segunda-feira, 28 de outubro de 2013

24° Capítulo

Já era de manhã quando Márcia se levantou fez sua higiene e preparou o café da manhã, ela sempre anotava as coisas e prendia na geladeira, enquanto passava perto da geladeira ela viu o papelzinho azul claro, pendurado marcando que hoje era sexta-feira dia de faxina na casa.
Márcia: Eu tinha até me esquecido -ela tirou o papel, arrumou toda a cozinha deixando só o café da manhã sobre a mesa, limpou o banheiro e foi subindo as escadas até o quarto pra acordar Bruna, ela não estava lá, então Márcia foi até o quarto de Felipe, abriu a porta devagar, entrou pegou a tigela que estava em cima da mesa do pc, se aproximou de Bruna e Felipe.
Márcia: Já esta na hora de acordar mocinhos. -Felipe abriu os olhos.
Felipe: Que horas são mãe?
Márcia: Já é quase meio-dia.
Felipe: Que isso?
Márcia: Você não trabalha hoje?
Felipe: Sim, mais só a tarde. -ele abraçou Bruna, ela ainda estava dormindo.
Márcia: Levantem crianças. -Bruna acordou.
Bruna: Ah tia, só mais um pouco to com sono. -ela sussurrou.
Márcia: Ninguém mandou vocês dormirem tarde, eu quero arrumar essa bagunça aqui. -ela foi saindo, meu corpo estava cansado eu estava com muito sono, Fê  voltou a dormi, eu então me levantei e fui direto pro banheiro fazer minha higiene, assim que terminei prendi meus cabelos, fui até meu quarto coloquei uma bermudinha e uma blusinha que aparecia a barriguinha, voltei pro quarto do Fê e corri pra cama .
Bruna: Fê bora levanta. -eu dei uma mordida nas costas dele.
Felipe: Bruna, ainda não sou comestível. -ele virou e me abraçou bem forte.
Bruna: Quer me quebrar bobão ?
Ele riu e me soltou, ele se levantou indo direto pro banheiro, eu fui saindo do quarto, e indo até as escadas, assim que eu desci fui indo até a mesa, me sentei e comecei a comer logo depois, Fê estava descendo as escadas enquanto minha tia arrumava a sala.
Felipe: VAI MARINETE QUERO TUDO LIMPINHO. -ele gritou e começou a rir, Felipe foi indo até a cozinha, sentou na mesa ao meu lado e começou a beliscar algumas coisas, todas as torradas que eu colocava em meu prato Fê pegava e enfiava na boca .
Bruna: Você não vai me deixar comer é isso ? -fui colocando a torrada no prato, Fê apenas sorriu e pegou a minha torrada.
Bruna: PARA FÊ, QUE SACO. -eu gritei-
Felipe: Uui, ela acordou mal humorada, era pra mim ter acordado mal humorado não você. -ele se levantou e abraçou Bruna, deu alguns beijinhos no rosto dela.
Bruna: Porque você deveria acordar mal humorado ?
Felipe: Pensa um pouquinho que logo você terá a resposta.
Bruna: Senta e vai comer Fê. -ela olhou pra ele.
Felipe: Não , já vou tomar um banho. -ele pegou a torrada e foi saindo.
Bruna: BEEEEEEESTA. -eu joguei a colher nele.
Felipe: Só não mando de volta porque não quero te machucar. -ele sorriu, eu ri e voltei a tomar meu café, assim que terminei de comer me levantei e fui saindo da cozinha indo em direção as escadas.
Bruna: Tia , eu vou recolher as roupas sujas pra lavar ok ?
Márcia: Ok minha querida.
Eu sorri e fui subindo as escadas, primeiro passei pelo meu quarto peguei algumas roupas minhas e do Fê que estavam sujas e jogadas, em seguida fui até o quarto dele, Fê estava tomando banho, peguei várias roupas dele e depois fui até o banheiro verificar se tinha mais alguma.
Bruna: Meu Deus, quanta roupa hein Fê. -Fê abriu a porta do box e me olhou.
Felipe: Tenho que sempre esta cheiroso pra você, se eu não tomar banho você vai reclamar.
Bruna: Ah. -eu fui saindo do banheiro e indo em direção a porta, sai do quarto dele e fui indo no quarto da minha tia, peguei algumas roupas dela e do namorado dela e fui indo até a varandinha jogar toda aquelas roupas na máquina, o único esforço que eu iria fazer era pendura-las na corda, fui jogando as roupas, colocando o sabão em pó e fechando a maquina, eu comecei a sentir umas dores bem fraquinhas, eu não dei importância, poderia não ser nada demais, eu estava bem, talvez só um mal estar pelo calor que estava fazendo hoje. Sai dali, e fui indo pelo corredor até chegar nas escadas, na hora Fê estava saindo de seu quarto todo arrumadinho.
Felipe: Bru você esta se sentindo bem ?
Bruna:Sim.
Felipe: Tem certeza ?
Bruna: Não, eu senti uma certa dor bem leve enquanto eu estava colocando as roupas pra lavar.
Felipe: Vem cá. -ele passou seus braços em minha cintura e foi descendo as escadas comigo.
Minha tia estava assistindo televisão, e assim que me viu.
Marcia: Bruna minha querida, você não parece bem oque houve ?
Bruna: Só um mal estar, já passou.
Felipe: Mãe você acha melhor levar ela na médica ?
Bruna: Não precisa.
Felipe: Mãe você sabe como Bruna é teimosa.
Marcia: Calma Felipe, eu vou pegar um copo de aguá pra ela, vá sentando ela no sofá.
Fê foi me levando, me sentou no sofá e logo em seguida se sentou ao lado, e passando um de seus dedos em meus cabelos, minha tia logo veio com a aguá.
Márcia: Toma Bru.
Eu peguei o copo e fui bebendo toda a aguá, Fê me olhava sem piscar.
Felipe: Pronto agora vamos chamar a porra da médica.
Márcia: Felipe meu filho, se acalme... Bru você esta se sentindo bem ?
Felipe: Você sabe muito bem que ela vai falar que esta tudo bem .
Bruna: Eu estou bem.
Felipe: Viu oque eu disse? -ele foi pegando o celular.
Bruna: É serio eu estou bem.
Márcia: Lipe ela já disse que esta bem, pra que ela iria mentir colocando em risco a vida do bebê?
Felipe: Ta bom. -ele colocou o celular no bolso.
Márcia: Você tem certeza que esta bem né ?
Bruna: Sim tia.
Márcia: Ok então. -ela foi saindo.
Bruna: Aonde você vai Fê?
Felipe: Trabalhar ué.
Bruna: Assim todo arrumadinho?
Felipe: Vai começar?
Bruna: Não. -eu me aproximei de seu rosto perfeito e beijei ele, paramos nosso simples beijo entre selinhos demorados.
Felipe: To indo. -ele colocou sua mão em minha barriga.
Felipe: Não apronta com a mamãe hein moleque. -ele sorriu.
Bruna: Eu já disse que vai ser uma moleca. -eu ri.
Felipe: Fica na sua rapá. - selinho, ele foi se levantando e indo em direção a porta, logo saiu, eu me levantei.
Bruna: TIIIIIIIIIIA. -eu gritei, minha tia veio correndo.
Márcia: O que meu bem ?
Bruna: Preciso de dinheiro.
Márcia: Aonde você vai?
Bruna: Vou até a banca comprar uma coisa.
Márcia: Porque não pede pro Lipe trazer?
Bruna: Ele já foi, e eu preciso comprar agora.
Márcia: Você esta bem pra poder ir lá?
Bruna: Sim tia, eu já estou bem.
Ela foi até a cozinha e logo em seguida voltou.
Márcia: Toma. -ela colocou o dinheiro em minha mão.
Bruna: Obrigada. -eu beijei a bochecha dela e logo fui indo até a porta.
Marcia: Bruna. -ela gritou.
Bruna: Oi? -eu me virei.
Marcia: Cuidado, ta levando o celular?
Bruna: Sim tia, eu não demoro.
Eu menti pra ela, eu não sabia onde estava o celular, fui caminhando ate a banca que não era tão longe
o calor estava demais, eu já estava suando, assim que cheguei na banca.
Bruna: Ér moço eu quero aquela revista que esta ali pendurada. -eu sorri.
vendedor: Qual delas linda ?
Bruna: Ah de gravidez. -o vendedor me olhou meio estranho, e pegou a revista.
Bruna: Quanto é ?
Vendedor: 5,50 mas pra você eu faço por 5,00.
"o que ele pretendia me cobrando 50 centavos a menos?"
Bruna: Aqui esta 5,50. -eu coloquei o dinheiro em sua mão que estava aberta, assim que eu coloquei o dinheiro, e ele segurou minha mão com bastante cuidado, eu estava a espera da revista , eu já tinha pagado o vendedor soltou minha mão e foi saindo de onde estava e veio até perto de mim.
Vendedor: Aqui esta. -ele me entregou a revista, assim que eu virei , ele me olhou de cima a baixo e em seguida voltou seu olhar em meu olhos, deu um sorrisinho sem graça, e voltou pro lugar onde atendia as pessoas. "Que idiota" -eu pensei e fui caminhando de volta pra casa, no caminho encontrei Diego ele estava com uma garota, moreninha cabelo curtinho, quando ele me viu, me olhou e sorriu, a garota não gostou muito de ver Di largando ela pra vim falar comigo.
Diego: Bruna. -ele veio vindo até mim.
Bruna: Oi Di. -eu sorri.
Diego: Não foi pra escola né?
Bruna: Ah é, eu estava com preguiça.
Diego: Nossa seu corpo esta meio mudado. -ele ainda não tinha se tocado, mas eu não falei nada, até que ele olhou em minha mão e viu a revista.
Diego: Oh, eu não sabia.
Bruna: Acho que ninguém sabia, eu consegui disfarçar direitinho. –eu ri.
Diego: Como sempre você faz tudo direitinho.
xx: Como é que é Diego ? Vai me deixar igual uma idiota aqui mesmo ? -a garota falou.
Bruna: Di é melhor eu ir andando sua namorada esta te chamando.
Diego: Ela não é minha namorada.
Bruna: Tudo bem Di, você não precisa me falar nada. -eu sorri, no mesmo momento a menina veio perto dele, olhou bem séria pra mim.
xx: Será que você ainda não percebeu que nos atrapalhou?
Bruna: Como assim atrapalhou? Ele que veio falar comigo.
xx: É melhor você ir embora né? Parece que você tem que cuidar de seus filhos e esse que esta ai.
Diego: Bru não liga pra ela.
Bruna: Di eu estou indo.
Diego: Não vá embora por causa dela .
Bruna: Não é só por causa dela, daqui a pouco o Fê liga atrás de mim e fudeu tudo. -eu fui andando.

LÁ EM CASA minha tia estava no telefone com o Fê.
Felipe: Como você deixou ela sair sozinha mãe ?
Márcia: Meu querido ela disse que ia rápido, mas agora estou preocupada, ela esta demorando um pouco.
Felipe: Mãe ela esta sem celular e se acontecer algo na rua?
Márcia: Deus não vai deixar acontecer isso não.
Felipe: Tomara mãe tomara.
No mesmo momento Bruna chegou, normal , calma enquanto Márcia estava nervosa.
Márcia: Ela chegou aqui.
Felipe: Eu quero falar com ela -Márcia largou o telefone
Márcia: Aonde você estava? Eu estava tendo um treco aqui '
Bruna: Não aconteceu nada. Eu só encontrei o Di no caminho e fiquei conversando.
Márcia: Se acontecesse algo com você e com o bebê Felipe iria me culpar pelo resto da minha vida.
Bruna: Calma tia, ele esta no telefone ?
Marcia: Sim.
Bruna: Ta, eu vou falar com ele. -eu fui pegando o telefone.
Bruna: Fala amor.
Felipe: Você é louca? Não ta ligando pro nosso filho não?
Bruna: Que isso Fê?
Felipe: Você passou mal hoje, esperou eu sair pra trabalhar pra poder sair e ir até a banca e sozinha.
Bruna: Que saco vocês, eu estou bem Fê não aconteceu nada.
Felipe: E porque demorou?
Bruna: Eu encontrei o Di no caminho.
Felipe: Era só o que faltava.
Bruna: Fê não seja injusto, ele mudou. -Felipe ficou quieto.
Bruna: Não se preocupe, eu estou do mesmo jeito que quando você saiu daqui.
Felipe: Ta bom. Eu vou desligar to cheio de trabalho aqui.
Bruna: Ok.
Felipe: Se cuida, te amo.
-ligação finalizada-
Eu peguei a minha revista sentei no sofá e comecei a ler, minha tia falou algumas coisas que eu não prestei muita atenção, as horas foi passando, já estava de noite o celular da minha tia tocou freneticamente, ela correu pra atender, falou algumas coisas, gritava no celular eu fiquei olhando meio assustada não sabia o que estava acontecendo, até que ela desligou o celular me olhou.
Márcia: Bruna minha querida eu vou ter que sair, recebi um telefonema urgentíssimo e vou ter que sair.
Bruna: Tudo bem tia.
Marcia: Não apronta nada pelo amor de deus. -ela pegou a chave de seu carro e foi saindo correndo.
O que eu iria fazer ali? Em casa sozinha ? resolvi ligar pra Ju pra marcar algo pra fazer, peguei o telefone disquei o numero mais só caia na caixa postal, "eu não vou ficar aqui sozinha não mesmo" -eu pensei.
Subi correndo até meu quarto, fui até meu guarda roupa, peguei uma blusa vesti e desci, eu sabia que Fê iria ficar com raiva, mas eu não podia ficar ali sozinha, não pensei duas vezes em sair por aquela porta, fui andando, eu estava indo até a casa da Ju pelo menos lá eu não ficaria sozinha, eu passei por uma rua um pouco escura, senti até um arrepio e continuei andando, assim que sai daquela escuridão, andei um pouco, eu estava apressada, com medo, andei bem depressa, a rua da casa de Bia era umas três depois da Ju.
Logo quando fui chegando na esquina da rua dela, tinha um grupinho zuando, rindo alguém falou algo.
Bia: olha olha, a ratinha veio direto a toca da gatinha, sem mesmo a gatinha se esforçar.
Eu tentei continuar andando, mas uma das amiguinhas que estava com bia bloqueou minha passagem,
eu tentei ficar calma, respirei fundo por breves segundos, Bia pegou em meu braço.
Bia: Vamos da um passeio querida Bruninha?
Bruna: Eu não quero dar um passeio com você.
Bia: Eu não perguntei se você queria. -Bia foi me puxando.
Bia: Como esta seu bebezinho? -ela riu.
Bruna: Não te interessa.
Bia: Você não era tão mal educada assim hein, será que é a convivência com Lipe?
Bruna: Me deixa ir embora.
Bia: Pra que a pressa? Eu me interessei sobre esse bebê.
Eu fiquei calada, Bia foi me levando até umas ruas depois da casa dela, as companheiras dela vinham logo atrás de nós, quem poderia me ajudar naquele momento? O que Bia poderia tentar contra mim ? Todas essas perguntas eu fiquei me fazendo o tempo todo, até Bia chegar em um lugar perto da beira de um rio pequeno que tinha por ali.
Bruna: O QUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO ? -eu gritei.
Bia: Não fique tão curiosa menina. -ela riu.
xx: Bia pensa bem no que você vai fazer. -uma delas falou.
Bia: Eu sei o que quero, e o que eu vou fazer... Sabe o que eu quero Bruninha ? -eu fiquei calada.
Bia: Eu te fiz uma pergunta. -ela puxou meu cabelo.
Bruna: AAAI -eu gritei.
Bia: Sabe ?
Bruna: O QUE VOCÊ QUER ? -eu gritei.
Bia: Chegou a hora de você dá adeus a uma criatura, que ainda nem veio ao mundo.
Eu fiquei pensando um pouco tentando traduzir o que ela queria.
Bruna: Você não vai fazer mal ao meu bebê.
Bia: Quem irá me impedir?
Bruna: Será que você é tão mal assim? Será que você não tem coração?
Bia: GAAAAROTA a culpa é toda sua, desde o começo eu disse que você ia se arrepender.
Bruna: Você não vê que esta perdendo todo o tempo da sua vida insistindo numa coisa que não vai ter nunca mais?
Bia: Não vou perder mais tempo com você. -ela me empurrou, eu fechei meu olhos por um segundo,
e quando vi eu já estava rolando por aquele morrinho que ia direto até o rio, as lagrimas começaram a descer, a única coisa que eu pedia ali, era que tudo aquilo ali não prejudica-se meu bebê.Bia ria.
Bia: Pronto Bruninha, o fim esta próximo pra essa criança.
Meu corpo ia rolando e batendo sobre aquelas pedrinhas idiotas que haviam pelo chão, eu fechei meu olhos e pedi com mais fé, mais forte pra que Deus me ajuda-se ele era o único que poderia fazer isso por mim naquele momento, meu corpo de repente deu uma pequena desviada e minha costas bateu sobre uma pequena arvore que havia por ali, e meus olhos se fecharam.

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