo, eu não sabia mentir, não ia adiantar eu mentir então preferi ficar em silêncio, ele percebeu que eu não ia falar então me soltou e antes que eu entrasse no box para tomar meu banho me deu uma toalhada na bunda, ele saiu do banheiro enquanto eu tomava meu banho, assim que terminei , me arrumei para dormir, sai do banheiro e logo fui retirando o lençol e deitando pra minha felicidade meu namorado ainda não estava dormindo, eu fui chegando perto dele e me agarrando, ele não se mexeu.
Bruna: Vai ficar com raiva de mim ? -eu sussurrei, ele se virou pra me olhar.
Felipe: Talvez.
Bruna: Porque ? Eu não fiz nada demais.
Felipe: Eu não sei bem o que esta passando pela sua cabeça nesse momento.
Bruna: Aonde você pretende chegar ?
Felipe: Você pode me dizer o que esta acontecendo ? -eu fiquei quieta.
Felipe: Pode falar, confia em mim.
Bruna: Eu confio.
Felipe: Sério ? Então me conta pô, o que esta acontecendo com a minha Bruna.
Bruna: Não esta acontecendo nada ' não pira, para de arrumar pretesto e acabarmos brigando.
Felipe: Uma namorada rejeitando seu namorado assim do nada, qualquer um acharia estranho.
Bruna: Fê, a vida não é só sexo.
Felipe: Eu sempre escuto isso de você.
Bruna: Mas parece que não entende.
Na mesma hora ele subiu em cima de mim.
Felipe: Hum, você esta gravida é isso ?
Bruna: Obvio que não, nem brinca. -eu empurrei ele.
Felipe: Fala então cara, namoral já to perdendo a paciência contigo.
Bruna: NADA, ME DEIXA EM PAZ! -eu gritei, Fê riu.
Felipe: Vo revirar tudo até descobrir o que você tem. -Elle foi indo até o guarda-roupa, abriu olhou por alguns segundos e de repente sorriu pra mim.
Felipe: Você esta em seu periodo menstrual ? -ele me olhou.
Eu morri de vergonha, balancei a cabeça concordando e me enfiei embaixo da coberta, eu já tinha a absoluta certeza que estava vermelha, roxa ou talvez lilás de vergonha, eu logo senti umas mão quentes, encostando sobre minha pele.
Felipe: Pra que isso tudo ? Uma coisa tão simples. -ele riu.
Bruna: Eu sempre fui assim, até com minha mãe.
Felipe: Sério ?
Bruna: Posso te falar uma coisa ?
Felipe: Fala.
Bruna: Eu sempre entrei em uma farmacia pra não ter que ir no mercado e todo mundo fica me olhando.
Felipe: Você é incrível -ele riu- e as vezes tão estranha.
Bruna: Idiota para de rir. -eu me joguei em seus braços e ele me abraçou.
Felipe: Eu pensando que era alguma coisa mais grave. -eu ri.
Bruna: Desculpe, prometo que talvez não faço mais isso.
Felipe: Sempre que você estiver assim estranha, eu já vo saber o que é.
Bruna: Aé. -eu sorri- precisamos dormir né ?
Felipe: Infelizmente.
Nos afastamos e deitamos, Fê me abraçou forte o suficiente pra eu perder a respiração, eu belisquei ele.
Felipe: O que ?
Bruna: Preciso respirar. -ele riu.
Felipe: Ah, foi mal. -ele me soltou.
Eu desliguei os abajus, e logo já estávamos dormindo.

domingo, 17 de novembro de 2013

34° Capítulo

Dia seguinte.
Já era de manhã e eu não tinha dormido ainda, nem mesmo fechado os olhos por mais de 5 minutos, lenços e mais lenços de papeis amassados e jogados no chão, meu rosto vermelho, inchado, arruinado.
Eram exatamente 9:00 h da manhã, muito cedo, infelizmente  eu me levantei tomei um banho, enquanto Fê ainda permanecia com seus olhos fechados, dormindo em sono profundo, assim que terminei , sai do banheiro na esperança que Fê já tivesse acordado, mas não ele ainda estava dormindo, troquei de roupa, arrumei meu cabelo e sai do quarto, fui andando por aquele corredor frio, eu já sentia minha pele ficar arrepiada, fui até o quarto de Débora, abri a porta bem devagar não via nada apenas um volume no edredom com certeza ela estaria ali embaixo, eu não quis incomodar, fechei a porta e fui novamente voltando  naquele corredor, descendo as escadas e indo até a cozinha, liguei a cafeteira, me sentei na mesa enquanto ela fazia seu trabalho, assim que ela terminou, me levantei peguei uma caneca, me servi e sentei na mesa novamente, depois de alguns minutos enquanto eu ainda bebia o café, uma mão gelada tocou em meu ombro, eu não quis olhar, eu já conhecia o cheiro.
Felipe: Acordou cedo amor.
Bruna: Nem dormi Fê.
Felipe: Você deveria ter descansado.
Bruna: Não sinto sono. -Fê se sentou ao meu lado colocando sua mão sobre minha perna.
Felipe: Você vai sentir seu corpo cansado.
Bruna: Não importa. -eu fiz bico.
Felipe: Ou tira esse bico porra. -ele segurou meu rosto e mordeu minha boca, em seguida se levantou enquanto Fê coloca o café em uma das canecas, eu olhava em sua direção mas não estava observando ele, eu estava destraida pensando.. Fê se sentou, ele sabia que eu não estava ali, apenas meu corpo.
Felipe: Bru, não é hora pra você voar com seus pensamentos.
Perdi tudo o que eu estava pensando, e me foquei em Fê.
Bruna: Hãn, o que você falo ?
Felipe: Nada de importante.
Bruna: Hum. É, que horas minha tia vai chegar ?
Felipe: Não sei, antes do velório eu acho.
Fê me puxou para seus braços me sentando em seu colo, me deu varios beijos, me fez varios carinhos,de repente Rafael e Débora já estavam acordados, Débora apareceu na cozinha, chegou perto de mim e me deu um beijo na bochecha enquanto Fê estava com sua cabeça encostada em meu ombro, eu mexia em seu cabelo, Débora estava com umas meias longas, seu cabelo bastante bagunçado, e com uma terrivel cara de sono, Rafael apareceu na cozinha, cumprimentou todos nós e logo saiu.Logo depois, a campainha tocou, meu padrasto foi abrir a porta, enquanto permanecíamos na cozinha, assim que a porta se abriu, eu ouvi o choro que eu conhecia, quando olhei, minha tia estava em pé na porta com Kãuan em seu colo, e Pedro logo atras, eu me levantei dando um abraço em minha tia e em Kauãn, Fê foi falar com seu padrasto, Kauãn logo veio em meu colo, eu apertava  e dava varios beijinhos na boquinha de Kãuan ele apenas sorria, Fê se aproximou de mim, e deu um beijo na testa de Kauãn.
Felipe: E aê moleque.
Kãuan logo esticou seu braços, querendo o colo do pai.
Fê pegou ele no colo, e então eu pude abraçar melhor minha tia, e chorar em seu ombro.
Márcia: Own, minha querida não entre em desespero, ela estará bem em um lugar muito melhor.
Bruna: O lugar melhor seria aqui, do meu lado, do nosso lado. -eu sussurrei.
Ficamos abraçadas, enquanto Fê brincava com Kãuan.
Algumas horas depois..
Todos estavam lá fora a minha espera, eu estava sentada no sofá, com Kauãn em meu colo, um vestidinho preto, um salto alto, Kauãn de terninho preto e gravatinha, todo importante, assim que a ultima lagrima deslizou sobre minha pele, eu me levantei, fui saindo da sala , indo até as escadas e desci, assim que cheguei na porta, e assim que me viram Fê veio se aproximando, e me deu um beijo.
Felipe: Linda como sempre. -ele sorriu- você não esta com frio ?
Bruna: Um pouco.
Felipe: Porque não vestiu algum casaco ?
Eu levantei um de meus braços, tentando mostrar o casaco agarrado, ele sorriu e tirou kauãn de meus braços.
Felipe: Ta no estilo hein moleque, vai pegar varias mulher hoje. -ele beijou o rosto de Kauãn, eu dei um tapa no braço de Fê, coloquei o casaco e segurei no braço dele, fomos indo em direção aos outros que estavam perto do carro de meu padrasto, minha tia sorriu e bateu palmas, todos nós estavamos sociais, elegantes.
Márcia: Lindo. -ela sorriu.
Débora: Tão pequeno e já tem estilo. -ela riu.
Felipe: Puxou o pai, é de berço, né não Bru ?
Bruna: Claro.
Enfim entramos no carro, no caminho havia o silêncio, ninguem falava nada apenas Kauãn brincava com algo que lhe fazia rir. Assim que chegamos na capela, todos sairam devagar enquanto eu e Fê ainda estavamos no carro, nos olhamos por uns segundos, Fê estava com medo de eu não suportar, vêr minha mãe dentro de um caixão imóvel.
Bruna: Eu estou bem, eu vo ficar bem. -eu segurei em seu queixo.
Felipe: Era isso que eu precisava ouvir. -ele aproximou seu rosto ao meu e demos um beijo calmo, intenso.
Márcia: VAMOS QUERIDOS. -ela gritou.
Fê riu, e parou nosso beijo mordendo minha boca, ele saiu do carro enquanto eu me olhava no espelho ajeitando meu batom, logo desci também, segurei na mão de Fê bem forte, e fomos entrando.
Havia varios carros por ali, talvez a metade da cidade, ou talvez todas os amigos (as) de minha mãe estivessem ali, os outros logo vieram atrás, assim que chegamos na sala onde estava acontecendo o velório varias pessoas, algumas que eu nunca tinha visto na minha vida, nem mesmo nunca ouvido falar vieram me abraçar, uma delas era uma velha amiga de minha mãe.
xx: Boa sorte, daqui pra frente.
Bruna: Obrigada. -eu sorri. -Ela olhou para kauãn o admirando.
xx: Que menino lindo, algum parente ?
Bruna: Meu filho.
xx: Ôh, então esse é o netinho de que tanto Lucia falava.
Bruna: É, depois a gente se fala.
xx: Claro.
Ainda segurando no braço de Fê, ele foi dando passos leves até minha tia que já estava chorando bastante, Fê entregou Kauãn a ela, e fomos nos aproximando do caixão, eu tentei deixar Kauãn o mais longe que pudesse daquilo tudo, eu não ia conseguir deixa-lo ter pesadelos, Débora pegou Kauãn e saiu dali, já que minha tia não queria desgrudar, não queria perder nenhum segundo antes de nunca mais ver sua irmã, Fê ficou atras de mim, colocando sua mãos sobre meu ombro, a pior coisa era ver ela ali deitada sabendo que nunca mais vou vê-la com seus olhos abertos, andando, sorrindo. Depois de algum tempo, seria a hora de fechar o caixão, eu não queria então me joguei em cima daquele caixão, gritando e chorando.
Bruna: NÃO, ESPEREM! -eu gritei.
Fê me agarrou e me levou pro canto, me encostando sobre a parede e segurando meu rosto.
Felipe: Você me disse que ia ficar bem.
Bruna: Como ?
Felipe: Bru, você sabia que uma hora ia ter que acontecer isso, você sabia que uma hora eles iam ter que fazer isso.
Bruna: Eu tentei Fê, é doloroso isso tudo. -eu abaixei a cabeça.
Felipe: Olha pra mim. -eu olhei.
Felipe: Você quer ir embora ? A gente vai.
Bruna: Não, eu não quero. -eu limpei meu rosto.
Felipe: Respira, se acalma. -ele beijou minha testa.
Bruna: Pronto, to calma pode me soltar agora amor.
Eu apenas sorri para uns dos homens , e eles foram levando, nos que eramos da família, fomos indo logo atras deles, e a multidão atras de nós.
Dias depois.
Eu já estava em condições de poder ir embora, depois de tudo que eu tinha visto naquele cemitério, nos despedimos de Débora e Rafael,e fomos indo direto para o aeroporto, eu já não suportava mais aquele frio, toda aquela umidade, eu já sentia falta do sol entrando pela janela do quarto, sentir meu corpo suar exposto ao calor. Rapidamente pegamos o primeiro avião, minha tia e seu marido, dormiam no banco de traz, Kauãn dormia no colo do Fê, enquanto eu tentava não pensar em nada que me fizesse mal, sair do aeroporto e ir direto para casa, esse era meu objetivo.
Assim que chegamos de acordo com meu objetivo, saimos daquele aeroporto pegamos um taxi e fomos direto para casa, entrei com Fê e Kãuan. Fomos para o quarto, Kauãn estava sentado com suas pernas em volta do pescoço de Fê, subimos, entramos no quarto, desci Kauãn de onde ele estava e coloquei sentado na cama, Fê foi direto para o banheiro tomar banho, enquanto eu procurava uma roupa pra vestir, Kauãn me olhava com seus dedinhos dentro da boca, todo babado, era nojento, peguei ele no colo tirei a roupa dele, e fui para o banheiro, Fê estava tomando banho, peguei a banheira de Kauãn entrei no box, coloquei ela no chão e Kauãn dentro.
Bruna: Aproveita que você esta tomando banho.
Assim que me virei pra sair do banheiro, Fê pegou em meu braço me puxando pra dentro do box, me agarrando e me colocando embaixo do chuveiro, eu fervi de odio e comecei a dar tapas neles.
Bruna: Para, olha só me molhou toda.
Felipe: Cala a boca.
Fê me beijou, me apertando sobre seu corpo, eu batia nele mas ele continuava me tarando ali na frente de Kauãn, Kauãn apenas ria.
Bruna: Fê, Kauãn esta sozinho na banheira deixa pra fazer isso quando ele não estiver por perto. -eu afastei ele.
Felipe: Então entrega ele pra minha mãe. -ele sorriu.
Bruna: PARA! -eu gritei- amor a gente tem o tempo todo pra fazer isso, a noite toda.
Felipe: Jaé. -ele me soltou- tchau.
Eu sai do banheiro me secando, sentei na cama e logo em seguida bateram na porta.
Bruna: Entra.
Era Ju com uma cara assustada, nervosa.
Ju: Bruna, desculpa vim aqui agora, eu sei que você não esta bem. Acabou de vim da cidade de sua mãe mas eu preciso falar com você é muito serio, to com um enorme problema.
Bruna: Pode falar Ju. -eu peguei na mão dela- você parece nervosa quer um copo de aguá?
Ju: Depois.
Bruna: Tá, então fala o que esta acontecendo
Fê acabou saindo do banheiro na mesma hora peladão, Kauãn tambem estava nessa, Ju olhou e virou o rosto, eu não tinha entendido e olhei pra porta do banheiro.
Felipe: IHH.. filhão mamãe não esta com uma cara boa, é melhor a gente voltar pro banheiro.
Bruna: FELIPE. -eu gritei.
Felipe: Eu não sabia que Ju estava aqui -ele entrou pro banheiro.
Bruna: Desculpa Ju. -eu sussurrei, Ju riu.
Ju: Tudo bem.
Felipe:BRU PEGA A NOSSA ROUPA AI. -ele gritou.
Bruna: Espera. -eu me levantei.
Peguei a roupa de Fê e de Kãuan entrei no banheiro e entreguei a ele.
Bruna: Da proxima vez que você sair desse jeito, eu corto tudo sem dó. -Felipe riu.
Felipe: Tu não teria coragem.
Bruna: Paga pra ver então, isso aê ninguem precisa ver, somente eu. -eu ri e sai do banheiro me sentando ao lado de Ju novamente.
Ju: Bru, eu to sentindo tudo o que sentiu antes de saber que estava gravida do Kauãn.
Bruna: Você quer me dizer que...
Ju: É.
Eu me levantei e virei para olhar ela.
Bruna: E o que é o problema ?
Ju: A minha mãe me deu um sermão, e disse que não vale apena eu ter um filho agora e logo com o Caio '
Bruna: Porque não ?
Ju: Ela disse que o Caio não serve pra mim e que ele não gosta de mim.
Bruna: Ju, são meses de namoro, como ele não gosta de você?
Ju: Isso que eu tentei dizer pra ela, ela me disse claramente que eu tenho 2 escolhas.
Fê saiu do banheiro, todo arrumadinho e Kauãn também, eu olhei e encarei eles.
Bruna: Onde estão indo ?
Felipe: Campo. -eles foram saindo.
Eu me concentrei na conversa novamente com a Ju.
Bruna: Quais ?
Ju: Largar essa bobeira, e acabar logo com tudo isso agora antes que seja pior , ou esquecer minha vida de princesa.
Bruna: Ela não pode te fazer isso.
Ju: Você não conhece ela, ela pode ser boazinha mas até um certo ponto, eu não quero perder minha vida de 'princesa' e tambem não quero fazer o que ela quer que eu faça.
Bruna: O Caio já sabe disso tudo ?
Ju: Não, eu ainda não falei nada, eu to tentando passar o menor tempo com ele, para que ele não suspeite.
Bruna: Eu não acredito que você vai fazer o que ela quer, Ju eu sei que é sua mãe, mas se você não quer ninguem vai te obrigar.
Ju: Eu sei Bru, meus pais são as unicas coisas que eu posso contar pra sobreviver, eu não trabalho eu ainda nem terminei meus estudos.
Bruna: Esquece a vida de princesa, conversa com o Caio, vai pra casa dele, sei lá.
Ju: Pra que ? Pra da mais despesas pra vó dele, coitada.
Bruna: É realmente.
Ju: Eu não sei, pelo menos se o meu namorado trabalha-se igual o seu trabalha,ai ia ser diferente.
Bruna: Tenta falar com ele, explica que tudo depende dele.
Ju: Bru, Caio mal estuda, vai querer trabalhar?
Bruna: O Fê esta ai, também nunca estudou, ele mudou você sabe, Caio também pode.
Ju: Com o Caio as coisas é diferente, pra ele é só diversão.
Bruna: Será ? -eu abracei ela.
Ju: Eu vo pensar bem, eu vo decidir o que é melhor, você sabe que não é facil, pra namorar o Caio foi um custo e até hoje meus pais não aprovam, eu faço de tudo para não ter que ouvi-los falar no meu ouvido.
Bruna: Eu sei Ju, pode contar comigo pra o que precisar, mas não faça nada por pressão, faz o que você deseja.
Ju: Você sabe o que eu quero, mas eu tenho que pensar bem. -o celular de Ju começou a vibrar..
Ju: Bru é o Caio, atende por favor?
Bruna: E o que eu vo dizer ?
Ju: Que eu dei uma saida , sei lá.
Bruna: Você não deveria esta fazendo isso.
Ju: Eu tenho que fazer até tomar uma decisão.
Bruna: Ok.
Eu atendi o telefone mesmo não querendo.
Bruna: Alô?
Caio: Bruna, o que o celular de Ju faz contigo ?
Bruna: Ela acabou de sair e esqueceu aqui.
Caio: Estranho, ultimamente ela parece esta fugindo de mim.
Bruna: Que isso, nada haver, vocês deve estar se desencontrando é diferente.
Caio: Pode ser, valeu aê.
-ligação finalizada-
Bruna: Até quando você vai fugir do seu namorado?
Ju: Eu não queria fazer isso, aliás eu preciso dele.. não consigo ficar longe.
Bruna: Você que sabe. Vamos fazer uma visita pra Ana?
Ju: Vamos, eu preciso rir um pouco com minhas duas amigas.
Eu fui direto para o banheiro , tomei meu banho, me arrumei, deixei um bilhete pro Fê, e sai junto com Ju em direção a casa da Ana.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

33° Capítulo

Dia seguinte.
Fê estava se arrumando para seu trabalho, Kauãn brincava com seu carrinho na cama e eu observava, assim que Fê terminou de se arrumar veio se aproximando, deu um beijo na testa de Kauãn, e me olhou.
Felipe: Se cuida aê. -selinho.
Bruna: Tá.
Fê foi saindo, e eu voltei a olhar meu bebê brincando,depois de alguns minutos, eu ouvi umas vozes, achei estranho.
Bruna: Mamãe já vem. -eu me levantei- fui indo até a porta, quando abri era Fê e Ana eu levei um susto ao vê-la.
Bruna: O que esta acontecendo aqui ?
Felipe: Eu já disse pra ela, que ela não é bem vinda.
Ana: Eu vim apenas falar com você Bruna.
Felipe: Depois de tudo? Cai fora daqui , ninguém te quer aqui.
Bruna: Fê. -coloquei minha mão em seu braço- deixa ela.
Ana sorriu.
Felipe: Deixa ela ? Na moral você não tem vergonha na cara. -ele foi saindo.
Fê desceu as escadas furioso, eu fiquei esperando ela começar a dizer tudo que queria.
Ana: Podemos entrar no quarto ?
Bruna: Ah, claro. -abri a porta, entramos, e logo algo chamou a atenção de Ana.
Ana: Esse é o seu filho ?
Bruna: É. -eu sorri.
Ana: Lindo.
Bruna: Sim, mas eu acho que você não veio só pra elogios não é ?
Ana: É, depois de meses eu tomei coragem e vim te pedir desculpas, perdão se for necessário; por tudo. -sussurrou.
Bruna: Eu não sinto raiva de você, ao contrario meu afeto por ti ainda é grande, o mesmo de antes de tudo isso, você me magoou mas não ao ponto de eu te odiar.
Ana: Eu não queria ter feito tudo aquilo, eu fui uma idoita na mão do Tiago, apenas uma isca.
Bruna: Não só foi eu que me magoei nessa historia.
Ana: É, mas eu devo te pedi perdão mesmo que as coisas mudem daqui pra frente, mesmo que a gente não possa ser 'melhores amigas' como antes, enfim você me perdoa ?
Bruna: Claro, é o suficiente.
Ana: Me da um abraço? -ela abriu seus braços, eu me aproximei e abracei ela, um abraço apertado eu sentia as lagrimas quente encostando sobre minha pele, os soluços abafados vindo de sua garganta, realmente eu sentia falta daquele abraço, sentir o abraço da minha melhor amiga.
Ana: Eu nunca quis te prejudicar.
Bruna: Eu sei bobinha. -eu ri- vamos esquecer tudo, e começar de onde parou antes de tudo de ruim acontecer.
Ana: Sim. -ela sorriu.
Eu soltei ela, e virei meu rosto colocando meu olhar totalmente em Kauãn, ele estava olhando pra nós, e de repente um sorriso escapou, eu me sentei ao seu lado e mordi sua bochecha, Ana se sentou ao lado, e começou a observa-lo.
Ana: Como esse lindo bebê se chama? -ela sorriu.
Bruna: Kauãn. -eu sorri.
Ana: Nome lindo.
Kauãn foi levantando suas mãozinhas e tentando ir pro colo de Ana, eu tentei segura-lo mas não dava.
Bruna: Eer, ele quer ir com você.
Ana: Sério ?
Bruna: Sim.
Eu coloquei Kauãn no colo de Ana, e ele sorria enquanto colocava seus pequenos dedinhos no queixo dela, Ana parecia estar gostando também, ela sorria e brincava com ele, de repente Kauãn começou a chorar o olhar de Ana era de desespero, ela me entregou Kauãn.
Ana: Toma, eu não levo jeito, eu te machuquei bebê?
Bruna: Relaxa, ele que é mimado mesmo, não foi nada. -eu ri.
Ana: Putz, não tem como não se encantar por ele, ele é tão fofo. -Ana olhou pro relógio.
Ana: É to indo pra casa Bru.
Bruna: Ta cedo. -eu sorri.
Ana: Eu ainda preciso passar na casa da Ju. -ela se levantou.
Bruna: Ah.
Ana colocou sua mão no rostinho de Kauãn e deu um beijo em sua testa, eu peguei Kauãn no colo.
Bruna: A gente vai te levar na porta. -Ana riu.
Ana: Ok
Fomos saindo do quarto, descendo as escadas, minha tia estava no telefone e Pedro estava assistindo tv, fomos indo em direção a porta.
Márcia: Querida ? -eu me virei pra olhar.
Bruna: Oi ?
Márcia: Me dê ele.
Bruna: Ah. -eu ri- Toma. -Kauãn começou a chorar, eu olhei pra ele.
Bruna: Para de bobeira, amor. -eu alisei sua bochecha, minha tia pegou ele.
Márcia: Own meu pequeno, vovó já estava com saudade de pegar você no colo. -ela sorriu.
Eu me virei indo até a porta, Ana já estava lá um pequeno sorriso em seu rosto, eu peguei em sua mão.
Ana: Obrigada. -ela me abraçou.
Bruna: Ana, esta tudo bem.
Ana: Amanhã eu posso vim vê-lo ?
Bruna: Quando você quiser boba. -eu ri.
Ana: Ta bom então.
Ana se afastou e foi indo, eu encostei minha cabeça na parede e fiquei olhando ela ir, coloquei minha mão no rosto e de repente, quando fui ver meus olhos estavam embaçados, lagrimas pronta para cair, passei meu dedo tentando retira-las, uma delas foi descendo e eu pude seguir, e ver ela caindo sobre a planta que havia ao meu redor eu não sabia o porque de eu chorar , eu estava bem, tudo estava bem não tinha motivos, eu respirei fundo, e entrei. Kauãn estava no colo de seu avô, eu fui subindo as escadas, enquanto eu ouvia ele chorar, assim que cheguei no quarto me deitei sobre a cama e do nada senti um aperto no peito como uma bola de futebol sendo chutada com bastante força no gol, uma sensação estranha, a primeira coisa que passou pela minha cabeça, foi minha mãe, eu entrei em pânico.
Eu precisava vê-la, me levantei e comecei a preocupar meu celular, na mesma hora minha tia entrou no quarto, com Kauãn em seus braços chorando.
Márcia: Toma seu filhote ele esta chorando muito, talvez seja fome.
Bruna: NÃO, AGORA NÃO.-eu gritei, minha tia me olhou assustada.
Márcia: Você esta bem Bruna ?
Bruna: Eu preciso do meu celular urgente.
Márcia: O que esta acontecendo, você esta ficando branca igual um papel '
Bruna: EU PRECISO DO MEU CELULAR. -eu gritei.
Ela colocou Kãuan na cama, e veio até mim, me abraçou.
Márcia: Me diga! O que esta acontecendo ?
Bruna: Uma sensação estranha, eu preciso falar com minha mãe.
Márcia: Sua mãe esta bem, eu falei com ela logo de manhã.
Bruna: Não importa, eu preciso ouvi-la, eu preciso.
Eu olhei para Kãuan ficando vermelho de tanto chorar, eu fui indo até a cama.
Bruna: A mamãe já vai te pegar bebê.
Eu continuei procurando pelo celular, até que achei ele jogado por dentro do guarda-roupa, peguei rapidamente e ligue pra minha mãe, depois do 3 toque atenderam.
Bruna: Mãe.
Lucia: Oi minha pequena.
Bruna: Você esta bem, aconteceu alguma coisa mãe ?
Lucia: Se acalma bru, eu estou bem não aconteceu nada, você esta estranha parece nervosa.
Bruna:Tive uma sensação, de algo ruim um arrepio, algo passando por perto de mim.
Lucia: O tempo por ai esta nublado querida, pode esta ventando.
Bruna: Não mãe, não esta ventando.
Lucia: Para de brincadeira , você esta me assustando Bruna.
Bruna: Não é brincadeira mãe, eu te liguei pra saber se você estava bem, eu não sei o que pode acontecer, eu não sei.
Lucia: Bruna, eu estou bem nada vai acontecer se acalma, e vá cuidar de Kãuan, que daqui estou ouvindo que esta chorando bastante.
Bruna: Eu vô, mais antes.
Lucia: Fala ?
Bruna: Me diga que você vai ficar bem, e que qualquer coisa vai me ligar.
Lucia: Mada vai acontecer, mas se caso aconteça te ligo okay , beijos.
Bruna: Beijos.
-ligação finalizada-
Mesmo ter falado e ter ouvido a voz dela, meu peito parecia estar sendo espremido eu tentei me acalmar.
Márcia: E ai ?
Bruna: Ela esta bem. - "ela esta bem" -eu pensei.
Márcia: Esse desespero atoa querida relaxa.
Eu tentei fingir que estava bem, mas não estava, eu peguei Kãuan no colo, e rapidamente ele parou de chorar, apertei ele sobre meu peito, minha tia me olhava sem entender.

Meses depois...
eu ainda estava sentindo as má sensações, os arrepios era assustador, faltava poucos dias pra Meu bebê completar seu 1 aninho de idade, eu estava sentada no sofá com bastante convites do aniversario de Kãuan
minha tia estava no telefone, falando com algumas amigas a procura de algum salão de festas, Kãuan estava durmindo no sofá ao meu lado, depois de alguns minutos Fê apareceu de repente na sala, sem camisa, e com sua mochila na mão, eu até estranhei ele esta sem a mochila presa em suas costas eu me levantei e olhei pra ele, ele não falou nada, apenas virou de costas pra mim e colocou sua mão sobre o pequeno pedaço de plástico colado em suas costas.
Bruna: FÊ -eu gritei- você se machucou ?
Felipe: não, olhe bem.
eu fiquie na pontinha dos pés pra poder verificar e quando vi era algo escrito.
Bruna: o que é isso ?
Felipe: uma tatuagem.
Bruna: '-'
em suas costas havia escrito, Kãuan&Bruna razões da minha vida, eu achei mega fofo , eu agarrei ele e ele me beijou.
Bruna: que lindo. -eu falei entre o beijo.
Felipe: vocês são a razões da minha vida agora Bruna.
Bruna: Te amo tanto. -eu abracei ele, ele riu.
Felipe: cadê o moleque ? -eu olhei pro sofá, e apontei
Bruna: ali dormindo amor.
Felipe: é to vendo. -ele sorriu- vem cá.
Fê foi me puchando, em direção a escada.
Bruna: Fê eu preciso ver os negocio da festa.
Ele colocou seu dedo em meu labios, e fomos subindo entramos no quarto, Fê foi indo pro banheiro.
Felipe: olha no bolso da minha bermuda. -ele jogou pra mim.
eu peguei, fui pegando algo que estava no bolso, eram 2 passagens, olhei pro lado Fê estava me olhando encostado na porta do banheiro.
Bruna: Fê..
Felipe: eu consegui ter o primeiro contato com meu pai depois de tantos anos.
Bruna: Como ?
Felipe: assim que Kãuan nasceu, eu resolvi procurar ele, meses pra cá eu consegui encontrar um telefone de uma antiga casa que ele morava, muitas pessoas me ajudaram, uma longa historia.
Bruna: e porque não me contou antes ?
Felipe: eu não quero que minha mãe saiba, ela não ia gostar.
Bruna: não mesmo, ela não quer que você encontre ele.
Felipe: eu sei mas ela tem que entender, não conte pra ela.
Bruna: pra quando é isso ? o que você pretende com tudo isso ?
Felipe: no dia do aniversario do nosso filho.
Bruna: daqui a 3 dias ?
Felipe: é.
Bruna: Fê, sua mãe esta preparando uma festa , não é justo.
Felipe: Bru.. porfavor é a unica desculpa pra mim, a unica desculpa é o aniversairo do Kãuan.
Bruna: e o que você vai falar pra ela ?
Felipe: que a gente vai, visitar sua mãe. -eu fiquei queta.
Felipe: Bru, a gente vai voltar a tempo da festa.
Bruna: Fê. -eu fiz uma careta.
Felipe: pra minha mãe bater a porta na cara dele, ou fazer de tudo para mim não vê-lo.
Bruna: tá ok ok, se isso irá te fazer bem. -eu me aproximei dele um abraço apertado eu dei nele.
Felipe: eu prometo, que não irá atrazar em nada.
ele beijou meu pescoço, Pedro acabou entrando no quarto,e viu a gente abraçados eu olhei para ele.
Pedro: Bruna, sua tia esta te chamando lá embaixo.
Bruna: Já estou indo, obrigada.
ele fechou a porta, Fê estava com uma cara triste, seus olhos cheios de lagrimas.
Bruna: a gente vai ver seu pai. -eu sussurrei.
Fê me abraçou por um breve momento, e logo foi indo pro banheiro eu respirei fundo, e sai do quarto, desci as escadas e fui indo até a sala, me sentei no sofá, Kauãn ainda estava dormindo.
Márcia: Querida, eu consegui arrumar um salão um pouco longe tudo bem ?
eu não estava prestando atenção em nada do que ela dizia, eu estava pensando em como seria pro Fê depois de anos, ver seu pai ele tinha o direito pra ele seria importante, Já que eu nunca mais poderia ver o meu, minha tia me cutucou.
Márcia: Bruna estou falando com você.
Bruna: ah , oi Tia. -eu olhei pra ela.
Márcia: nossa.
Bruna: do que você estava falando ?
Márcia: sobre o salão de festa.
minha lingua coçou, vontade não faltava de dizer que talvez não iria dar pra acontecer a festa,vontade de dizer que a gente ia ver o pai de Fê, mas eu me controlei.
Márcia: bru , você quer me dizer algo ?
Bruna: não.
Márcia: Porque você e Lipe subiram de repente?
qual mentira eu iria inventar ? eu era pessima nessas coisas, na mesma hora Kãuan chorou.
"ai senhor obrigada" -eu pensei.
Bruna: é Kãuan esta chorando.
Márcia: vai lá querida.
eu peguei kãuan e subindo as escadas indo para o quarto, Fê ainda estava no banho, me sentei na cama e deitei Kauãn, Fê foi saindo do banheiro, e se deitou sobre a cama.
Felipe: Vamos levar o moleque no shopping ?
Bruna: Fê, por pouco eu não acabei com sua felicidade.
Felipe: como assim ?
Bruna: quase falei.
Felipe: pô, não da bobeira, mas aê vamos ou não ?
Bruna: sim vamos, eu vou tomar um banho e já venho. -eu me levantei e fui indo para o banheiro.
Felipe ficou brincando com seu filho enquanto Bruna tomava seu banho.

Dias depois

Hoje era o grande dia o aniversario do meu bebê Kauãn, quando abri meus olhos, Fê estava sentado na cama de cabeça baixa, eu me levantei devagar e abracei ele.
Bruna: Acordou tão cedo.
Felipe: Não consegui dormi pô.
Bruna: Porque ? '
Felipe: Ansiedade cara. -ele se levantou.
Bruna: Não vai adiantar você ficar assim, daqui a algumas horas você estara a frente do seu pai. -eu sorri.
Felipe: É, você tem razão.
Bruna: Sempre tenho amor, vem cá e me dê um beijo de bom dia.
Fê se aproximou e me deu um beijo, eu sorri.
Bruna: Vamos até o quarto do nosso principe aniversariante ?
Felipe: Vamos . -ele pegou em minha mão.
Fomos saindo do quarto, e indo para o quarto de Kauãn, ele estava dormindo ainda, eu dei um leve beijo em sua bochecha.
Bruna: Parabéns meu amor. -eu sussurrei.
Felipe: Bru, logo logo já devemos estar no aeroporto. -eu fiquei queta.
Felipe: Eu vo tomar meu banho. -ele foi saindo.
Eu estava me sentindo mal, as sensações ruins voltaram novamente, arrepios e mais arrepios eu ignorei tentei me manter ciente de que nada iria da errado nesse dia 'hoje'.Não demorou muito até Fê aparecer todo arrumado na porta do quarto de Kauãn, Kauãn já estava acordado em meus braços, Fê se aproximou retirou ele do meus braços, eu fui saindo para tomar meu banho, assim que eu já estava pronta, dei banho em Kauãn e arrumei ele, Fê pegou em minha mão e fomos descendo as escadas e indo até a cozinha. Minha tia estava enfeitando o belo bolo. Um enorme Bolo em glacê de mármore, com desenhos feitos a chocolate derretido.
Márcia: Bom dia meus amores. Bom dia aniversariante. -Kauãn sorrio.
Bruna: Bom dia tia.
Felipe: Bom dia. -ele sorriu.
Sentamos na mesa tomamos nosso café da manhã, e assim que terminamos fomos nos levantando.
Márcia: Vocês chegaram antes da festa né ?
Felipe: Sim mãe.
Márcia: Ok, cuidado vocês 3.
Minha tia beijou a testa de cada um de nos, eu apenas tentei sorri.
Fomos indo em direção a porta, o telefone tocou, eu olhei pra trás, e de repente senti um calafrio em minha barriga, minha tia correu pra atender, Fê me olhou, com Kãuan em seus braços.
Felipe: Vamos Bru ?
Eu não consegui me mexer, mesmo querendo eu não conseguia era inevitável, o porque estava acontecendo aquilo ? eu fiquei muda de repente, no mesmo momento minha tia tirou o telefone de seu ouvido.
Márcia: Bruna -ela olhou pra mim- telefone pra você.
Sem eu saber, eu tremi meu movimentos voltaram e eu pude andar, eu fui me aproximando, peguei o telefone era Débora...
Bruna estava no telefone, enquanto Felipe permanecia na porta olhando cada movimento de seus lábios, Márcia ainda estava ocupada com o bolo de repente, as falas de Bruna no telefone começaram a ser mais nervosa.
Bruna: NÃO. -ela gritou.
Todos olharam pra ela sem entender, Bruna deixou o telefone cair,e foi deslizando até o chão, Felipe rapidamente correu até sua mãe entregou Kãuan, e foi indo até Bruna e abraçou ela.
Felipe: O que houve ?
Bruna: Fê.. me desculpe.
Bruna chorava sem parar, soluços saiam de sua garganta sem ela querer.
Felipe: O que houve me fala amor ?
Felipe estava ficando nervoso, o que estaria acontecendo, o que teria dito na ligação pra ter deixado ela assim ?
Bruna: Eu preciso ir pra casa da minha mãe agora. -ela limpou seu rosto.
Felipe: Porque ?
Bruna: Eu preciso ir, o mais rápido.
Felipe: Ta ta -Bruna se levantou.
Bruna: Agora.
Felipe não estava preocupado com o encontro com seu pai, alias naquele momento ele tinha até esquecido.
Felipe: Eu vou lá em cima pegar o dinheiro pra comprar a passagem pra lá. -ele foi saindo.
Bruna correu para o lado de sua tia e beijou o rosto de Kauãn
Bruna: Fica bem, mamãe não vai demorar eu prometo. -ela sussurrou.
Felipe veio descendo as escadas rapidamente com dois casacos em sua mão , pegou na mão de Bruna,e foram saindo as pressas.
Márcia: Proteja eles meu Deus -ela pensou- eu espero que não tenha sido nada de grave esse telefonema.
Eu e Felipe já havíamos chegado no aeroporto, eu estava nervosa, eu não parava de chorar minha vida poderia estar a ponto de desabar, não demorou muito até fê vim correndo com as passagens em sua mão.
Felipe: Daqui a 15 minutos.
Bruna :Não. É muita coisa Fê.
Felipe: Se acalma, a unica coisa que a gente pode fazer é esperar.
Bruna: Ok.
Felipe: Me explica o que foi aquilo ? O que esta acontecendo ?
Bruna: Sabe os arrepios? Calafrios? Sensação ruim ?
Felipe: Sim.
Bruna: Eu estava certa, eu não estava enganada.
Felipe: Seja mais direta.
Bruna: Alguma coisa aconteceu com minha mãe, ela precisa de mim, nesse momento.
Felipe: Tem certeza?
Bruna: Sim.
Na mesma hora anunciou o avião que iriamos partir, fomos bem rápidos, já estavamos no avião pronto pra decolar.
Horas se passaram...
Eu tinha adormecido nos braços de Fê, fui abrindo meus olhos bem devagar, ele estava olhando o lado de fora daquele avião, eu peguei meu celular, e tentei olhar meu rosto, ele estava vermelho, enxado, apavorante.
Bruna: Vai demorar muito pra chegar ?
Felipe: Não. -ele sorriu.
Assim que chegamos, fomos descendo. Estava bastante Frio, flocos de neve caindo sobre nossa pele, eu estava morrendo de frio, Fê me dêu um dos casacos e vestiu o outro, ele me abraçou enquanto eu pegava meu celular.
Bruna: Débora aonde vocês estão ?
Débora: Se acalma Bru, você tem que ser forte.
Bruna: Aonde vocês estão ?
Debora: No hospital a 2 quarterões depois do centro.
Bruna: Ok.
-ligação finalizada-
Na saida do aeroporto,Fê e eu pegamos um taxi, e fomos indo até o hospital demoramos um pouco até chegar no hospital, pra mim a gente havia perdido muito tempo eu sai correndo desesperada procurando Débora pelo corredor daquele hospital, Fê veio vindo logo atras em passos leves, depois de correr bastante eu acabei achando o marido de minha mãe,ele se chamava 'Rafael' ele viu meu desespero e me abraçou, naquele momento eu estava fragil e acabei retribuindo o abraço dele, Débora logo apareceu e me abraçou ainda agarrada em meu padrasto,Débora e eu choravamos bastante.
Bruna: O que ela tem ? -Débora olhou.
Débora: Eu falo ou você fala tio ?
Rafael: Deixa que eu falo, você esta nervosa.
Bruna: Me fale, sem mentiras.
Rafael: Já faz alguns dias que sua mãe esta nesse hospital, não te avisamos porque  não queriamos te preocupar, pensamos que fosse alguma coisinha de nada, mas sua mãe esta doente,
Bruna: Como ? Ela nunca me disse isso. -
Rafael: Nós tambem descobrimos agora, eu acho que até ela não sabia.
Bruna: Exames ?
Rafael: Não encontramos nenhum, ligamos para todos os médicos dela, e eles disseram que após a morte de seu pai nunca mais sua mãe apareceu pra alguma consulta.
Fê me puxou para seu braços, me apertando contra seu peito.
Felipe: Tudo vai ficar bem Bru. -ele sussurrou.
Bruna: Mais o que ?
Rafael: Só isso que a gente sabe, estamos aguardando os médicos.
O silêncio ocupou o nosso espaço.Fê me levou pra tomar agua.
Eu não consegui tomar a agua, minha cabeça não parava de pensar coisas e mais coisas.
Bruna: Fê, ela não pode ir embora.
Felipe: Vamos esperar, caso isso aconteça é porque deus quis assim.
Bruna: Ele não pode fazer isso comigo, ja não basta oque eu sofri ? Será que eu mereço tanto sofrimento?
Felipe: Para de pensar coisas idiotas.
Ficamos por algum tempo abraçados no corredor daquele hospital, o silêncio foi interrompido quando Débora veio correndo com um enorme sorriso em seu rosto.
Débora: Bruna, o médico disse que minha tia quer ver você. -eu olhei para Fê.
Felipe: Vai lá. -ele sussurrou.
Eu fiz o que ele disse, Débora foi me levando até o quarto onde minha mãe estava, ela me deixou sozinha, eu fui entrando vendo ela com todos aqueles fios agarrados em seu corpo, ela estava olhando pro teto em silêncio, eu me aproximei segurei em sua mão, já chorando '
Lucia: Minha pequena. -ela sussurrou. -Sua voz estava fraca, sem vida.
Bruna: Mãe.
Lucia: Eu não queria que estivesse acontecendo isso, eu só quero que você sabia que eu te amo demais.
Bruna: Porque você esta me dizendo isso ?
Lucia: Eu sinto que estou morrendo.
Bruna: Para , isso não vai acontecer.
Lucia: A qualquer momento, a qualquer dia, a qualquer hora minha pequena.
Bruna: Não.
Lucia: Me dê um abraço, deixa eu te sentir nem que seja pela ultima vez. -eu abracei ela.
Bruna: Você vai ficar bem.
Ela tentou respirar fundo,mas sua respiração falhou, e então começou a tossir sem controle, eu comecei gritar chamando os médicos, os médicos rapidamente entraram no quarto, eu segurei na mão de um deles.
Bruna: SALVE A MINHA MÃE, NÃO DEIXE ELA IR POR FAVOR. -eu gritei.
Medico: Eu vou fazer o que estiver em meu alcance.
Fê entrou no quarto e me abraçou, eu via os Medicos tentando salvar a vida dela.
Bruna: NÃO FAZ ISSO COMIGO, NÃO FAZ IGUAL AO MEU PAI. -eu gritei.
Eu vi os olhos dela fechando bem lentamente.
Bruna: Não me deixa. -eu estiquei meu braço.
Lucia: Eu amo vo.. -ela sussurrou- e derrepente seu coração parou de bater.
As ultimas palavras dela que ela não conseguiu completar, eu comecei a gritar.
Fê me tirou daquele quarto,tentando me manter calma, eu não conseguia parar de chorar.
Felipe: Bru.
Bruna:ELES NÃO FIZERAM NADA, ELES NÃO IMPEDIRAM. -eu gritei.
Felipe: Bruna, escuta, quando é pra ser não adianta.
Bruna: Perdi meu chão, o que será de mim agora?
Felipe: Ou, você ainda tem a mim, nosso filho, minha mãe, suas amigas você ainda tem nós, eu não admito que você faça como se a gente não existisse na sua vida, como se eu não existisse.
Bruna: Não foi bem isso que eu quis dizer, eu preciso de você agora mais que nunca, me abrace forte.
Fê colocou minha cabeça em seu peito de repente eu senti o peso de uma mão sobre meu ombro, eu levantei a cabeça, olhei me soltei do Fê e Débora me deu um abraço apertado, choramos.
Como seria contar tudo isso para Kauãn daqui a alguns anos ?
Eu não conseguia pensar em mais nada, a dor era maior dentro do meu peito.
Rafael: Débora, será que eu posso falar com a Bruna 1 minuto ?
Débora limpou o rosto e olhou para meu padrasto.
Débora: Oh, claro.
Débora me soltou e foi andando pelo corredor, meu padrasto me abraçou forte, e eu não pude me conter eu parecia uma manteiga em um sol escaldante.
Rafael: Eu talvez não consiga chegar a ponto de sentir o que você esta sentindo nesse momento, eu estou aqui, sua mãe se foi -ele chorou- mas nós ainda estamos aqui e vamos cuidar de você como ela sempre cuidou.
Eu podia perceber que tudo que eu imaginava do meu padrasto era totalmente diferente, as palavras dele não era dita da boca pra fora, eu sentia a força, a sinceridade em suas palavras, ainda abraçada nele eu não consegui dizer mais de uma palavra.
Bruna: Obrigada. -eu sussurrei.
Rafael: Amanhã será o enterro, é melhor você acompanhar Débora e seu namorado até a casa e descansar.
Bruna: NÃO -eu gritei- eu não quero desgrudar de minha mãe , eu quero ficar perto dela mesmo que seja apenas nesse momento.
Rafael: Bruna você não pode. -ele me soltou ,eu me encostei na parede e me agachei.
Bruna: Não quero saber, mesmo que lá naquele quarto, naquela cama, exista apenas um cadáver sem vida, pra mim é minha mãe que ainda esta ali, por favor me deixe ficar Rafael. -eu olhei pra ele.
Fê veio vindo no corredor em passos leves.
Felipe: Do outro corredor eu pude ouvir o som da voz de bruna.
Rafael: Ela não quer ir pra casa descansar, ela quer ficar ao lado de sua mãe, eu estou mandando ela ir eu sei o que eu estou pedindo , eu sei o que eu estou dizendo.
Fê se agachou perto de mim ,e encostou sua cabeça em minha cabeça.
Felipe: Bru, não vai adiantar você ficar aqui, sem pirraças vem comigo.
Fê me levantou e me abraçou.
Bruna: Eu não posso ir, eu preciso ficar.
Felipe: Eu já disse não adianta, vamos. -fomos andando.
Pelos corredores encontramos Débora que tambem veio junto conosco, assim que chegamos na porta do hospital, eu tentei me soltar de Fê e correr pra dentro daquele hospital, me esconder em qualquer canto impedindo de ficar longe de minha mãe, mas não consegui, Fê era mais forte e eu tinha a certeza que ele estava pronto pra usar toda sua força a qualquer momento, mesmo que me machucasse. Débora parou um taxi, entramos. Enquanto o carro já estava andando eu olhava pela janela, olhando cada pinheiro coberto de neve ao lado de fora, Fê colocou sua mão no meu queixo me fazendo olhar para seu rosto, ele olhou em meus olhos sem piscar.
Felipe: Seja forte.
Bruna: Eu vou ser forte, é a segunda vez que acontece isso.
Bruna: Eu nunca quero te perder tambem, eu não sei o que seria de mim se não tivesse você comigo nesse momento. -Fê me beijou e me abraçou.
Bruna: Felipe, me promete que independente de qualquer coisa você nunca irá me deixar? -Fê riu, e segurou meu rosto.
Felipe: Amor, eu nunca vou te deixar você o ar que eu respiro, o desejo de viver, fica tranquila eu vou cuidar de você e de nosso filho, pra sempre eternamente. -ele sorriu.
Assim que chegamos, Fê me retirou do carro e fomos andando enquanto minha prima pagava o táxi, assim que entrei na casa, o cheiro as decorações tudo tinha haver com minha mãe, Fê apertou meu ombro forte, e fomos subindo as 2 enormes escadas, eu corri em direção a porta de seu quarto.
Felipe: BRUNA! -ele gritou.
Eu ignorei meu namorado, e entrei no quarto, olhei ao redor fotos de minha mãe abraçada com alguns familiares e uma nossa em cima da tv em destaque, eu dando um selinho nela, eu peguei o porta retrato, me deitei na cama e abracei ele, as lagrimas caindo molhando o lençol, Fê foi entrando no quarto e se sentou ao meu lado colocando sua mão em meu rosto.
Bruna: Eu já sinto a falta dela Fê, eu não merecia isso.
Minha tia já sabia de tudo, de tudo que havia acontecido alias, eles já estavam a caminho, eu iria ver meu bebê, poder toca-lo, senti-lo pertinho de mim.
Horas e horas se passaram, eu estava agarrada em Fê, enquanto ele dormia, eu não conseguia dormir, sono não havia, levantei varias vezes de madrugada, olhando pela janela nada pra ocupar o tempo, o silêncio naquela casa todos dormiam apenas eu acordada.

domingo, 3 de novembro de 2013

32° Capítulo

1 mês depois.
Kauãn estava crescendo, estava ficando levado... Era de madrugada eu e Fê estávamos dormindo quando ouvimos Kauãn chorar e gritar, Felipe começou a me cutucar, até que eu acordei.
Felipe: Bruna vai lá, eu quero dormi cara.
Bruna: Ah Fê vai lá.
Felipe: Ta de graça né? Pode indo.
Bruna: Custa você ir?
Ele não respondeu e eu tive que me levantar, fui indo até o quarto de Kauãn, peguei ele no colo e comecei a dar de mamar a ele, ele estava com fome apenas, ele dormiu ainda agarrado no meu seio, eu tirei a boquinha dele, e deitei ele no berço, eu estava morrendo de sono ,voltei pro meu quarto.
Felipe: O que era ?
Bruna: Fome. -eu me deitei, Felipe voltou a dormi.
Bruna: E você nem pra levantar né ?
Eu reparei que estava falando sozinha, então resolvi voltar a dormir também. Horas se passaram, quando abri meus olhos, já estava um sol ao lado de fora do meu quarto, Fê ainda dormia, eu me levantei, fui fazer minha higiene e logo depois fui indo até o quarto de Kauãn, olhei o berço e ele ainda estava dormindo, aproveitei pra ficar olhando ele, Kauãn se mexeu, e abriu seus olhinhos, sua boquinha linda, ele deu um sorriso pra mim toda vez que ele me via ele ria, talvez ele já soubesse que eu sou a mãe dele, ele ficou me olhando, e eu coloquei minha mão na bochecha dele, ele balançava suas perninhas, como se tivesse gostando, peguei ele no colo, comecei a cheirar o pescoço dele e ele apenas ria, sua pequena mãozinha no meu rosto, ele sorria, Kauãn começou a puxar minha blusa, e eu já sabia o que ele queria, fui saindo do quarto com ele em meu colo, desci as escadas e assim que cheguei na sala coloquei Kauãn em seu carrinho, e fui indo até a cozinha preparar sua mamadeira, ele já chorava. Em questão de segundos eu já estava na sala com a mamadeira, me sentei no sofá, tirei ele do carrinho deitei ele em meu colo, e coloquei a mamadeira em sua boca.
Felipe: Aonde você vai?
Bruna: Hoje tem médica dele.
Felipe: Hum tu vai levar ele no colo ou no carrinho ?
Bruna: Tu vai me levar de moto. -eu sorri.
Felipe: Nem vem. -ele foi se levantando.
Bruna: O que custa ? Eu não quero ir a pé Fê.
Felipe: Ah Bru, na moral nem vô.
Bruna: Por favor.
Sempre que eu pedia por favor Fê não conseguia negar, eu me aproveitava, Fê então iria me levar, tomou seu banho se arrumou, pegou a chave da moto.
Felipe: Vamos.
Bruna: Espera. -eu me aproximei dele, com um de meus braços segurando Kauãn , com o outro eu coloquei em volta ao pescoço dele, e beijei ele, Kauãn olhava assustado com aquilo, assim que terminamos nosso beijo e vimos a cara de Kauãn começamos a rir, eu dei um beijo na bochecha dele, e abracei ele forte.
Bruna: Ele viu e ficou assustado. -eu ri, Felipe riu.
Fê colocou sua mão sobre minha cintura e fomos descendo as escadas e indo em direção a porta. Fê subiu na moto, e eu também. Kauãn estava quietinho, apenas brincando com sua pulseira em seu pulso, Fê ligou a moto e logo saímos dali, Fê me deixou na clinica, e foi embora.
Felipe estava correndo em sua moto, até que viu Ana atravessando a rua, ele aumentou a velocidade "Você já era" -ele pensou.
Assim que Ana viu que a moto vinham em alta velocidade , ela correu pra calçada.
Ana: DESGRAÇADO -ela gritou.
Ana não tinha percebido que era Felipe que estava na moto, e então continuou caminhando.
Felipe: NA PRÓXIMA EU PASSO POR CIMA. -ele gritou.
Assim que Felipe chegou em casa desceu da moto e entrou, foi pra cozinha, o café já estava pronto e já tinha gente na mesa, Márcia e Pedro tomavam café.
Márcia: Bom dia meu filho.
Pedro: Bom dia Felipe.
Felipe: Bom dia pra vocês.
Márcia: Acordei e não ouvi o choro de Kauãn. -ela riu.
Felipe: Ah, Bru foi levar ele na clinica.
Pedro: Aconteceu algo ? -ele sussurrou.
Felipe: Não, hoje era o dia marcado pra uma avaliação. -ele sorriu.
Márcia: Ok, venha tomar café querido.
Felipe se sentou e começou a tomar seu café da manhã, assim que Felipe terminou se levantou, e foi indo em direção a porta, Márcia estava na cozinha e viu quando Felipe ia saindo.
Márcia: Lipe, onde vai querido?
Felipe: Vou da um rolé mãe, vou ver a paisagem. -ele sorriu.
Márcia: Hum, vigia hein?
Felipe: Jaé. -ele foi saindo.
Felipe pegou sua moto, e foi indo pra casa de Caio, chegando lá na porta da casa dele, tinha varias garotas,
provavelmente Juliane não estava por ali, do jeito que estava cheio de mulher, era obvio que ela não estava, Felipe foi se aproximando parou a moto e desceu, foi andando até perto de Caio e puxou ele.
Felipe: Vem cá cara. -ele sussurrou.
Caio: Aalaê.
Felipe: A Ju sabe disso? Sabe do que esta rolando por aqui?
Caio: O que você acha parceiro? Segredinho nosso, essas minas apareceram de repente, acho que caíram do céu na moral. -Felipe riu.
Caio: Vamos lá conhecer aquelas gracinhas. -ele sorriu.
Felipe: É né, vamos.
Caio e Felipe foram chegaram perto das meninas.
Caio: Esse aqui é Felipe o pegador da parada. -ele riu.
Felipe: Ex. -ele sorriu.
Uma delas veio se aproximando, e colocou sua mão no ombro de Felipe.
xx: Porque ex ? Você tem cara de pegador mesmo e daqueles que não é de deixar nenhuma reclamar depois. -Felipe sorriu sem graça.
Caio: E aê viado ? -ele riu.
Felipe: Cara.
xx: Não precisa ficar sem graça, estamos entre amigos, Lindo. -ela sorriu- desculpe esqueci de me apresentar, me chamo Daniele. -ela estendeu a mão.
Felipe: Prazer. -ele pegou em sua mão.
Daniele: Hum, não mereço um beijo no rosto ?
Felipe: Pô.
Daniele: Eu sei que você quer. -Daniele beijou o rosto de Felipe.
Daniele: Hum cheiroso. -ela sussurrou, Felipe afastou a menina.
Felipe: Facilita aê, eu tenho namorada.
Daniele: Eu não sou ciumenta.
Felipe: Mas ela é.
Daniele: Hum, ela tem motivo, você é.. Deixa quieto. -Daniele foi andando.
Daniele: Caio amorzinho, estou indo.
Caio: Já ? Nem curtiu.
Daniele: Curtir o que? Seu amiguinho parece que não bateu muito com meu perfil baby. -ela sorriu.
Caio: Putz.
Daniele: Não precisa falar nada, eu não sou de insistir até porque homem é só eu estalar os dedos, e estou com vários ao meu redor.
"Poderosa" -caio pensou.
Daniele: Meninas vamos.
Caio: Pô,vai levar as delicias.
Daniele Foi andando com as outras meninas, Caio foi indo na direção de Felipe enquanto ele olhava Daniele.
Caio: Cara, tu dispensou a Mina? Não acredito.
Felipe: Véy, ela é linda mas bora pensar juntos, Bruna ia ficar com bastante ódio se me visse com ela ta ligado ?
Caio: Vocês nem estava fazendo nada demais brother.
Felipe: Ainda. -ele sorriu.
Caio: Só um beijinho eu sei que você queria.
Felipe: Só um beijinho? Sexo rapá, a mina gostosa me dando mole. Mas não vou repetir o erro novamente, não quero perder ela de vez, Kauãn esta ai, se eu não der respeito o que o moleque vai pensar.
Caio: Jaé, Jaé. -ele riu.
Felipe: Bora Jogar um Fut ?
Caio: Pô tem que ver com os leks.
Caio e Felipe subiram em suas motos e saíram dali, Bruna já tinha saído da clinica, vinha caminhando com Kãuan em seu colo, Kãuan olhava por cada lugar que ele passava, cada casa que via, cada pessoa, Bruna de longe viu Ju virando a rua.
Bruna: JU -ela gritou.
Ju olhou rapidamente procurando quem a chamava.
Bruna: Aqui. -eu acenei, Ju logo me avistou e veio caminhando.
Ju: Eu nem tinha te visto cara. -ela sorriu.
Ju: Deixa eu ver meu afilhado mais gostoso. -Bruna riu.
Bruna entregou Kauãn a Juliane e elas foram caminhando
Ju: De onde esta vindo?
Bruna: Da clinica, hoje tinha consulta dele.
Ju: Ah, e porque Lipe não veio pegar vocês?
Bruna: Ele nem queria me trazer.
Ju: Da sorte que ele não ta pesando ainda.
Bruna: Aé. -eu sorri.
Fomos pra casa.

7 meses depois.
Era de tarde, a casa estava um silêncio, todos estavam trabalhando, Kauãn estava dormindo e eu arrumando algumas roupas, Kauãn acordou, mas não chorou, assim que eu terminei de arrumar as roupas fui olhar ele no berço, ele estava com seus dedinhos na boca eu até estranhei o silêncio, talvez porque ele estava distraído com sua mão, ele me olhou e eu peguei ele no colo.
Bruna: Gostoso da mamãe. -eu beijei o rosto dele, ele riu.
Levei ele pro banheiro dei um banho nele, deixei ele todo arrumadinho e cheiroso, fui me aproximando da cama coloquei ele sentado e me deitei ao lado dele, peguei a revista e comecei a ler, Kauãn começou a puxar meu cabelo.
Bruna: Para filho.
Depois de alguns minutos.
Bruna: Para Kauãn, eu vou te bater.
Ele continuo puxando, eu já estava ficando irritada, eu tirei a mão dele do meu cabelo, olhei pra ele, e dei um tapinha em sua mão, ele começou a chorar.
Bruna: Não pode fazer isso amor, é feio
Eu me levantei , e fui indo até o berço, peguei a chupeta, me aproximei e coloquei na boca dele, ele tirou.
Bruna:ENTÃO FICA CHORANDO. -eu gritei.
Me sentei e continuei lendo a revista, eu sabia que uma hora ele ia parar de chorar, ele estava muito mimado e chorava por qualquer coisa, depois de um belo tempo, Fê entrou no quarto , com sua mochila nas costas e algo em sua mão.
Felipe: E AÊ MOLEQUE? -ele gritou.
Kauãn logo sorriu pra ele, ele chegou perto de mim, me deu um selinho e foi se aproximando de Kauãn, deu um beijo nele, tirou sua mochila e me puxou.
Felipe: Você, vem cá. -ele beijou meu pescoço.
Bruna: Você ta suado Fê. -Felipe riu.
Felipe: Homem trabalhador é assim.
Fê me encostou na parede, me pressionou e começou a me beijar, eu não resistia aos beijos dele, e por um momento eu esqueci que Kauãn estava ali sozinho.
Bruna: Para Para, Kauãn esta sozinho.
Felipe: Pô Bru, to fervendo aqui, carentinho.
Bruna: Fê só faz 3 dias que estamos sem transar.
Felipe: 3 dias ? Eu sei que eu aguentei por alguns meses, meu dilema é sexo toda hora, sempre fui acostumado assim até te encontrar.
Bruna: Eu sei eu sei, a gente resolve mais tarde. -eu sorri.
Felipe: Papo reto ? Ou ta de k.o ?
Bruna: To falando sério, bobinho. -selinho.
Felipe: Jaé então.
Bruna: Pode me soltar agora ?
Fê me soltou, e foi indo pro banheiro, quando olhei pro Kãuan, Fê tinha dado um pacote de biscoito de chocolate, Kauãn estava todo sujo.
Bruna: Ah Kãuan. -eu me aproximei.
Fê estava tomando banho.
Bruna: Fê ele estava todo limpinho tinha acabado de tomar banho, pqp você é foda.
Felipe: AH BRU, PARA DE GRAÇA. -ele gritou.
Eu peguei Kauãn no colo, e comecei a troca-lo, horas se passaram era de noite, estávamos no quarto de Fê, ele estava deitado na cama, eu estava sentada ao seu lado com Kauãn no colo, com a boca agarrada na mamadeira, quando olhei Kauãn estava adormecido em meus braços, seu rostinho lindo igual do pai, sua boquinha sexy, eu estava com preguiça de levar ele até seu quartinho, deitei ele na cama.
Felipe: Ele vai dormi aê ?
Bruna: Não, é que to com preguiça .
Felipe: Hum.
Eu me levantei, fui até o banheiro, voltei e fui me aproximando de Fê, me deitei em cima dele, Fê começou a morder meus lábios, eu estava começando a gostar, ele colocou sua mão sobre minha cintura, e começou a pressionar nossos corpos, eu já sentia o volume se formando lentamente, Fê mordeu meu pescoço, eu já me arrepiava, colocou sua mão por dentro de minha camisola, e indo diretamente até minha bunda, apertando de leve, eu apenas soltava suspiros, Fê começou a abaixar minha calcinha, e me virou ficando por cima, abriu minha pernas e começou a passar a mão pela minha bct, que já estava ficando molhadinha. Ele me olhou e piscou, eu ri. Fê foi enfiando um de seus dedos, e eu já gemia baixinho, enquanto uma mão estava ocupada, com a outra ele alisava minhas pernas, e ia subindo a mão até meus seios, aperta daqui aperta de lá, mordidinhas de leve me fazendo delirar, tirei sua bermuda e sua cueca.
Bruna: Vai demorar muito ? -eu falei num suspiro.
Felipe: '-'
Fê foi enfiando com tudo dentro de mim, eu gemi, eu ia arranhando as costas dele toda, ele segurou em meu queixo.
Felipe: Assim tu vai arrancar minha pele fora. -ele sorriu, eu ri.
Bruna: Ah, já viu a força que você ta? -eu pisquei.
Felipe: É assim que você gosta, acho que só os virgens de primeira que vai devagar, ta ligado?
Bruna: Oh claro. -eu ri.
Felipe: Na moral.
Eu coloquei meu dedo entre seus lábios.
Bruna: Seja bonzinho. -retirei meu dedo.
Felipe: Não gosto de ser bonzinho na cama, já era pra você ter se acostumado.
Bruna: Eu...
Felipe: Fica quieta jaé ? -ele sorriu.
Fê voltou a enfiar em mim, eu soltava gritinhos abafados, Kauãn estava dormindo ao nosso lado, enquanto a putaria rolava solta depois de alguns minutos Fê foi tirando seu membro de dentro de mim, e me virou me colocando na melhor posição, levei um tapão na bunda , Fê sabia ser agressivo, ele puxou meu cabelo, e colocou seu membro novamente dentro de mim, eu dava umas reboladinhas, enquanto ele metia sem dó,todo o prazer tomando conta do meu corpo, meu corpo já estava molhado de suor, Fê foi tirando seu membro , e não demorou muito pra gozar, eu estava exausta, Fê acabou caindo no chão, e ficou deitado.
Eu ri baixinho e Kauãn chorou. "era o que faltava" -eu pensei- eu olhei pra ele, alisei seu rostinho, ele estava com fome, mais eu estava suada, ele chorava, Fê já estava no banho, eu me levantei coloquei minha camisola, peguei Kauãn no colo e fui descendo as escadas até a cozinha, e peguei a mamadeira que já estava pronta. Fui indo pro quarto novamente, quando entrei Fê estava sentado na cama, se secando, coloquei Kauãn ao seu lado, e fui indo para o banheiro, tomei meu banho, e assim que sai, Fê estava dormindo com Kauãn segurando em sua orelha, era fofo, eu me deitei na cama, Kauãn no meio entre nós e adormeci.